Joel Pinheiro da Fonseca > Existe 'racismo reverso'? Voltar
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Muito bom. Primeiro bom artigo de todos que li sobre essa polêmica aqui na Folha.
O autor do texro comete o mesmo erro que todos que defendem esse "terraplanismo" defendem, igualam rascismo, discriminação e preconceito, mas o.meu questionamento é quantos autores negros que discutem o tema o autor leu ?
Texto bom. Lúcido.
É muito difÃcil tentar igualar situações que são nitidamente diferentes. Para ver isso, basta ver a história: o ódio, o preconceito e a exclusão contra o negro vêm de um processo antigo de exploração, escravização e humilhação. Enquanto isso, o ódio contra o branco vem da revolta contra todo esse preconceito disseminado. Se trata de um processo complexo que até hoje deixa pedras no caminho de pessoas negras, e ignorar isso é uma tentativa falha de amenizar o absurdo.
Seu resumo está confuso. Todo discurso, seja minoritário ou majoritário, é construÃdo históricamente. A hegemonia dum discurso branco e a presença forte, talvez não hegemônica, de um discurso antirracista, os dois são construções históricas. Nossa sociedade é a dos direitos fundamentais e da luta contra o racismo, mas também dum racismo persistente. A vulgata foucaultiana não consegue compreender essa complexidade.
Em suma: o preconceito contra o negro foi construÃdo historicamente. Já o “preconceito” (ênfase nas aspas) contra o branco, é uma resposta revoltada à essa construção. Isso não significa que seja correto, mas é fácil perceber que são situações diferentes e realidades muito distantes.
Que tal, na próxima coluna, refletirmos se a Terra é plana?
Via de regra, o homem branco sempre colocou a exploração comercial, financeira e da força de trabalho acima de qualquer sentimento de humanidade contra negros, pardos, indÃgenas, digamos eslavos e pobres. É natural que muitos negros não gostem mesmo de brancos ou os olhe com desconfiança. Quem apanha nunca esquece. E o racismo do branco contra o negro, infelizmente, perdura até os dias de hoje em pleno século XXI.
Sempre ? A hegemonia europeia data do século XVI, mas começa a afirmar-se realmente mundialmente no final do século XVIII. Esse « sempre » é bastante ocidental, bastante eurocêntrico.
3. ...fatos q são completamente diferentes e vejo tb a intenção de inverter os papéis e trazer o opressor ao papel de vÃtima sem explicar a história e os fatos, não há reconhecimento de erros e vontade de ser um racista em desconstrução.
2. E qdo falamos em estrura sócio-econômica, representatidade, mercado de trabalho, educação, saúde, lazer, é do conhecimento de todos q tudo isso é muitooo mais acessÃvel e de poder do branco do que ao preto, q detém os piores cenários e as piores estatÃsticas do Brasil. Então, eu vejo a creditação do racismo reverso com ceticismo, pq identifico a intenção em nivelar histórias e fatos q são completamente diferentes e vejo tb a intenção de inverter os papéis e trazer o opressor ao papel...
1. É necessário fazer uma comparação entre a história do branco e a história do preto no Brasil. O passado e o presente mostram de forma escrachada o quanto o branco foi nefasto e devastador ao povo preto e à outros povos, também. Isso é nosso passado, foi fato e é realidade. Eu acredito sim em pretos q odeiam brancos e agem pra externalizar isso, mas essa parcela, essa porcentagem e quantidade é pÃfia e irrisória qdo comparada ao inverso, brancos q odeiam pretos e agem neste sentimento...
O senhor realmente necessita ler uma biblioteca inteira sobre a história da humanidade. Concordo com Camilla Paglia e John McWhorter, quando dizem que é essencial criar uma matéria de história comparada, com um ensino sereno e honesto, no nÃvel médio.
É preciso despirmo-nos de preconceitos e assumir nossa condição humana para combater o racismo. Antes de mais nada precisamos entender nossas origens tribais, que ainda vêm impressas em nosso DNA, segundo a qual todo estranho à nossa "tribo" é nosso inimigo potencial e precisa ser combatido. Muitos já superamos essa informação genética, mas ainda há quem a alimente. Aceitar isso é o caminho para reconhecer que somos uma só raça, com todas as qualidades e defeitos, independente de cor ou etnia.
Texto medÃocre! É preciso conceituar o racismo adequadamente para entender o porquê da inexistência de racismo reverso. Não posso pegar um conceito que já tem um construto, a exemplo de antisemitismo, alienação ou qualquer outro, e fazer malabarismos, como neste texto, para extrair dele o que se quer. Seu conceito de racismo é qual mesmo? Fundamenta- se em q teórico mesmo?
Ele fez um duplo twist carpado para passar pano.
Na verdade, Joel está passando o pano no artigo do Risério, para aliviar para a folha que publicou o escabroso artigo.
Impressionante como o olavismo fez escola, tanto entre progressistas quanto conservadores. Massacrar o outro é fundamental para a vitória da "bandeira". A sobrevivência na periferia não deixa tempo para "conceituar", isto fica a cargo dos reaças burgueses, tanto de direita quanto de esquerda. Controladores gerais do conceito alheio. Reaça é especialista em cancelamento não em acolhimento.
Opiniões. Podem ser inúteis quando você só quer defender um ponto de vista sem se colocar no lugar do outro. É o que acontece com colunistas e comentaristas defensores do tal Risério. O "anti-identarista"(mais um rótulo) que opina,comenta ,muitas vezes, não tem nem sequer amizade( e nem quer) com uma pessoa representada nas suas crÃticas como "identitárias". Daà o malabarismo para diminuir o peso histórico de fatos. Coam-se mosquitos, e engolem-se camelos. Com muita naturalidade.
Nós negros baianos, sofremos da SÃndrome de Estocolmo.
Nós, negros baianos, sofremos da SÃndrome de Estocolmo.
Se tua intenção foi o de passar pano no artigo do Risério; parabéns! Você conseguiu.
Passou um pano sujo, né, Enio? Ele tentou, mas não conseguiu limpar a barra de Risério. Joel só se associou ao negacionismo racista.
Perfeito, Enio. E aliviar para a Folha, que publicou o escabroso artigo.
Joel, comparar um conceito como o de racismo com uma categoria jurÃdica? Tem certeza que você se graduou em Filosofia? Acho que não adiantou ter lido o livro de SÃlvio Almeida (presumo que tenha lido). De qualquer maneira, não me parece que seja ignorância. Assim como Risério, que não é ignorante, apenas um ressentido maldoso.
O Risério é baiano. Um estado em que os brancos são minoria, mas que se olharmos para as faces dos governadores nas últimas décadas na wikipedia, são todas bem caucasianas. E olha que tem havido alternância entre partidos de direita e de esquerda, mas a cor do poder não muda. Seria mais produtivo um estudo dessa dominância em vez de falar sobre casos de racismo nos Eua.
nem consegui terminar de ler, affff
Reporta-se que Trump falou de racismo reverso em seu primeiro comÃcio de retomada de campanha. Ao que parece, aqui também alguns articulistas - e veÃculos? - já escolheram sua agenda para 2022...
Excelente artigo. Aqui, Joel toca no ponto crucial de toda a questão: o uso do termo em si. Estamos, antes de qualquer coisa, diante de uma querela conceitual.
Eita, Joel, sua análise é extremamente frágil e parcial. Foge, completamente, da principal crÃtica feita ao texto do Riserio ao mencionar casos isolados para tentar criminalizar movimentos que lutam contra a violência que os negros sofrem desde que o homem branco o escravizou. Ao que tudo indica, você é um dos que apoia esse tipo de texto (racista) na Folha. Qual é o limite de ética da Folha?
Excelente artigo. Parabéns.
O que está faltando pro aitor dessa baboseira é um bom justiçamento das redes para que as empresas (Folha e outros veÃculos de comunicação) implementem a punição máxima sem recurso; rua com esses colunistaszinhos do racismo reverso. Depois podem dizer que foram seus traseiros que agrediram as solas dos sapatos dos patrões.
Excelente artigo. Existe racismo no Brasil? Sim. Igual ao Americano? Não. O negro é discriminado? Sim, muito mais que outros grupos. Mas outros grupos também são discriminados: Homossexuais, imigrantes, Nordestinos, moradores de comunidades, de periferia… Onde o artigo errou?
Desculpem-me... Mas toda vez que vejo uma patacoada do Joel, penso: "Esse cara é mesmo filho do Eduardo Giannetti?!". Digo isso porque as ideias de ética e compaixão da minha mãe (mulher não alfabetizada) me inspiram até hoje.
Usando essa linha de raciocÃnio, Joel Pinheiro da Fonseca, em um próximo artigo sobre o tema, conseguirá defender que, sim, existe "pedofilia reversa".
Pode parar. Usar a violência de alguns para tentar colocar tudo no mesmo "pacote" não é correto. Exceção não é regra.
Exato! E uma coisa (obviamente reprovável) é um grupo atacar brancos com mensagem antirracista. Outra é o cara ser barrado na Zara porque é preto, ou ter que mostrar a nota fiscal da bicicleta elétrica para a polÃcia.
Joel, existe no Brasil racismo contra o branco? Deixa de cinismo, rapá! Um pouco de honestidade intelectual não vai te fazer mal.
Releia o último parágrafo: um show de cinismo
Ele escreveu isso no texto: "o que vale para os americanos não necessariamente vale para o Brasil. Grupos como Nação do Islã e Panteras Negras não são expressivos por aqui."
É o antirracismo que propagandeia o racismo reverso.
O óbvio dito com brilhantismo. Parabéns, Joel. E obrigado.
Será? Para mim soou como o fake dito com cinismo
Foi defender o Risério e se embananou. Os liberais sai muito superficiais quando se trata de grandes temas.
Caro ogro, no Brasil o racismo é estrutural então qualquer movimento de reação não pode ser entendido como racismo reverso. Quando houver vc vai ver os negros comparando o tamanho da ferramenta deles com as dos brancos. Já filiou ao Phodemos? Lá todos tem ferramenta ó.
Joel, parabéns pelo texto! Que serenidade e objetividade para abordar o tema. É fato que o texto de Risério não mostra exemplos de violência de negros contra brancos no Brasil. Ele limitou-se a colocar um link para um texto sobre atritos entre ex-bbbs. Sem querer salvá-lo de crÃticas (o que seria uma bobagem) vejo nos escritos dele a intenção de mostrar o quão arriscados são projetos que buscam a justiça necessária ancorando-se no conceito de raça. Abraços
A analogia com assassinato foi bem infeliz. Melhor texto foi da Vera Iaconelli, nesta Folha, dia 17: "Ideia que segue a mesma lógica de imaginar que o feminismo é o oposto de machismo. Existem mulheres que odeiam homens, negros que odeiam brancos e toda combinação que se puder imaginar de intolerâncias e preconceitos entre povos e sujeitos. No entanto, um sistema secular de violências ligadas ao traço de cor e gênero não é anedótico, é estrutural e perpetua desigualdades."
Da discriminação contra os canhotos ninguém fala uma palavra . alguém já vu algum equipamento bancário - caixa eletrônico- para canhotos ?
Nunca vi. Mas minha filha é canhota (acho mais elegante sinistra) e nunca reclamou.
Não existe "racismo reverso", "racismo positivo" ou "racismo do bem". Racismo é crime hediondo , previsto na Constituição, seja contra o negro, o amarelo, o vermelho ou o branco.
So que, na realidade brasileira, não existe contra o branco.
Eu começaria a acreditar o dia que surgisse um grupo tipo a Ku Klux Kan perseguindo e executando os brancos.
Joel, só sendo ingênuo mesmo. Por acaso está havendo um problema desse tipo no paÃs ou no mundo? Então qual a intenção de publicar um troço desses, que não resistiria dez minutos num debate acadêmico? É criar confusão, dizer que se trata de duelo de narrativas, e que a reação indignada de quem está a anos lutando de fato, é prova do "ódio reverso". Agora vir falar de picuinhas filosóficas de que "pode haver ato racista contra um branco", serve pra que? O artigo risório não merece defesa.
É bem mais simples do que essa discussão teórica chata e inútil faz parecer. Juridicamente o racismo reverso existe, ponto. O artigo original faz o que a direita bur.r@ faz, expande atos isolados aleatórios, fingindo forçar a prova de uma teoria, quando na verdade quer mesmo é ver o circo pegando fogo para se auto promover.
Uma simples leitura ou releitura de clássicos de Michel Foucault e Paulo Freire nos faria relembrar como as relações de poder se entrelaçam. Oprimidos tomam o lugar de opressores em projetos de vingança. O "empoderamento" não se dá no sentido da luta pelo compartilhamento existencial, mas para a ocupação de espaços de poder para eliminar aquele que "oprimiu". A razão através da argumentação dá lugar à discursos raivosos. As reações ao artigo do companheiro de existência são espelhos.
Não me odeie, por favor!
Cara, tu escreveu essa bobagem de novo? Justamente eu te aconselho a ler de fato Paulo Freire, antes de dizer que o movimento negro é só um grupo vingativo que quer inverter os papéis...
O que me incomoda em discursos como o do Risério, caro Joel, é a tentativa de se colocar as coisas no mesmo patamar, justificando uma reação "da maioria" e desqualificando ações compensatórias para aqueles historicamente massacrados. Aà não dá pé, né?
Não se pode confundir ativismo com ciência. Ciência é verdade. Racismo é racismo, seja ele praticado por quem quer que seja. O que a lei não discrimina, não cabe ao intérprete fazê-lo”.
Fiquei impressionado quando vi que dois irmãos, gêmeos inclusive, um era preto, com traços africanos e outro branco, com traços mais europeus. A grande questão é: apenas um deveria receber cota? Eu acho que os dois. Aliás, todo aquele que se declarasse negro no Brasil deveria receber cota, se pobre apenas. A coisa mais esquisita que já vi são os comitês que analisam a cor da pele e traços para definir quem é negro. Além, claro, de editais exclusivos para negros, nada para indigenas, caboclos,etc
Brasil é um paÃs de mestiço. Chega de importação de cultura. Existe racismo existe pobre e existe crime, além de um punhado de outras coisas. Qual a intenção de trazer coisa estrangeira como se nossa fosse ? Ainda mais algo tao obtuso. Mais brasilidade, por favor.
O "identitárismo" brasileiro é intrinsecamente capitalista e de extrema direita, pois não busca a luta contra a desigualdade fato, mas sim a criação de uma cultura que explora a mais valia na forma de vingança deslocada no tempo e a exploração da mais valia continua entre membros que se identificam em si e pior, segrega "grupos", impedindo-os que cooperem entre si, exceto se a co-existência for na base da aceitação incondicional do que for dito pelo grupo que arroga para si a verdade absoluta.
Coisa curiosa é que agora todos falam como se o preconceito racial no Brasil fosse meramente de cor/raça, quando o preconceito racial aqui desde tempos remotos é também regional. A subraça brasileira é a nordestina. E todo nordestino já foi discriminado por ter nascido no Nordeste (de qualquer cor de pele e classe). Casos de desprezo, espanto ou jugo. Sudestinos e sulistas de todas as cores são capazes de agir assim com superioridade em relação a nordestinos de todas as cores.
O artigo de Risério serviu (tbm) de alerta sobre o porvir acaso persistamos por esse caminho proposto pelos arrivistas dos movimentos negros, caro Joel. Ele, grande pensador brasileiro, não quis entrar em detalhes. Mas é óbvio para ele, para mim, e para vc que eu já vi rebater tweet do seu xará Joel Luiz adv (militante racial) contendo preconceito racial contra brancos. E muitos outros exemplos mais. "Não dê uma de doido!" O racismo contra pardos e brancos por negros aqui está rolando à solta.
É o que acho também. Ainda que não haja por aqui casos como os citados por Risério, é questão de tempo para começar a ter. Com a nossa mania de importar tudo de ruim que existe nos Estados Unidos, ao invés das coisas boasÂ… Aliás, começa com a desproporção e violência das reações ao artigo dele. Pode ser criticado como tenho lido em algumas colunas por aÃ, mas o tanto que ele foi insultado e teve a cabeça posta a prêmio é péssimo sinal de um péssimo caminho.
Exato, muito bem colocado. Em nenhum momento risério colocou que não há hoje racismo cultural (o que muitos erradamente chamam de estrutural) contra o negro. Mas que estes atos de violência contra os brancos, alimentado muitas vezes por um grupo que se coloca à esquerda, é motivado por um ódio de cor (como se o "branco" brasileiro não fosse mestiço). E os aloprados aplaudem isso, buscam uma inspiração falaciosa na revolução francesa. Ou seja, estão criando um cenário para futura perseguição.
Caro colunista, seu texto começou bem, mas deslizou na sua comparação entre ravismo e assassinato. Assassinato é crime, assim como os crimes cometidos por negros contra brancos, por qualquer motivação que seja. Comparação mais cabÃvel seria o feminicÃdio. Por razão óbvia, não existe "feminicÃdio reverso", ou seja, um "masculinicÃdio" ou algo assim... Da mesma maneira, não há "racismo reverso". Respondido?!
Ah, em tempo: não estou dizendo que não existam crimes de ódio entre pessoas nas mais diversas combinações de cor, gênero etc. Mas racismo, como feminicÃdio, só vale nesta relação de poder mesmo, considerando a dimensão histórica e nossa herança cultural escravocrata, e patriarcal.
Esse papo continua? A FSP ganha e o paÃs perde. A FSP precisa fazer uma autocrÃtica. Amanhã a FSP vai dar espaço para a defesa de que o estupro é culpa da vÃtima, que a mulher apanha porque gosta. Sinceramente está difÃcil digerir alguns conteúdos da FSP ultimamente
Parabéns, texto lúcido. O racismo deve ser combatido e os atos de violência contra quaisquer grupos que sejam não podem ser justificados sob o pretexto de "defesa contra agressões históricas", pois o Estado brasileiro tem um arcabouço legal e uma estrutura que combate o racismo.
Artigo ponderado, equilibrado e cordato.
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