Ilustríssima > Contradição entre desigualdade e pautas identitárias não precisa existir Voltar

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  1. Marcelo Moraes Victor

    Que pobreza ler o mundo pelos olhos do século XIX, ou pela guerra entre as etnias. Martin Luther King, em seu último discurso disse: nossos irmãos brancos doentes querem me matar. Não queria ser melhor, superior, revanchista. Queria seu direito: igualdade. Pobre de quem quer ser melhor, acima, revanchista. Identidade não é humanidade, repensem essas ideias

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  2. Marcelo Moraes Victor

    Que tristeza um artigo desses. Primeiro lê a realidade pelo marxismo barato do século 19. Que não deu certo em nenhum lugar. Segundo que nega o maior avanço da civilização, a carta da ONU, todos os seres humanos são iguais em direitos. A raça é o fim da humanidade. Te decide

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  3. ROBERTO GUEDES FERREIRA

    Bem, se, como argumenta o autor, o proletariado era branco macho alfa nos séculos 19 e 20, duas questões antagônicas se impõem: 1) como os não brancos machos alfas surgiram, de repente, no século 21? 2) Se os não brancos machos alfas já existiam antes, o que eles faziam para viver? Como a lógica textual se desenrola entre pré e pós 21, tudo que se afirma é inconsequente.

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  4. ANA Lage

    O artigo faz uma importante contribuição ao debate. Deixa, contudo, de problematizar um aspecto da realidade concreta relevante que é o financiamento histórico, pelo capital internacional (via fundações) às "pautas progressistas", com fins bastante especificos. A crítica ao "identitarismo" é, ao meu ver, direcionada a estes mecanismos imperialistas que servem, ao cabo, para a manutenção dos interesses do grande capital, via manipulação social.

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  5. Alberto Silva

    O artigo é no geral muito bom, mas se perde no final ao partir para o ataque contra o único partido que de fato abraçou as pautas dos movimentos identitários, mesmo diante da forte oposição de boa parte da sociedade. Acho que a perspectiva de Nancy Fraser, de que é necessário combinar ações transformativas e afirmativas para vencer as barreiras do preconceito é fundamental nesse debate e, queiram ou não, o PT foi o único partido que fez isso como política pública. Sugiro a união como a saída.

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  6. José Cardoso

    A ideia da universalidade sempre foi fraca para gerar efeitos políticos e continua sendo. O livre comércio por exemplo favorece os trabalhadores em média, se contarmos o número de chineses e indianos na população mundial. Mas os trabalhadores brancos do ocidente não se sensibilizam muito, e acabam votando em protecionistas de direita. Já a identidade racial é mais imediata. O apoio dos negros nos EUA a alguém mais vinculado à sua causa como o Biden foi decisivo na disputa interna com o Sanders.

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  7. Clinério Vieira

    Se a classe trabalhadora depender da comunicação desse autor e dos 20 que comentaram até agora, o patrão ganha fácil! Não adianta dizer que é mais importante a mulher, pretas ou pretos, gays, brancas ou seja lá quem for, se continuarem com esse português incompreensível para a maioria da população! E outra questão: Não me recordo de falarem sobre a preservação da Natureza!

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  8. milton temer

    Artigo muito consistente, mas que releva uma questão concreta, ao não considerar o fato de negação da luta totalizante se dar a partir dos protagonistas das lutas setoriais, quando, invocando lugar de fala, rejeotam o conceito de classe - "categortia superada". O preconceito não parte obrigatoriamente de quem tem como referencial a luta anticapitalista

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  9. Adriana de Souza Melo Franciulli

    Bom debate para a academia, entre eruditos e entendidos dos filósofos e teorias. No chão da vida, lá na periferia, no salário mínimo, onde o povo depende de auxílios e bolsas, eles querem comer. Eles são trabalhadores eleitores que querem ter dignidade, as igrejas evangélicas tomaram as vilas, os bairros, prometendo dignidade aqui ou no além. E eles vão votar em quem? Muitos têm medo de gay, de feministas. Não dá tempo de se degladiar dentro da bolha desses assuntos agora.Precisa ir lá na vila.

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  10. jarbas cabral

    Os que defendem as pautas identitárias deveriam consultar o mapa eleitoral da última eleição presidencial e ver que Haddad perdeu feio nas regiões mais operárias do país: ABC paulista; Vale do Aço Mineiro e periferia das grandes capitais. Vários pais e mães de família pobres não identificaram a esquerda como mensageira de seus desejos. Bolsonaro aproveitou-se disso e fez um discurso anti-pauta identitária e não um discurso anti-operário.

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  11. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

    Bom texto. Aliás, para quem não sabe, essa é uma discussão fundamental na esquerda. Pena que para ser de esquerda e participar da discussão é preciso lidar com essa visão de “trabalhadores” do século XIX (o marxismo concebido enquanto surgia a elétrica) que não tem nenhuma correlação com a realidade atual. Enfim, dogma puro. Outra coisa, nós mulheres somos maioria e não minoria.

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    1. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

      Elétrica: eletricidade…

  12. Paulo Fernandes Silveira

    A questão de junho de 2013 nunca foi os movimentos espontâneos, como o da tarifa zero, jovens fantásticos, mas o fato das manifestações, principalmente, de São Paulo, incluírem fascistas que pediam a prisão de Lula e a volta dos militares no poder!

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  13. Paulo Fernandes Silveira

    A questão de junho de 2013 nunca foi os movimentos expontâneos, como o da tarifa zero, jovens fantásticos, mas o fato das manifestações, principalmente, de São Paulo, incluírem fascistas que pediam a prisão de Lula e a volta dos militares no poder!

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  14. Camila Falcão

    os ómi cis brancos e provavelmente héteros já estão tendo xilique, vou simplificar aqui rapidão pra vcs: não adianta nada vcs pensarem q as pautas identitárias são secundárias, nós, as ditas minorias, não achamos e não vamos lutar lado a lado com vcs enquanto vcs não nos respeitarem como sujeitos e seguirem discursando sentados na pilha de privilégios de ómi cis branco de vcs, se liga.

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    1. jarbas cabral

      Daniel, é induvidoso que as minorias precisam de políticas públicas específicas, a questão é a prevalência do tema no discurso da esquerda em relação às questão às econômicas e sociais. Certamente, a mulher preta, trans e pobre sofre discriminacao na favela e sociedade. Agora, se essa mulher preta e trans for rica a coisa muda de figura. Vai continuar a sofrer preconceito, pero no mucho.

    2. Daniel Alvares

      Jarbas, esse cara que você descreveu tem mais chances que a mulher trans negra nas mesmas condições. Ou não?

    3. jarbas cabral

      Fala sério! Um homem branco e hétero que mora na favela ao lado de córrego poluído, com cinco filhos, desempregado e ameaçado de despejo é um privilegiado?

  15. Rodrigo Ribeiro

    Tirando os homofóbicos que aqui aparecerão, precisamos discutir porque tantas pessoas que se vêem como progressistas são neoliberais? O discurso delas, quando longe de suas lutas particulares, chega a ser reacionário. Pagam uma passagem, para a Bahia, para a emprega mulher, mas chuta o jardineiro homem. Tudo sem conteúdo. Tudo alienado. Tudo esmola. Tudo lixo e fora de lugar.

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  16. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    Pautas justas contra todas as discriminações, se tornam injustas quando são desfechadas .contra os que são explorados no capitalismo, a burguesia quer extrair o máximo da mais valia, não importa o gênero ou a cor de quem vende a força de trabalho, não foi por acaso que a Fundação Ford financiou um movimento negro anti marxista, esse identitarismo econômico e corporativo atenta contra a classe trabalhadora, a fragmenta e enfraquece, cumpre a função que lhe outorgaram seus patrocinadores

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    1. Paulo Fernandes Silveira

      Se não me engano, em seus projetos comunitários (ação direta), Steve Biko e a Consciência Negra também trabalharam com financiamentos externos.

    2. Paulo Fernandes Silveira

      Caro Celso Acácio, concordo em grande medida com sua análise. Todavia, que o capital ou a Fundação Ford, em especial, tenham patrocinado, no Brasil e nos EUA, uma posição integracionista ou assimilacionista, não implica que essa não possa assumir uma perspectiva revolucionária, como fizeram as lideranças do movimento Black Power.

  17. Bruno Martins da Costa Silva

    O articulista se prende na discussão sobre universal e particular e perde de vista a questão político-jurídica, onde o problema se apresenta concretamente. As chamadas pautas identitárias são direitos de 3a e 4a gerações (processos de reconhecimento). O problema de pautar esses direitos com protagonismo é que esse processo ofusca a discussão dos direitos de 1a (liberdades e garantias individuais) e 2a (direitos sociais que possibilitam o exercício da cidadania) gerações.

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    1. Bruno Martins da Costa Silva

      4a e última parte: nesse cenário é quase impossível o campo progressista governar e promover avanços. A possível eleição de um governo progressista em 22 resulta de o governo atual ser reacionário iliberal, não conservador, logo, um governo que também propõe constantes reformas sociais - anacrônicas e estapafúrdias. Fosse um governo iliberal discreto, a democracia poderia acabar. Logo, parece ingênuo negar que multiplas pautas criem dificuldades para o campo progressista formar consenso.

    2. Bruno Martins da Costa Silva

      3a parte: ao focar nos direitos de 3a e 4a geração em uma sociedade que ainda não estabeleceu uma forma saudável de funcionamento, dificilmente o campo progressista formará maioria. Caso opte por pautar todos esses direitos ao mesmo tempo, o campo progressista terá como bandeira uma ampla reforma social, facilitando o trabalho conservador de apenas defender a manutenção dos arranjos sociais.

    3. Bruno Martins da Costa Silva

      A democracia contenporanea (liberalismo político) é estruturada sobre os direitos de 1a e 2a gerações que garantem o espaço do agir político e as condições para o agir político. O Brasil não atende essas condições, de forma que temos atores precários. O foco nos direitos de 3a e 4a geração contrapõe pessoas que ainda não foram incluídas, avançando para a "sintonia fina" do sistema antes de estarem satisfeitas as condições para seu funcionamento, gerando um desequilíbrio no sistema político.

  18. Matheus de Magalhães Battistoni

    Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.

  19. RONALDO F VAZ

    A universalidade se refere a força de trabalho tomada abstratamente, como está no O Capital, como homogêneo dispêndio de horas de trabalho, ou seja, independentemente da formação e exercício de qualquer profissão. Isso mesmo que no início o proletariado fosse branco e heterossexual.

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