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Negacionista "quinta coluna" nas universidades públicas é uma realidade, sim, conforme o autor do texto. Nas particulares os negacionistas dominam, como é o caso de alguns cursos de Medicina e Biologia. Um curso de Medicina, particular, do Paraná, foi além do negacionismo, dominava o kit covid, ou seja, "ideologia acima da ciência". Pior que corporativismo é o feudalismo negacionista das faculdades particulares.
A falta de diversidade de opinião nas universidades brasileiras é o fator que perpetua a ignorância constrangedora a ocupar a maioria de suas cátedras.
Prezado Roger, a diversidade de opinião é muito saudável até o ponto que desafia os fatos. Não é questão de opinião que 2x2=4, assim como o fato de vacinas serem mais eficientes do que sorvete para combater pandemias.
- Artigo muito pertinente e com uma boa dose da autocritica que muitas vezes a academia se nega a fazer.
É por essas e outras razões que a liberdade acadêmica é preciosa. Da mesma forma que já tem mais de um século a separação entre igreja e Estado, já passou da hora da Escola (que na prática sucedeu à igreja como guardiã do conhecimento) ser separada do Estado. O diretor poderia sumariamente demitir um professor negacionista. Ou contratar mais deles, se acredita que atrai mais alunos dessa forma. Já demitir um funcionário público é virtualmente impossÃvel.
Está propondo uma cruzada intra muros contra negacionistas e semelhantes ?! Pareceu-me que está criando estigmas e generalizando práticas inadequadas que não são inerentes à vida academica. A universidade pública brasileira ganhou uma invejável maturidade, em todos os nÃveis, que oferece recursos próprios para enfrentar esses conflitos, seguindo suas próprias regras. Não se pode, por deficiências e problemas localizados, ignorar a contribuição destes 70 anos de construção universitária.
Caro José Bueno, apenas quem exercita a auto-crÃtica tem direito à crÃtica. Em nenhum momento meu artigo nega "a contribuição destes 70 anos de construção universitária" como você diz. O que ele aponta, contudo, é que "a contribuição destes 70 anos de construção universitária" não é passaporte para inocentá-la de seus pecados.
Excelente artigo. Lembramos que uma Academia não é obrigada a aceitar qualquer pessoa. Grande número de publicações e citações faz tempo que deixou de ser criterio de qualidade acadêmica.
Caro Marcos, você tem razão. Eu deveria ter escrito "faz tempo deveria ter ficado claro" obrigado
CAro Vicente, não sei onde tal "faz tempo", dado que é base para qualquer avaliação acadêmica. Tirando a do Bozo, evidente, por ausência de critérios.
Lamentável e constrangedor ter que escrever o óbvio. Mas é necessário.
Existe uma imensidão de jovens cientistas doutorados brasileiros que estão fora das universidades públicas (sem emprego e altamente qualificados), porque os governos estaduais e federal não realizam concursos e não repõem as vagas. Esses jovens cientistas (que poderiam descobrir várias vacinas para governadores serem eleitos presidentes, por exemplo.), serão absorvidos por universidades estrangeiras.
Testemunhamos completo desmonte, uma implosão das universidades públicas (estaduais e federais). Mudaram as regras da carreira, há anos não repõem os salários defasadissimos e as vagas desocupadas por aposentados, cortes de verbas departamentais, criação de cursos por razões eleiçoeiras. É moda contratar professor-conferencista a custo de uma bala de doce. Não será um especialista com Ph.D. de Ivy League que se candidatará em concurso, mas aqueles oportunistas com doutoradozinhos chinfrim.
Seu George, prezado, a academia é fonte constante de coisas bizarras. Não somente as contradições que o senhor aponta, mas outras também, historicamente incrustadas. O autoritarismo e a violência, por exemplo, também grassam soltas, e não é em vielas: departamentos bem constituÃdos - e longe dos "autoritários engenheiros" - admitem entre seus componentes gente que explora, humilha e violenta verbalmente alunos de graduação e pós, bem como funcionários. É um nÃvel brutal de discricionaridade.
Hahahahah, caro Paulo, vai em frente! Apenas trabalhe com a pessoa um tempo antes de se comprometer com a pesquisa, informe-se com alunos, correntes e passados. Com o devido cuidado, vai que vai!
Caro João Antônio, há muita gente de Harvard e afins que é pesquisador nas públicas, não é falta de competência especÃfica. Mas cabe na descrição. Trabalhei com uma docente qualificadÃssima, pos-doc de Stanford, super competente, conquanto violenta e autoritária.
Ixi, Marcos. Logo agora que ia usar o Estatudo do Idoso (como escudo) para um doutoradozinho xinfrim... Você quis dizer que nas arcadas tudo voltou ao "Another Brick in the Wall" do Pink Floyd?
E por que existem professores universitários que são negacionistas, exploram e violentam verbalmente alunos de graduação e pós? Não existem concursos em universidades públicas para avaliar os nÃveis intelectuais e didáticos dos candidatos a professor? Por causa dos salários não reajustados há já uns 6 anos, quem são os novos candidatos a ganharem salariozinhos de "professores conferencistas"? Algum Ph.D. obtido em Oxford, Columbia ou alguma Ivy League? O que testemunhamos é um desmonte!
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