Hélio Schwartsman > Falta caridade ao debate público Voltar
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É natural que Hélio Schwartsman esteja defendendo a Folha, pois é onde escreve, mas não vejo mais qualquer propósito em tirar proveito intelectual deste monte de asneiras que a Folha anda publicando nos últimos tempos. Eu nem leio mais este jornal, há muito tempo. Fiquei sabendo desta fita aà do Risério, com o papo de "existe racismo de pretos contra brancos", que parece apenas, mais uma vez, puro click bait, pelas redes sociais. Proveito intelectual eu tiro de Bertrand Russell, caro Hélio.
Bertrand Russell jamais defenderia essa reação histérica ao artigo do Risério.
Excelente Helio. Equilibrado e sagaz como sempre.
"Resta, então, a pergunta fundamental. O neorracismo identitário é exceção ou norma? Infelizmente, penso que é norma." Vai me desculpar, mas isso não é crÃtica a "setores" do movimento negro, mas tentativa de equipará-lo como um todo aos movimentos supremacistas brancos e, consequentemente, demonizar a legÃtima pretensão de negros a ter as mesmas oportunidades de brancos. Se não fiz a interpretação "caridosa", me explica qual seria ela, por favor.
Desculpa Hélio, uma interpretação não deve ser caridosa, mas real, pautada no q está escrito e no contexto em q se insere! No momento, a extrema direita está ganhando espaço e seguidores no mundo usando tais argumentos. Mais inteligência e coerência, por favor!
Disse a pessoa que não vê problemas em livros didáticos de História esconderem os genocÃdios comunistas que mataram várias dezenas de milhões de pessoas no século 20, como afirmou em comentário publicado na coluna do Narloch.
Excelente, Hélio! Obrigado por se posicionar a favor do debate livre, longe dos dogmas.
Cansativo comentar. Pois metade dos comentarios abaixo apenas repetem argumentos que beiram o terraplanismo, incluindo teorias sobre a real intenção do tal autor do artigo. Os identitarios acham que tem a razao em tudo, e que quem discordar por definição está errado pois partiu da premissa errada. E a premissa certa é só aquela que eles aceitam. Alias, o mesmo se aplica a tal charge, logo acima do artigo. A charge é tão errada que partiu da premissa que seria censurada, o que nao aconteceu.
Cento e oitenta e seis jornalistas da Folha assinaram uma carta aberta à direção expressando a preocupação com a publicação recorrente de conteúdos racistas. Falar em caridade nesse momento histórico em que a extrema-direita saiu do armário no Brasil, com grupos racis-tas e nazistas no sul, é não atentar para o dano que pessoas como Risério e Narloch podem causar. De que lado está Schwartsman que não assinou a carta?
Do lado do... debate? Pode-se debater, discutir, analisar, ou já é para escolher um lado e esculhambar o outro?
Pra se aplicar o princÃpio da caridade o leitor primeiro precisa ler e entender o que foi escrito. Mas aà é exigir demais do intelecto das hordas de ambos os extremos.
Perfeito. Como bem disse Schwartsman, apenas uma minoria de leitores pode tirar proveito intelectual.
O artigo de Risério se constrói como uma peça de artilharia contra os identitaristas,mas, na verdade, sua intenção é outra. Risério, um profissional falido do marketing polÃtico, quis causar para ficar em evidência no ano eleitoral e assim ser lembrado para dirigir a campanha polÃtica de algum polÃtico da nova direita, já que ele se queimou na esquerda, tanto a identitária, quanto a clássica. Não há ideias ali para serem discutidas, mesmo que de forma caridosa.
O problema do artigo do Risério é que ele é ruim, falacioso, cheio de parti pris, evidências frágeis e exemplos individuais colhidos no ouvi falar. Se sustenta num truÃsmo: todos podemos ser racistas. Sim, mas daà derivar a existência sociológica ou realista do racismo reverso no Brasil se encontra uma abissal distância. Caridade ou tolerância com as ideias alheias não significa permissividade com argumentos falaciosos, frágeis, (racistas?) cujo prcipal objetivo parece ser o de se promover.
Salve, Hélio Schwastsman! Até que enfim uma análise com caridade! Movimentos indentitários gritam alto demais antes de entender! E tem sempre a mesma reação com textos calorosos, cheios de vocabulários filosóficos difÃceis! Folha, obrigada, pelo espaço democrático no Jornal!
Prezado Hélio, o pressuposto é perfeito - mas a caridade não deve impedir que se veja as coisas tal como são. O referido artigo não se daria ao trabalho de toda a compilação laboriosa que faz para defender um truismo, de que qualquer um pode ser preconceituoso em relação a qualquer um; o problema dele está mais no que faz do que no que diz: busca transformar a exce ção anedótica em norma, para insinuar a existência de racismo reverso.
Como você mesmo admite, no final posso não ter alternativa a não ser concluir que estou diante de algo fala cioso e malé volo...
O que me chamou a atenção nas respostas e comentários ao artigo de Antonio Risério foi a defesa implÃcita ou explÃcita da tese de que a vÃtima do racismo tem a justificativa moral de agir como seu algoz. Darnay condenado à guilhotina pelos crimes de sua classe.
Excelente artigo. Também não vi no artigo citado nenhuma atitude racista. Hoje, na Folha, notei que o cartunista foi bastante infeliz ao interpretar o texto como racista. Parabéns a Folha por permitir o debate de ideias e fugir aos que buscam a censura.
Alinho-me ao Silvio Almeida que, além da pertinência do lugar de fala, não se fundamenta em fictÃcio princÃpio da caridade mas na análise de uma falaciosa retórica que inverte a historicidade para apontar no ra-cismo reverso o cerne do problema. É preciso não ter caridade “com artigos de arruaceiros, nulidades e oportunistas”, como ele afirmou, mas estar ao lado dos oprimidos.
Ao ter escrito Além sugeria que o lugar de fala não é fator primordial na discussão mas tem prioridade sobre um branco cujos ancestrais escravizaram e não sofreram a escravidão. Além disso, sou branco de total ascendência europeia, e me posiciono ao lado dos oprimidos. Este não é o caso de Risério e Narloch que envergonham a Folha.
Há poucas coisas mais impertinentes que o tal "lugar de fala". É um argumento farsesco e com viés autoritário. Não gostei do texto do Risério por inúmeros motivos, mas lugar de fala NÃO é um pretexto para negar o debate. Para citar um exemplo famoso, a mais famosa canção sobre o racismos contra negros nos EUA, Strange fruit, foi escrita por um judeu branco - Abel Meeropol. Imagine se Lady Day se recusasse a cantar Strange fruit porque Abel não tinha lugar de fala.
É, meu caro Hélio, as pessoas ficaram *muito* ofendidas com o texto. Como você, eu lamento a perda do debate, mas reconheço a origem disso: temos sido tão agredidos desde a campanha de 18, tão constantemente, que viramos o gato escaldado. Vejo coisa semelhante no não-debate das ideias do Ciro Gomes, embora mais de leve: os destemperos pregressos, a viagem a Paris, meio que interditam as propostas - podiam ser discutidas, mesmo que ele não tenha chance eleitoral.
Excelente artigo. Parabéns ao autor
Falta a reação que o americano teve naquele hotel de copa.
Gostei. Viva o debate dos contrários!!!
Sugiro que o colunista leia a coluna do Gregório Duvivier. Hoje ele, Hélio, acendeu vela para mau defunto.
Num paÃs de mestiços, seria mais produtivo debater a pobreza estrutural, presente na grande maioria dos lares brasileiros segundo o IBGE.
não há caridade possÃvel a se cultivar face a argumentos que servem apenas ao propósitos de auto-celebração do jornal e como reforço das credenciais do antropólogo junto ao carlismo new age. esses legumes que helio deseja vender são a xepa da filosofia da linguagem, dirigida a incautos. eu respeitosamente passo.
Hélio, apelo a vc também um pouco de caridade. Nos poupe de sua parcialidade jornalÃstica e ativismo canhoto que carrega de veneno suas colunas e matérias. Em 2022 é 22.
Essa foi demais. Uma bolsonarista criticando o colunista por ser contra o indentitarismo. Vc leu alguma coisa? Se leu, entendeu alguma coisa? Depois os bolsonaristas ficam chateados ao serem confrontados com sua parca inteligencia e compreensao das coisas...
Percebo que você nao leu o texto, mas resolveu criticar assim mesmo. Alem do que, chamar Hélio de "ativista canhoto" é só para terraplanistas.
Ler o livro...ensaio sobre a cegueira do Saramago...seria ótimo caso os briguentos e destemperados que discutem alucinadamente sobre racismo e outros temas relevantes tivessem o propósito de abrir a mente, mas, pensando bem xá pra lá
No fim, tudo se reduz ao contexto de significados ideológicos de caráter doutrinário e não o humanitário. Discursos de ódio a todos que não compartilham da 'visão'. Neste caso o que vale é a pancadaria. Claudia F.
Ler o livro...ensaio sobre a cegueira do Saramago...seria ótimo caso os briguentos e destemperados que discutem alucinadamente sobre racismo e outros temas relevantes tivessem o propósito de abrir a mente...mas...pensando bem...xá pra lá....
Belo texto. A militância identitária saliva e espuma quando alguém contraria seus dogmas. São o sepulcro caiado do bom, belo e justo acusando de forma antiética diferentes autores, professores e intelectuais com extensa pesquisa em vários campos do saber. Nunca vi em uma só edição de jornal uma matilha ser tão baixa na argumentação contra Risério. Muitos são apenas tokens do identitárismo e do movimento woke em jornais de grande circulação.
O brasil todo da preguica se acomoda e acostumou a se encostar e dependente da caridade e solidariedade e por isso continua e nunca sairá abaixo do IDH.
Fui enganado, kkk. Achei que o Hélio ia falar sobre caridade em polÃticas públicas (vindo de um liberal, fui atraÃdo para o artigo). Daà ele me surpreende sendo ele mesmo. Zero expectativa fe você pensar diferente disso, meu caro. Ah, por caridade, li, com atenção, até o final.
Gosto de ler o que o Hélio escreve: há um argumento, apresentado forma clara, que se compõe de premissas. E evidências são oferecidas para sustentar as premissas. O grau de credibilidade que o leitor atribui às premissas flui para o argumento. Acho que, nesse caso, a avaliação do Hélio sobre o artigo do Risério não deu muito peso ao rigor argumentativo. Caridade é necessária, mas há limite.
Criticar um artigo é um ato de caridade. Parece que quem acusa os outros de querer cancelar o debate é que o está interditando. Eu li, me dei ao trabalho de fazer crÃticas e ainda publicar nesse espaço dedicado aos comentários. Só o que falta eu achar o artigo detestável e não poder me manifestar.
Confesso que vi algo de "evidência anedótica" em alguns dos exemplos mencionados no artigo, mas a premissa básica - que todos somos sujeitos a alimentar preconceitos - é muito óbvia para produzir escândalo.
O "escândalo", ao menos pra mim, é o autor derivar daquele anedotário uma crÃtica ao que ele chama de identitarismo e produzir uma falsa simetria entre racismo e aquelas anedotas.
Sim, falta caridade... e honestidade. Assim como falta inteligencia e leitura. No momento, se tornou impossivel o pensamento no Brasil, que afunda no pântano da burrice e picaretagem intelectual. Triste fim.
É por essas e outras q esse é o melhor colunista da Folha de São Paulo. É estarrecedor do ataque de alguns colunistas e acadêmicos nas redes sociais contra a coluna do Riserio. Parece até q não leram a coluna do referido antropólogo. Discordar é uma coisa, taxá-lo de racista ou negacionista é ignorância, para dizer o mÃnimo
Li o tal artigo, também não vi nada de tão escandaloso. Mas pergunto: seria pertinente levantar uma questão de racismo de negros contra brancos, em um tempo em que há pouco as pessoas começaram a se convencer do racismo de brancos contra negros? Não seria relativizar o racismo?
Você tocou no âmago da polêmica. Concordo.
Mas as informações não têm respaldo em dados da realidade são só casos bem especÃficos que se comparados com o racismo de fato contra os negros, são irrelevantes. Além disso é ele apresenta "informações" como Marcus Garvey querer uma parceria com o Klu Klux Klan, o Black Lives Matter pede a morte de judeus publicamente. Ah e isso tudo dito da boca pra fora, sem citar pesquisas ou artigos, dados, estatÃsticas, absolutamente NADA. O máximo um artigo de opinião de alguém que pensa igual a ele.
"não tem respaldo da realidade" é apenas o seu eufemismo para negar a experiência vivida. Qual a pesquisa ou artigo necessario para relatar uma experiencia com o racismo? Corta o papo furado e enfrente a realidade.
Realmente, falta caridade, e é um belo truque do sofismo contemporâneo: ao invés de questionar uma posição, primeiro crie uma caricatura e depois refute a caricatura ao invés do original com todas as nuances, é muito mais fácil. Outro é vilanizar o adversário: ignore a possÃvel existência de quaisquer motivos pela posição discordante, como vivências diferentes, e a atribua a intenções indizÃveis. Falta amor ao próximo e sobra preguiça intelectual.
Leia uma terceira vez, nem que seja por caridade.
Sobre as questões sobre racismo que são apresentadas nesta folha e demaiss meios, entendo da seguinte forma de forma simples: - Há racismo estrutural no Brasil; - Há necessidade de ações afirmativas para os pretos para se fazer justiça (social ou seja lá o nome); - É desonestidade intelectual dizer/afirmar que tudo que acontece de viés negativo a um preto é racismo (vide colunas de Djamila e João Coutinho); - Não iremos obter a erradicação do racismo sem termos 'caridade' nos debates;
Falta noção de democracia liberal aos extremos.
Falta apenas honestidade intelectual.
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