Celso Rocha de Barros > Magnoli e a questão racial Voltar
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já aguardo ansioso a proxima coluna do 'Magno' ( nao o Malta!) nominando a embaixadora de esquer dalha, comunista e outras perolas do nosso cancioneiro politico retrô
Só mesmo o brilhante Celso Rocha de Barros para dizer tudo desse jeito tão bem explicadinho para o Magnoli.
E os anões? Por que não temos mais anões em cargos de comando? E cotas para anões?
Luiz Fernando, onde tem cabido qualquer branco, caberá qualquer anão, qualquer pardo, qualquer negro, qualquer Ãndio. Onde já se tem quaisquer brancos, cabeUão muitos outros quaisquer.
E os brancos, Gustavo? Só tem brancos nos cargos de comando, e ainda por cima, homens, Gustavo? Será mera coincidência, Gustavo? Ou será que já inventaram essas tais cotas só para esse pessoal há milenios, Gustavo?
Mas, anão preto, branco, Ãndio, asiático, pardo? Ou qualquer um?
Em termos históricos, a emancipação é muito recente. O Brasil foi um paÃs estruturado pela escravidão e ainda demorará muito tempo para que vençamos suas sequelas. As polÃticas afirmativas que temos adotado ainda são tÃmidas e devem ser ampliadas.
Perfeito e brilhante!
Excelente e didático. Obrigada pelo texto.
Educação básica de qualidade para todos é a chave resolver o problema. Sem isso, não vamos a lugar nenhum.
Exato com ênfase em todos independentemente de raça.
João A. Silva, o próprio artigo é revelador do que foi o escravismo no Brasil e o espectro da Casa Grande redivido "em pleno século XXI" ainda entre nós. Reveja criticamente a história do ensino no Brasil. Começou com a indecência higienista. Ensino para alguns privilegiados apenas. Melhorou um pouco nos últimos anos com polÃticas de inclusão no governo Lula. O problema, João, não é o ensino propriamente, mas um filho classe média estudar na mesma sala do filho da empregada. Pretória é aqui.
Para isso, Ivo, professore(as) do Fundamental devem ser qualificados para o ensino em ambientes propÃcios e receberem o piso digno tal qual os R$ 13 mil iniciais de um dotô tão sonhado pelos pais de classe média. Em campanhas pré-eleitorais todos os partidos do espectro polÃtico topam priorizar uma gestão educativa de qualidade. Mas, só promessas. Afinal, qual o interesse desses governos em formar cidadãos crÃticos?
Exatamente!! Fico pensando por que 50% da energia gasta com a discussão das cotas raciais nas universidades não é dirigida para a cobrança de um ensino fundamental e médio de qualidade para toda a população carente? Independentemente de serem negros, pardos, brancos....
A enviada americana perguntou, com propriedade, "onde estão os outros?", referindo-se à população negra, não vista na mesma proporção nos espaços nobres por que passou em SP. Arrisco-me a responder, sem medo de errar, que estavam em grande parte limpando a casa dos executivos com quem conversou ou nas periferias invisiveis onde residem. Qualquer semelhança com a casa grande e a senzala são meras reincidências.
A esquerda q teve o poder nas mãos foi o PT. P/ isso, teve a oportunidade de implementar polÃticas em torno da questão racial. Mas, o PT mudou. A esquerda, de um modo geral, era contra as cotas pq tirariam o foco da questão estrutural. O protagonismo foi do PDT de Brizola em 82 no RJ, sob liderança de AbdiasDoNascimento. Em 96 participei de debate em ambiente acadêmico, onde defendi as cotas e fui chamado de demagogo, ñ pela direita, mas pela pres do DCE, de esquerda.
Fico muito impressionada como depois de tantos anos de sucesso das cotas, que já provou sua importância, a mudança que fez na vida da população negra desse paÃs, nas universidades, como ainda tem gente que não entendeu isso!!! Agora, também não sabem que as cotas contemplam negros, indÃgenas, alunos de escolas públicas! Não sabem nada e ficam falando um monte de asneiras. A burguesia e a classe média são muito medÃocres.
Extremamente medÃocres, Beatriz, são de arrepiar!!!!
Que existe um problema racial não há dúvida. É só ver a cara dos governadores de esquerda seja do PSB seja do PT na Bahia e Pernambuco. Só dá branco. Seria razoável uma correlação entre partidos supostamente populares, principalmente em estados onde os brancos são minoria, e lÃderes polÃticos com mais melanina, o que ainda é raro. A americana tocou mesmo na ferida.
O MDB é o partido que, proporcionalmente, mais elegeu negros. Mas, não sei dizer se isso foi consequência de polÃtica ativa do partido em torno da questão racial. Parece que não. Talvez seja pela composição social de um partido advinda de sua maior capilaridade popular.
Na verdade, setenta por cento dos brasileiros possui material genético indÃgena ou africano, herdado da mãe; por outro lado, a grande maioria dos homens do Brasil têm ascendência europeia, o que contrasta com o número reduzido de europeus à época da colonização. Como os imigrantes europeus posteriores se casavam de forma endógena, pode-se afirmar com segurança que há uma assimetria genética, advinda da violência contra nativos e africanos. Ver Reinaldo Lopes, Estupro no DNA?, nesta Folha.
Aquele magnoli é um libelu revoltado. Deixado para trás, se dedica a mostrar que ve o que ninguem viu e a criar fatos em cima de dados devidamente filtrados ou selecionados, para tirar conclusões que ninguém tirou. Deve ser um ET que veio de Makemake.
Excelente, Celso. Esse péssimo argumento do Magnoli merecia uma resposta como a sua. Perfeito!!!!
O STF decidiu pela constitucionalidade da lei de Cotas. O Congresso aprovou e a Dilma sancionou. Isso já tem 10 anos. E Magnoli continua com a mesma argumentação de 10 anos atrás... Não debatemos mais se há racismo ou não no Brasil. Há racismo. A questão é se queremos supera-lo. E, se quisermos, como o faremos. Magnoli ainda está lá em 2012, junto com Ali Janela e outros que militam em bolhas por aÃ...
Eu sabia que haveria réplica, mas continuo achando que os argumentos do Magnoli são muito mais consistentes.
Perfeito. Excelente resposta. O pior cego é aquele que não quer ver
Péssimo texto. Dá-lhe, Magnoli.
Texto perfeito! Magnoli, mais uma vez, foi infeliz e você expôs a desonestidade intelectual dele de forma magistral.
Se as mesmas polÃticas públicas fossem aplicadas de acordo com aspectos socioeconômicos não haveria discussão. Além disso, Um número maior de pessoas seriam beificiadas, mas isso não me parece ser interesse da esquerda.
Acho a única forma justa. Distinguir pobres pela cor da pele é desumano.
Excelente. Magnoli deixou a bola picando na area, num vacilo primario...
Exatamente, Celso!
Talvez a pergunta correta que a "chefe de Diversidade e Inclusão do Departamento de Estado dos EUA" devesse fazer é : Por que a população americana é tão menos miscigenada que a brasileira?
Bem. E onde estão os "miscigenados" nas cadeias de comando no Brasil?
O que está claro, no meu comentário Alberto, é que o Brasil é muito mais miscigenado que os EUA e a miscigenação é o que efetivamente determina o fim do racismo, para a tristeza dos racistas sejam eles brancos, vermelhos, amarelos ou negros.
Não creio que essa seja a base de argumentação do Roger, Alberto, mas o fato de sermos muito mais miscigenados que os americanos, como mostra o PNAD. Nos EUA, os brancos são (ou eram) franca maioria.
De qual EEUU você está falando? Imaginar que a população norte-americana é constituÃda apenas por brancos do norte do território é não saber, ou esquecer que ao sul o modelo de colonização gerou um Brasil, aliás, com as mesmas mazelas, pobreza, má distribuição de renda etc.
Desqualificar é mais fácil que contra argumentar Filipo. Lamentável.
"A pergunta correta" ? Roger, você deve ser branco, rico, votando à direita, não ?
Acertou na mosca Celsão. Onde estão os outros? Escondidos na periferia, nas favelas, nos guetos de pobreza. Apenas alguns, uma minoria, conseguem tirar o pescoço fora da água e aparecer discretamente. Cotas sim - elas deveriam nos orgulhar de poder oferecer.
Quando leio textos do Celso Rocha de Barros fica satisfeito em ser assinantr da Folha. É um vento de lucidez nestes tempos tão sombrios.
Celso Rocha de Barros , texto primoroso , de uma clareza impar, leitura obrigatória na Folha , mesma Folha que tem Catarina Rochamonte e Leandro Narloc, duas criaturas intragaveis , que só servem para dar voz a direita elitista e sem noção. Mas , fazer o que , democracia e pluralismo obriga-nos a isso.
Parabéns Celso por mais um texto fantástico!
Perfeito o texto. Simples, pardo é negro. Se é na discriminação é na condição.
"...pressão parda sobre os negros ..." cabe uma explicação.
O que impede de verificar a opressão parda sobre os pretos.
Em resumo a torcida torce e tenta empurrar uma condição aviltante a cor parda como se ele não existisse. Se negro é uma raça, o pardo forma outra raça. Ser pardo não se resume em um pigmento ignorado pela torcida que joga contra, mas pertencimento a uma raça. Já que ser da raça humana parece indicar não ser o suficiente. Omitir o pardo é uma forma de racismo.
Raça?
Resultado de uma classificação conveniente que impede diferenciar entre pardos e pretos (PNAD) e verificar as distorções entre eles. Fica mais fácil imputar tudo a brancos (o que quer que seja isso no Brasil). Sugiro classificação por DNA, vai reduzir bastante essas argumentações.
Como a esquerda brasileira escreve mal
Que tal ler os ''excelentes textos'' do bozo?
Desqualificar é mais fácil que argumentar camarada. Concordando ou não, esse tipo de colocação leva a nada.
Bem escreve a direita , com sua falta de empatia e sobretudo de patriotismo. Lamentável!!!!
Verdade, deveriam tomar aulas com o Carluxo, né mesmo?
E como interpretação de texto e leitura se faz necessária.
Diferenciar pobres pela cor da pele é desumano e dizer que o bolsa famÃlia foi uma conquista, um despropósito. Conquista é se ver livre dele e isso somente se dará através do crescimento econômico. No mais, as revoluções socialistas desaguaram em holocaustos menos populares, mas tão horrendos quanto o patrocinado pelos nazistas. Entre raros branco-nórdicos, os euro-ibero-miscigenados, asiáticos, indÃgenas e pretos, a conta social é transversa e suficiente, mas não dá voto nem alimenta rancores.
Tiago, desqualificar é fácil. Leia o texto com mais atenção. Quanto ao termo exclusão, disparidades não podem ser definidas dessa forma. Somos uma nação miscigenada, que demanda análises mais profundas que as apresentadas até o momento. Sobre a boa Ãndole, prefiro não seguir com a massa a me submeter ao grande irmão. Se isso for o preço, OK.
Comentário que demonstra ignorância, pra não dizer má Ãndole. A realidade da sociedade brasileira é complexa e a pobreza não se restringe a cor da pele. Mas os dados demográficos, atrelados aos indicadores socioeconômicos mostram uma evidente exclusão de determinados grupos étnicos. Se livrar de polÃticas que buscam reparar desequilÃbrios históricos seria muito bom, se as diferenças de fato tivessem sido superadas. Mas não foram. Obrigado pela opinião, Alexandre. Da próxima vez se informe.
Abercrombie-Wilkerson está errada no diagnóstico e na solução. As cotas e o identitarismo defendidas nas bolhas dessa discussão não resolveram a desigualdade racial nos EUA, apenas geraram mais tensões e teorias estapafúrdias (apesar dos seus tokens e Ãcones raciais), que aqui reverberam como supremacismo branco (vide a histeria tribal da foto da corretora no RS) ou privilégio branco, em qualquer indicador em que exista desigualdade, como os educacionais. Falta racionalidade nestas discussões.
Carlos, além de ver Globo Rural você poderia ler Thomas Sowell para tentar contrapor o Luciano. Quem sabe não vai além do discurso bovino.
Ahan... Seu comentário é suuuper racional. Não sei se te contaram, mas há pouquÃssimo tempo pretos eram proibidos de frequentar espaços reservados a brancos. Alguns eram enforcados em árvores (strange fruit) e outros queimados. Ninguém achou que cotas resolveriam a desigualdade nós EUA ou no Brasil. Isso é uma ação dentro de uma questão complexa. Mas vejo que vc é gado e perco meu tempo.
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Pelo comentário, não perca seu tempo se esforçando.
Excelente texto!
Ah, como é raro E agradável ler um texto inteligente. Ao mesmo tempo lamento que ele seja necessário!
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