João Pereira Coutinho > Crise do clima e do meio ambiente não exige um tirano bondoso Voltar
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Creio que qualquer análise que envolva os termos "instituições democráticas" precisa levar em conta que os que realmente podem fazer algo para mudar a situação ecológica do planeta também são os mesmos que mais corrompem estas instituições: fazendo lobby, financiando campanhas de polÃticos e desinformação. DifÃcil acreditar em democracia (poder do povo/maioria) quando a minoria é quem tem mais influência nas decisões democráticas.
A questão nem se coloca, porque exigiria um governo mundial, o que está fora do radar. Mas no caso brasileiro levanta uma questão. Pela devastação atual, tenho a impressão de que a população do Pará, Amazonas e outros estados da região elege prefeitos, governadores e deputados estaduais pouco comprometidos com a preservação da floresta. O resto do paÃs teria direito de passar por cima do princÃpio federativo e impor uma legislação impopular?
O último parágrafo salvou o texto, pois a dicotomia democracia x meio ambiente é falsa. Ao contrário, as ditaduras e governos autoritários não têm nenhum apreço pelo meio ambiente, está aà Chernobyl que não me deixa mentir. O mesmo raciocÃnio vale para a ilusão daqueles que esperam que um ditador vá combater a corrupção, quando se sabe que quanto menos controle, mais corrupto é o governo. Gosto do Coutinho, mas o artigo de hoje é dispensável.
Discordo prezado Marcelo. Achei mais um ótimo texto. Os ecomoralistas autoritários não pensariam um segundo em destruir toda a sociedade humana para impor "o modo de vida sustentável" deles.
Querido Coutinho, parece que o Sr. Mittiga propõe algo como um Eco-Rei Filósofo. E novamente cabe a mesma pergunta formulada há 80 anos: e se não der certo? As pessoas ainda não aprenderam que a pergunta correta não é quem deve governar, mas quais as regras que devemos criar para escolher e trocar de governante caso algo saia errado?
É, parece que o Coutinho não vai sair do seu sonho liberal-democrático, aquele esqueminha criado na Inglaterra do séc. XVIII que vem garantindo a supremacia dos poderosos - ontem, a nobreza; hoje, as corporações - sob o manto da democracia representativa. Mas agora, não dá mais: não se trata de questões entre homens, mas do equilÃbrio da Natureza, que, se quebrado, leva tudo e todos para o beleléu. Não serão as ações progressivas e acordadas entre as partes que resolverão o futuro do Planeta.
"Se o povo não acorda para o problema, preferindo continuar com seus hábitos nocivos para o planeta.." O povo e o autor precisam acordar para a farsa democrática em q vivemos, onde se deposita a culpa no povo, enquanto bilionários e grandes corporações seguem enriquecendo ilimitadamente! A solução: capitalismo c balizas e taxação dura e justa da riqueza dos bilionários, pois tudo deve ter limites!
Já vivemos uma época de histeria coletiva. Agora, imagina se o tirano da vez for um histérico-mor cheio de boas intenções. O risco de você estar comendo um bife e ser mandado pra solitária aumenta em progressão geométrica.
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