Ilustríssima > 'Racismo reverso' de Risério busca deslegitimar luta por igualdade racial Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Texto elucidativo e inspirador!
O autor, ao que parece, não se preocupa muito com preconceito racial ou discriminação racial. Na tentativa de desqualificar o artigo de Risério, o autor distingue racismo de preconceito ou discriminação racial, para dizer que os pretos citados por Risério praticaram apenas preconceito ou discriminação. Suponho, então, que se possa ter preconceito racial, sem ser racista. É possÃvel praticar a discriminação racial, sem ser racistaÂ…
Obrigada por ter conseguido entender toda polêmica!
Apoiado!
Baita artigo! Petrônio Domingues colocou a bola no chão, desmontou os pressupostos de Risério. Não diria que colocou um ponto final nesse debate, porque ainda será preciso reafirmar o óbvio. Negacionistas (como Risério, Narloch, et caterva) não deixarão de tentar confundir conceitos e ideias. A normalização do seu discurso não é um erro. É um projeto. Ademais, pacto narcÃsico da branquitude será sempre acionado quando qualquer um deles for confrontado.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Parabéns! Não concordo com a essência do artigo resumida no titulo. Mas no mais é um texto muito bem formatado , questionando outro usando a mesma linguagem. Sem acusações vãs ou infantis. Isso chama-se debate democrático ou acadêmico. Esclarecendo vários termos e contribuindo para a análise do leitor. Aguardo agora os esclarecimentos do Riserio sobre a crÃtica apresentada.
Por favor, acrescente este texto ao Manual da FOLHA e para quem da empresa não entendê-lo, que escreva 1.000 vezes a frase "eu não nasci para essa coisa chamada de civilização"
me admira a paciência pedagógica do colunista, ótimo texto.
Excelente texto, parabéns Petrônio Domingues!
Excelente artigo! Esclarecedor, bem fundamentado e suavemente forte! + Petrônio Domingues por favor!
Chegamos no último estágio da infâmia como sociedade e nação. O preconceito e o ódio racial são sintomas dessa degradação polÃtica. Valores humanitários foram banidos em nome do dinheiro e poder. A grande imprensa, folha incluÃda,nada mais é do que uma fábrica de idéias que não correspondem aos fatos, parafraseando o mestre Cazuza.
Bela, correta e didática lições de termos e conceitos. Mas ao identificar seu alvo, ops., como, O antropólogo baiano BRANCO Antonio Risério publicou um artigo na Folha, não deveria, dessa forma se identificar como, eu Doutor em história pela USP, brasileiro NEGRO Petrônio Domingues o comentarei, óbvio, dando-lhe pequenas lições sobre racismo, preconceito racial? etc. etc.
quantas vezes vc vê por aà um branco ser identificado como tal? é sobre isso.
Racismo é diferente de preconceito racial? Vou me aprofundar no assunto (mesmo!). Se for por essa logica, muitas denuncias de racismo migrariam para preconceito racial, além da injúria racial. Sempre aprendi na escola e em sociologia que racismo é racismo, independente da cor, e a nossa constituição também cita isso.
Parabéns Petrônio, publicado com minutos de diferença também fui pelo mesmo caminho, de aproveitar para fazer um "letramento antÃdoto" contra todo o veneno espargido...
Obrigado pelo artigo. Muito esclarecedor.
Humanos e suas humanidades
O artigo de Risério é provocador e logo virá um outro do mesmo tipo. Claro que muita gente vai defender as contradições e interpretações sem sentido que ele cria, porque a maioria das pessoas não pensa na realidade das pessoas negras. Não passam no dia a dia pelos olhares preconceituosos, de crÃtica, de susto, que culpam os negros por qualquer coisa antes de saber o que aconteceu. Isso é racismo estrutural, muitos brancos não estão nem aà se maltratam ou não pessoas negras. São desumanos.
Em nenhum momento, vi a negação da existência de um racismo antinegro arraigado no Brasil. O argumento de Riserio é a possiblidade de um discurso racialista da parte de subalternizados, o que me parece uma evidência histórica, e uma crÃtica à retórica de grupos polÃticos (agremiações, partidos, etc.), uma crÃtica a estratégias adotadas e a certo espraiamento dessas estratégias na sociedade, que ele vê como deletério e contraproducente.
É importante começar com definições pra saber do que estamos falando, mas se o racismo for definido como o que muitos chamariam de racismo estrutural, então você pode dizer que o sistema/a estrutura é racista, mas não um indivÃduo. O racismo do indivÃduo eu entendo que pode ser definido como o preconceito racial e/ou a discriminação racial.
Como somos a única espécie conhecida da raça humana e não existir outra alternativa para traçar parâmetros e fazer comparações, boas ou ruins, decidimos aniquilar uns aos outros por puro enfado e soberba de nos sabermos iguais...
Como escrevi ontem, a hipótese de risério gerada a partir de raras manifestações preconceituosas que somente provam a regra do racismo estrutural contra negros, é resultado de desconhecimento ou desonestidade. De qualquer forma, risério está desmoralizado academicamente. Ele faz isso por desespero para sair da insignificância academica que sempre o acompanhou. Progrediu de insignificante para desmoralizado, mas vende livros para supremacistas.
Espetacular. Texto completamente elucidativo sobre o tema. Merece ser impresso e distribuÃdo à população. A história do Brasil precisa ser recontada, sem glamourização das atrocidades, e sem alçar os vilões à condição de heróis. Nenhuma justiça social foi feita aos escravizados, e aos seus descendentes. Na prática, a segregação continua a existir. Só não vê quem não quer.
Irretocável o presente texto . Esclarecedor e didático, mas acima de tudo , contundente . Enfrenta com argumentos e conhecimento a desinformação que o Sr. Risério reiteradamente procura impingir aos leitores deste jornal . É preciso que a razão prevaleça sobre o obscurantismo , desconstruindo pseudo teorias , onde são visÃveis os vieses ideológicos elitistas !
Cotas não são racismo "anti-branco". No mundo ideal, com certeza seria melhor que não houvessem... Mas aqui! Aqui! É claro que tem que existir(cotas)... Por outro lado, vejo algo panfletário e um certo paroxismo, que contaminam a discussão. Um pergunta: Sobre o objeto da discussão, estamos falando sobre racismo no contexto de uma ex-metrópole ou de uma ex-colônia...
Para ilustrar que o professor Risério tem razão, basta ler a coluna da Djamila Ribeiro, aqui na folha , publicada em 1O de dezembro de 2O2O , com o seguinte tÃtulo : "Vingança de negros virá com gosto do sangue que há mais de 500 anos jorra neste solo" . Lendo o texto percebe-se que sangue ali tem sentido literal. Fosse contra os negros, o Ministério Público já estaria no encalço da autora mas , como é contra o branco, "tudo bem", parece que é o tal "racismo do bem" .
Risério não é, nem nunca foi professor. É um autodidata, sem formação acadêmica regular.
O medo provocado pela revolução do Haiti, pelo visto continua provocando "pânico" na "casa grande" e arredores aspirantes...
É preciso argumentar, Ricardo. Chamar de racista não esclarece.
186 jornalistas da Folha acabam de escrever uma carta aberta ao Conselho Editorial. O que mais é necessário para que façam um Editorial se desculpando, excluam o texto e o autor? Muitos assinantes comentaram o desejo de cancelar a assinatura. Da minha parte, prefiro manter a assinatura e combater o que há de errado e os fascistas que perderam a vergonha de ser.
Paulo Costa racista
“Nós, jornalistas da Folha aqui subscritos, vimos por meio desta carta expressar nossa preocupação com a publicação recorrente de conteúdos racistas nas páginas do jornal”, diz texto de “Carta Aberta e Jornalistas da Folha à Direção do Jornal”. No final do texto, que é um protesto contundente contra a publicação de artigo do intelectual Antônio Risério em que ele fala de “racismo reverso”, seguem-se assinaturas de 186 profissionais da publicação . Isso a dona Folha na publica, esconde.
Rodrigo Henrique, o texto está disponÃvel no site da revista Veja.
Tadeu, onde você conseguiu a carta dos jornalistas? Poderia disponibilizar aqui, por favor? Queria ler o texto completo.
"Dessa perspectiva, é desprovido de fundamento a ideia de racismo reverso. Seria uma espécie de "racismo ao contrário", ou seja, um racismo do grupo subalternizado dirigido ao grupo dominante. Trata-se de uma ideia equivocada porque membros dos grupos subalternizados podem até ser preconceituosos ou praticar discriminação, porém não podem impor desvantagens sociais a membros de grupos dominantes." Pois é!
Sim, o racismo sofrido por afrodescendentes no Brasil tem de ser combatido ferrenhamente com coerência argumentativa, leis equitativas, aplicação eficaz da lei, conscientização, polÃticas afirmativas, aspirações humanÃsticas, projeto de nação, etc.
Digamos que o saco de maldade dos brancos é imenso, enquanto dos negros, quase inexistente!
A questão é até que ponto os grupos subalternos podem fazer valer o seu poder e discriminar, como, por exemplo, impedir a entrada num restaurante, perseguir alguém num shopping, desqualificar alguém para um emprego, tudo isso, baseado na cor da pele da pessoa.
Um grupo subalterno é uma minoria ou uma maioria que sofre processos de marginalização de vários nÃveis, seja a perseguição dos Rohingyas pelos birmaneses, a humilhação das mulheres no Afeganistão ou as desigualdades sociais e preconceitos raciais que afrodescendentes sofrem no Brasil. Isso dito, racismo é um discurso estruturado que pode surgir e se disseminar em grupos subalternos ou em grupos opressores.
Almejo o dia em que a cor da minha pele não exija que me preocupe tanto com esta questão. Penso no que já teria produzido, em tantas áreas, se não precisasse me inquietar com isso.
Excelente texto. Vamos ter que ficar atentos aos comentários aquinpostados, favoráveis à Risério. Eu mesmo acabei de denunciar um r4c15t4. Absurdo é que essa Folha aceita a denúncia e não retira o texto desse ser abjeto.
Definição errônea. Racismo não pressupõe poder estatal, máquina midiática nem a maioria. Coisas tão dÃspares como nazismo, cristianismo ou confucionismo existiam antes de chegarem ao poder. Os ismos pressupõem discurso e circulação do discurso. Se alguém é habitado por um discurso racista, esse alguém é racista, independentemente da doxa reinante na maioria. Todo racismo é estruturado por um discurso, seja ele majoritário ou minoritário.
Racismo não pressupõe poder hegemônico. Existem racismos de Estado, difuso, minoritário, majoritário etc. Racismo é um discurso estruturado. A modalidade racista do neonazismo é minoritário e não dotado de poder hegemônico, no entanto existe ainda hoje. Perpassam as instituições, as famÃlias, a administração norueguesas certos valores liberais e a centralidade dos direitos fundamentais. Isso não impediu um massacre numa ilha. A definição foucaultiana de racismo é enganosa.
Racismo pressupõe poder hegemônico, e isso obviamente inclui poder estatal. Nunca houve na história racismo de minorias sociais contra hegemonias..., o que sempre ocorreu foi Insurgência de minorias contra as opressões hegemónicas. Racismo é estrutura circulante entre as hegemonias, perpassa os indivÃduos dela, que por sua vez estão no poder social, econômico e polÃtico administrativo, manobrando pela manutenção do status quo. Discurso racista é diferente de discurso insurgente.
Texto brilhante! Absolutamente necessário! Deixa cristalino o absurdo e inaceitável “conceito” de “racismo reverso”.
Artigo brilhante!
Algumas vezes alguém precisa lacrar o caixão. Lacrou!
Riserio tem razão, esse movimento que se declara anti-racista só gera conflitos raciais importados dos EUA. No Brasil, mestiço é que é bom, sempre foi assim. O negro que tem raiva de branco é racista e americanizado, duplamente ridÃculo. Identitarismo é a velha tática de "Torre de Babel", para dividir a sociedade e domina-la. É coisa de publicitarios bandidos.
Racista
bravo!
Ser humano não tem raça. Ser humano tem cor. A percepção da cor é subjetiva, sutil e não implica em associação absoluta de valor. Em uma pintura de Giorgione, um céu extremamente realista é feito de pigmento... verde. Os impressionistas mostram como a percepção de uma cor é produzida com a utilização de cores opostas no espectro. A ideia de raça na humanidade é risÃvel do ponto de vista cientifico.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ilustríssima > 'Racismo reverso' de Risério busca deslegitimar luta por igualdade racial Voltar
Comente este texto