Opinião > Para que biologizar o debate público? Voltar

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  1. Julio Cesar de Siqueira Barros

    Prezada Lygia, se os argumentos de Risério fossem sólidos e moralmente equilibrados, ele não estaria recebendo as críticas que está. Poderia até estar recebendo críticas mais ferozes. Mas seriam de outro tipo. De fato, os críticos parecem não estar refutando os argumentos dele. Estão deixando isso de lado. Estranho e lamentável. Mas isso não se deve apenas por ele ter criticado o consenso. Isso se deve sim aos argumentos dele. Em gênero, número, e grau.

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  2. Alexandre Arantes

    Parabéns à colunista pela valente tentativa de expressar uma visão acima de tudo racional, que não guarda guarida nesses tempos esquisitos. Obrigado por sua clareza analítica.

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  3. RODRIGO DORNELLES

    "[Livro] polêmico, que recebeu críticas e elogios" poderia ter sido uma frase escrita por um resenhista de Mein Kampf.

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  4. Andréia Chaieb

    Cansada com a falta de contextualização dos assuntos por colunistas como Lygia Maria e outros. Vivemos um momento grave, onde a extrema direita vem ganhando espaço e cooptando mentes ao redor do mundo, por meio de inversões como essa.

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  5. Déa Maria Moraes Kowalski Moraes Kowalski

    Estou começando a ter preconceito contra o catarinense. É nazismo que não para de crescer naquelas bandas, racismo e ainda, eles tem um orgulho imenso por ter poucos negros em seu Estado. A articulista, por acaso ou não, recebeu sua formação profissional naquele Estado. Por esses dias, em Camboriú um jornalista da Intercept em férias com a família foi perseguido e ameaçado naquele balneário. Não é à toa que Bolsonaro não sai de lá.

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    1. Julia Miller

      Interessante que a leitora reaja com um comentário que ilustra exatamente o problema abordado pela jornalista, discutir o autor em vez do assunto. Sem relevância para a matéria em si, mas invalidando seu raciocínio - a jornalista é nascida e criada em Belém, Pará. Seu preconceito contra catarinenses não poderia estar mais deslocado. Você vê o problema que é julgar pessoas ao invés da idéias? Essa, por sinal, é uma manifestação pura de racismo, contra catarinenses ou não.

    2. Hildebrando dos Anjos

      Acho tão bom quando vcs mostram suas verdadeiras caras. Caso não saiba Dona Dea... O artigo 140, § 3º, do Código Penal, estabelece uma pena de 1 a 3 anos de reclusão além de multa, para as injúrias motivadas por “elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

  6. José Flavio

    Excelente coluna! Sensata e decente. Porém, Wilson Gomes é pardo-mestiço, e não negro, como afirmado no texto.

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    1. Max Morel

      José, ocorre que inventaram a categoria negro como sendo a soma de pretos mais pardos. Eles querem fazer um país bicolor, esquecendo que somos uma nação multicolor.

  7. José Bernardo

    "Para que biologizar o debate público?" como título de um artigo que sai em defesa de um autor de um artigo que não faz outra coisa senão biologizar o debate público: li isto mesmo, FSP? Que os m a u s ag ouros não se confirmem...

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    1. José Bernardo

      Além disso, esta mesma edição da FSP anuncia que a estreia da articulista se dará no dia 23; por que a antecipação - oportunidade ou oportu nismo?

  8. Claudio Gomes

    2 colunas hoje, lado a lado, criticando a atitude do identitarismo se impedir o debate. E o que fazem os identitaristas? Criticam os autores e impedem o debate. Muito parecido com o terraplanismo.

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  9. SERGIO CASTRO

    Bom os argumentos de Lygia Maria. Faltou apenas, uma vez que não se trata de uma discussão supostamente " biológica", um posicionamento mais nítido da autora, no plano adequado, sobre a questão.

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  10. MARLUCE MARTINS DE AGUIAR

    Começou mal! E que desserviço a Folha está prestando nesse momento em que as políticas de reparação histórica em relação aos negros estão sendo desfeitas por esse (des)governo. Se você olhar as estatísticas do IBGE em relação às questões socioeconômicas no Brasil vai ver que a cor importa sim para saber quem tem mais chance de estudar, ocupar cargos relevantes, salários dignos, enfim de viver.

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    1. Max Morel

      Recomendo à senhora novos estudos sobre o tema. Leia os livros do Laurentino Gomes, do Demétrio Magnoli ou do Ali Kamel. Não fique apenas com uma versão dos fatos.

  11. Carlos Fernandes

    Seria melhor outro meteoro na Terra.

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  12. RODRIGO CARNEIRO LEAO DE MOURA

    Ainda bem que a Folha de SP não se rende à "tolerância dos intolerantes".

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  13. Claudio Belodi

    Porque ele é feito apenas pelos abiológicos.

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  14. Sandro Silvestre

    Autora usa da exceção como regra, parece o Monark Riserio usa a negação e na relativização de fatos históricos, para justificar o racimos e criar um suposto Racismo reverso.

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  15. jose eduardo serrao

    A autora se agarra em comentários de muito poucos para culpar os movimentos identitarios.

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    1. LUIZ FERNANDO SCHMIDT

      Como Risério, toma a exceção por regra.

    2. Sandro Silvestre

      Perfeito,

  16. João Teixeira de Lima

    Sou 50% negro. Pode isso? Pode! Do meu lado paterno, todos negros, do meu lado materno, todos brancos. Aí pergunto: se sou chamado de branquelo por um negro, seria preconceito? E se eu chamar um preto de negro seria preconceito? Trabalhei numa grande multinacional, e como era o único nordestino com um cargo de relativa importância, meus colegas do mesmo cargo só me chamavam de baiano. Nunca liguei, nasci em Alagoas, se fosse na Bahia seria nordestino do mesmo Jeito. Preconceito é abominável!

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    1. Max Morel

      Boa, João. Colocou bem. Assim como o ex presidente Obama, você é fruto de uma mistura de brancos e pretos (sem nenhum sentido ruim), ou seja, você é , com a graça de Deus, um brasileiro mestiço, nem branco nem preto, mas eu diria mulato (sem nenhum sentido ruim, por favor). Somos um país miscigenado, embora muitos neguem isso, temos no Brasil mais de 40% de mestiços, frutos desses casamentos entre brancos, pretos, indios etc.

  17. MARCOS BENASSI

    Prezada Lygia, você tem razão, são bons argumentos. Mas tem uma sutileza nessa estória: quem nunca esteve na pele do discriminado, pode achar que é coisa de somenos - o tal "mimimi", que volta e meia é arremessado à testa de alguém. Eu, com biotipo do conquistador, só quando fui discriminado na Europa é que entendi de verdade o que pode ser o peso de crescer se achando "menor": eu já era adulto, meti o pé na canela de quem me destratou. Mas deu-me a clara noção do horror cotidiano dos pretos.

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  18. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    A classe trabalhadora é multiétnica, é a que tem potencial para construir um mundo melhor, fragmenta-la semore esteve no escopo dos donos do poder, fundações burguesas, com destaque para a Fundação Ford, investiram em patrocinar pesquisas acadêmicas que ajudassem nesse propósito, racializar relações sociais a partir do irracionalismo e corporativismo identitários se mostram adequados a fomentar o ódio racial, ferramenta a serviço do capital !

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      Sempre***

  19. Marcio M Andrade

    Perfeito! Biologizar e desumanizar é o que se vê nas discussões, Lygia. Projetos políticos são e devem ser passíveis de debate. Do contrário, estaremos a trabalhar com absolutizações maniqueístas. O racismo existe aqui e em qualquer parte do mundo. É humano! As propostas para soluções podem e vão variar. Não existe um caminho único, perfeito. Ademais, as soluções passam por todos! Todos mesmo!

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  20. Flavio Colker

    É tão simples, certo e óbvio que jamais será compreendida.

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    1. MARLUCE MARTINS DE AGUIAR

      Só de achar que é simples já demonstra que não compreende o que é racismo estrutural! A visão nesse caso é simplória.

  21. Eric Hirsch

    Não é irônico que este tenha sido o artigo escolhido como destaque, em detrimento de artigos como o do Gregório Duvivier? Diz muito sobre o papel da Folha nisso tudo. Quanto a essa matéria, chega a ser risível. Ela diz que o caráter biológico não importa, de fato, não DEVERIA importar, mas estereotipar brancos por serem racistas é uma reação a uma estrutura de opressão histórica, não é convencionalmente racismo, como já concluiu precocemente.

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  22. Gloriana Aparecida Pagno

    Sobre o debate, creio q a academia está ignorando o senso comum. A imensa maioria das pessoas sempre entendeu racismo como PRECONCEITO de raça e q raça é cor da pele. Quando conceitos saem da academia sem a devida explicação (bem didática), e ainda q, há um esvaziamento, termos viram palavras de ordem, não raro com vieses q ao invés de engajar aparentam discriminação o q gera uma reação de raiva/preconceito q segrega e acirra disputas...vira ódio, guerra. Consertar o sistema só com união.

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  23. Ricardo Andrade

    Santa Catarina quer ter o lugar de fala do Pelourinho?!

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    1. Paulo César de Oliveira

      Lugar de fala é algo que não existe, Ricardo Andrade. Todo mundo tem a liberdade de falar sobre o que bem entender. Quem é que vai impedir?

  24. Antonio Catigero Oliveira

    Desde que me entendo por Cidadão, sou ciente de que a Raça Negra não tem espaço no debate desde que pisou nesta terra de sinhôs e sinhás. E agora, justo agora, que surgiu algumas migalhas de espaço no debate público, aparecem brancos e brancas incomodados/as com essas migalhas, pinçando detalhes de conflito intelectuais insignificantes para distorcer e, mais uma vez, ditarem as regras 'acadêmicas', como os meninos brancos que sempre foram os donos da bola nos campinhos de futebol...

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    1. Martins Costa

      E pur si muove! O movimento humano tropeça, mas o caminho é sem volta, ainda bem!

    2. Antonio Catigero Oliveira

      Alguém quer 'debater' mesmo? Querem é negar o fato histórico e cultural, mantendo os mesmos privilégios sem peso na consciência, ou crítica social. Mas isso é implícito; não sairá escrito pelos comentaristas neste jornal. Pesquisas sobre racismo sempre mostraram que a maioria diz 'não' quando perguntada se é racista, e diz 'sim' quando perguntada se aqui existe racismo, ou se está acostumada a presenciar casos de racismo. Paradoxo básico de uma terra caracterizada pelo racismo estrutural.

    3. Marcos Mess

      Mas o que se está fazendo é justamente debatendo, ninguém tá proibindo ninguém de debater (Assina: um amarelo empombado - como os outros mestiços me chamavam em sala de aula). O debate é isso. Caso contrário, é narcisismo olhando no outro como espelho.

    4. Marcos Mess

      Ninguém está impedindo o debate, o que se está fazendo é justamente debatendo. Agora, se você quer debater sozinho no espelho, aí chame de narcisismo, mas não de debate. Até agora ninguém me respondeu. Responda-me: dois irmãos gêmeos, um branco e o outro preto (se me chamar para prova, eu provo). O branco não deve receber cota de afrodescendente? Eu acho que os dois devem. No Brasil, ao contrário do que dizem, a maioria é parda, mestiça, amarelo-empombado (que nem me chamavam na escola).

  25. Raphael Lopes Rios

    Excelente!! Perfeito

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  26. benjamim picado

    à articulista sugiro uma outra chave para melhorar o debate público, igualmente oriunda do lamentável artigo de risério: se bem me lembro, os sujeitos aos quais se dirigia o artigo eram não-entidades tais como "a esquerda" ou "a academia". a que propósito isto serve para o debate público? o que o antropólogo pretendia poderia ser formulado de maneira infinitamente mais rica e produtiva do que nas chaves por ele propostas - em seu caso a provocação e a polêmica vazias. acidente ou desígnio?

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  27. Ana Carolina Pessoa

    Belas palavras, mas o que faltou entender é que não se trata de biologia, mas sim de história e sociedade. Ao se permitir pensar um pouco sobre como a sociedade funciona, dá para perceber o que invalida o racismo contra o branco. Ser negro ou branco não é só uma questão de cor, é um fato que predefine status, aceitação e inclusão. O racismo não dói no branco da mesma forma como dói no negro, afinal, o branco é bem amparado e contemplado socialmente. Veja com os números, os dados e as motivações.

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    1. Gloriana Aparecida Pagno

      Talvez eu não tenha interpretado bem o texto, entendi q a autora falou do que se seguiu após o artigo do Risério.Eu li incrédula.Ao invés de debater, muitos ativistas c/milhares de seguidores e em posições de poder e/ou privilégio o atacaram, e tb ao Wilson Gomes com falas assim: eles(os brancos) estão com raiva pq somos mais inteligentes, a branquitude é q é uma "falha" genética, nós viemos primeiro, somos superiores..Como isso ajuda no debate, no esclarecimento fora da academia?

    2. Martins Costa

      A Lygia não entendeu nada!

  28. Luciano Ferreira Gabriel

    Belo texto. O debate público está contaminado pelo tribalismo identitário. É a nova patologia social. Certas pessoas/analistas estão usando argumentos antiéticos contra quem discorda.

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  29. Gaya Becker

    Estou encantada com a clareza das ideias e a enorme abrangência e lucidez da opinião de Lygia Maria. Renova minha esperança de que o bom senso finalmente prevaleça em meio ao oceano de barbaridades que são ditas em nome das tremendas distorções oportunistas ou revanchistas no trato da questão do racismo.

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    1. Martins Costa

      Vou ter que chamar o Caetano aqui... Vocês não entenderam nada!

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