Hélio Schwartsman > Tempos sombrios na ciência Voltar

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  1. Marcelo Müller

    bastante s o m b r i o s....a imagem da moça com a camiseta diz bastante sobre o entendimento da sociedade sobre ciência: defende a ciência e coloca a terra como "r e d o n d a".....uma pizza também é redonda, porém p l a n a...

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  2. Vito Algirdas Sukys

    Afirmações extremas junto com os construtivistas sociais contribuíram para os filósofos da ciência acharem que não era possível separar ciência de não ciência. Laudan propôs que era possível defender a ciência pelo progresso. Lee McIntyre diz que é possível defender a ciência pela atitude científica, sem precisar um critério de demarcação.

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  3. Vito Algirdas Sukys

    Os positivistas lógicos queriam diferenciar conhecimento de opinião através do significado dos enunciados científicos pelo critério de verificação,que não prosperou. Popper propôs usar o critério de falseabilidade das teorias científicas. Feyerabend no início seguia isso. Porém a astrologia é falseável pelo critério de Popper, mas este queria excluir a astrologia da ciência. Nos anos 1970s se achava que o método científico era um mito; por isso Feyerabend era contra o método, mas suas

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  4. José Cardoso

    A questão são as verbas públicas. Pois não há problema algum em editar uma revista, ou manter um instituto com uma determinada visão do que seja a verdade. Mas qualquer projeto anárquico se contradiz se almeja dinheiro do Estado para suas teses.

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  5. ROBERTO CEZAR BIANCHINI

    Como o João Pereira Coutinho argumentou na sua coluna ontem, alguém que considera ter o direito de não ser criticado em absolutamente nada só por pertencer a algum tipo de grupo, só demonstra que não tem maturidade para participar do debate público.

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    1. ROBERTO CEZAR BIANCHINI

      Contextualizando o que eu escrevi, me referia às críticas dos que acusaram os professores de racistas e colonialistas por defender que algo para ser tratado como ciência tem que passar pelos métodos de checagem científico antes de receber tal qualificação.

  6. Raymundo de Lima Lima

    Concordo com o argumento de Hélio. Feyrabend com suas ideias anarquistas-epistemológicas vi colegas da universidade, ingênuos, favoráveias ao vale-tudo metodológico. Não contavam nele o negacionismo e a anti-ciência? Outra tendência é uma esquerda (infantilismo?) generalizar ciência capitalista. Tudo bem ser crítico à ciência, mas negar o valor da ciência ou atribuir necessariamente ideologia politica na práxis científica?

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  7. José Eduardo de Oliveira

    Aqui incluiriam, se já não incluíram, a epistemologia de nosso Senhor da Goiabeira, não a vermelha, a branca, por precaução. Sem faca.

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  8. Vito Algirdas Sukys

    Larry Laudan no livro "Além do Positivismo e Relativismo" diz que Feyerabend tinha orgulho de inconsistências e de argumentos descuidados. Ele e Kuhn, este um pouco mais consistente, travaram duelos nos anos 1980s e eram tidos nas reflexões privadas de Laudan por "the new crazies". Em 1982 Laudan se envolveu no caso Arkansas xMcLean, onde um juiz, pelas razões erradas,não científicas, proibiu o ensino do criacionismo nas escolas ao lado da ciência. A falha em demarcar ciência e não ciência.

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  9. Jorge Ary Lima Martins Lima Martins

    Os criacionistas vão querer se mudar em peso para a Nova Zelândia.

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  10. Vicente Pleitez

    Hélio, bom você lembrar do Feyerabend. O que sim devemos aceitar é que as diretrizes metodológicas não esgotam o fazer ciência, sabemos isso desde Kuhn acaso e preconceito, as vezes, ajudam!

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  11. Edilson Spalaor

    Podíamos convidá-los a passar uns tempos por aqui a experimentar o que é relativismo e solipsismo de verdade. Creio que iriam voltar mais tolerantes com os pobres defensores do método.

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  12. Maria Lopes

    Penso que seja um erro comparar as maluquices cloroquianas de BolsoNero e cia com o conhecimento tradicional maori - provavelmente com boa base de empiricismo. Aqui, há um grande conhecimento dos povos originários que também é desprezado pela ciência (que é um método, estatístico, certo?).

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    1. Bruno Martins da Costa Silva

      Senso comum muitas vezes guarda conhecimento empírico simples, e podemos reconhecer isso. Mas não dá para tratar cultura e senso comum como ciência, pelo menos não antes de confirmação científica. Depois dela, tranquilo.

    2. Bruno Martins da Costa Silva

      Cara Maria, A ciência não é o que a gente quer, gosta ou deseja, para isso temos a arte. A ciência decorre da necessidade de separar as frutas venenosas das comestíveis. Se relativizamos isso, pessoas morrem. Não importa se são os reacionários de don't look up ou os comunistas de Chernobyl: fanaticos iliberais brigam com a verdade e o povo paga a conta a verdade. Isso não quer dizer que ela não possa ser questionada e superada - ela inclusive deve ser - apenas que ela não pode ser ignorada.

  13. Dirley dos Santos Guedin

    Hélio, é muito bom ler suas colunas, ampliam nossa visão de mundo.

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