Samuel Pessoa > Edmar Bacha, a passagem do tempo Voltar

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  1. Alberto A Neto

    Robert Skidelsky em seu último livro, 'Money and Government: The Past and Future of Economics' (2018), diz que a história da teoria monetária e fiscal, longe da referência científica que proclama ser, é altamente ideológica. Sob os cânones do método científico esconde-se uma inclinação ideológica silenciosa que oscila ao sabor das circunstâncias e das ideias dominantes. A teoria e a prática das políticas econômicas são moldadas pelas condições do momento ao sabor oportunista do poder de turno.

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  2. Vito Algirdas Sukys

    Edmar Bacha nos ensina a aprender. A economia não é infalível. As pessoas rejeitam o conhecimento econômico quando ele conflita com suas crenças tribais. Pouco se aprendeu com Milton Freeman na América Latina. Precisamos que grupos com teorias econômicas conflitantes possam viver juntos. Uma metaeconomia pode ser perigosa mas é preciso construí-la com as evidências empíricas, para uma teoria econômica mais científica.

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  3. José Cardoso

    Se por um lado é provinciana a ideia de uma economia latino americana, hoje há uma tendência inconsciente de copiar e colar do que se faz nos EUA. Tipo: o Biden está gastando sem dó, aumentando o deficit orçamentário, então podemos fazer o mesmo. Esquecendo que o resto do mundo aceita dólares mas não reais.

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  4. Alberto A Neto

    Millôr dizia: “As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”. Nenhum dos pais do Plano Real era rico; todos remediados. A esmagadora maioria tornou-se milionária, após fazerem explodir a dívida pública e adicionarem mais 10 pontos percentuais na carga tributária; 24% antes do Real, 34% depois. Pelo menos dois economistas viraram banqueiros no "day after" da Era FHC. Entre estes, Edmar. Até hoje pagamos caro "a passagem do tempo" desses economistas.

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    1. Carlos Thadeu Couceiro de Oliveira

      Exatamente! Bacha tbem é do time que concebeu o PROER, auxílio aos bancos quando perderam o ganho de 41% das receitas, com o fim da inflação. FFHH emprestou 2,7% do PIB brasileiro e recuperou 5,7% do total. Além disso, Bacha, como outros economistas da elite, sempre insistiam na tese de Dois Brasis. Acham a expressão "Belíndia" dele uma maravilha, como naquele conto em que a indústria era inimiga da agricultura e outras dualidades atrasadas. O Brasil avançado gera o atrasado e dele se alimenta

  5. Roberval Bacha

    Com certeza o modelo criado por ele na conversão de moedas durante o curso do plano real, foi inovador e de sucesso. Como dizia Guimarães Rosa: " se é chegada a hora, o mineiro atende e entende, avança peleja e faz". Ninguém é imortal por acaso. Talento, dedicação e humildade.

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  6. Marcelo Magalhães

    E tem ainda histórias mais interessantes, quando se inclui o crescimento exponencial dos bancos criados pelos mesmos atores desse período, tais como BBA, Matrix, Opportunity dentre outros tantos. Realmente geniais!

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  7. Carlos Thadeu Couceiro de Oliveira

    E com tudo isso ele não superou a visão dualista do mundo e da economia. Obviamente, por razões ideológicas. É o registro indelével do atraso de seu pensamento. Dual, maniqueísta, etapista, esquemático.

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    1. Carlos Thadeu Couceiro de Oliveira

      Cócegas, Antônio? Seriam no traseiro? Se for capaz, rebata em argumentos

    2. Antonio Eugênio Duarte

      Dá-me cócegas esse comentário, mas vou resistir.

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