Sei lá Coutinho, mas as vezes acho que tudo está entrelaçado dentro de um contexto cheio de significados: a trama prodigiosa. Guerra e paz. crença & técnica, nossas nostalgias e nossas possibilidades, o self e a inconsciência, ambivalência e certeza, culpas e perdões, espaço criativo, espaço de contenção.... e o livre arbítrio. (Claudia F.)

Quanto ao PS: a venda de bebida alcoólica é proibida a menores. Por que não a de cigarros? A venda que é proibida. O consumo vai haver, às escondidas, como com as bebidas. Se a lei for aprovada, vale ver o texto final. Supor é especular. A possibilidade de erro é grande.

João, caríssimo, até marquei este artigo para recorrência futura, como referência ao Zweig - talvez venha a lê-lo pra diminuir minha jumentice. É que esta pergunta não é pra todos, nem pra qualquer tempo da vida: dá trabaio e escarafuncha paradoxos. Tipo os do cigarro, que são distintos dos bozolinos: os últimos, afetam os arredores, e mais, um país todo. Afetam gentes distintas: pretos, mulheres, maaacconheiros e igrejeiros. Deixem que o sejam em paz, que fumem e rezem, na sua, sem se impor.

Antes de iniciar sua tarefa de mudar o mundo, dê umas voltinhas ao redor de sua casa. Esses chineses! Textão, meu caro colunista. E o post scriptum foi pá de cal nos intolerantes-imaturos-canceladores-etc.

Lembro de ter lido 'Brasil país do futuro' quando era adolescente. Não se pode dizer que ele errou totalmente pois até o final dos anos 70 era mesmo. Daí para frente começou a fase da nostalgia do passado, o que dura até hoje.

Mesmo genial e múltiplo como foi Zweig, já que escreveu sobre Montaigne, Erasmo etc, escreveu também sobre tipos como Joseph Fouche. E mesmo passando o que passou na Europa nazista e depois no Brasil, não perdeu as esperanças e o otimismo, mas por enquanto foi um mal profeta, pois o seu, Brasil um país do futuro, não passa de uma utopia, mas os utópicos não são todos otimistas?

O artigo estava excelente até que o Coutinho não se conteve e o finalizou com este P.S. totalmente dispensável. Não, Coutinho, os protestos não foram pela sua defesa do direito das pessoas fumarem, mas pelo modo que isto foi feito, com uma ironia que você deve ter achado muito fina, mas foi digna do Luiz Felipe Pondé, só faltou chamar quem era contra sua posição de "inteligentinho". Quanto à proibição venda para pessoas que hoje têm 13 anos, é uma tentativa a ser estudada, não vilanizada.

Outra coluna brilhante! Já há analistas americanos temendo uma possível guerra civil por lá. Provavelmente é exagero, mas também sinal dos tempos. O romance mencionado é muito bom mesmo. E gostei desse PS. Isso mesmo : Tirem a mão do meu vinho e do meu panetone.