Hélio Schwartsman > Consensos devem ser questionados Voltar
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Sensacional texto! Obrigado!!! A civilidade e a liberdade de debate agradecem!
Texto cÃnico. É muito conveniente defender a liberdade irrestrita de disseminação de ideias que apenas reforçam uma realidade sangrenta de séculos quando se está a uma distância social mais do que segura das consequências desta violência.
Ficou em cima do muro, não se extrai nada do texto
Riserio não mostrou que existe racismo reverso, ele usou pré-conceitos dos brancos, usou exemplos dos supremacistas brancos, o mesmo usado por Trump. Não há debate com esse tipo, não há conversa com racistas, não há consenso a ser construÃdo.
O homem é levado, em todas as áreas do conhecimento a propor teorias que revelariam para nós a real natureza das coisas; um objetivo não razoável. Ele não aceita ficar ignorante para sempre das causas das coisas. Se nossas escolhas forem apenas guiadas por considerações pessoais, dificilmente chegaremos a consensos. Podemos, no entanto, propor teorias falibilistas, que são descartadas conforme explicam as coisas. Qualquer profecia é arriscada, pois pode ser falsificada pelos novos fatos à frente
riserio expos seu ponto de vista: todo racismo é condenável. e que, além do racismo de brancos contra negros, existe o de negros contra brancos. não disse que todo branco ou todo negro é racista, mas que existem posturas racistas de um lado e outro. é incompreensivel tanta polemica em torno do direito à liberdade de expressão. a pergunta mais importante é: esses 186 jornalistas e seus apoiadores já fizeram algum manifesto contra a pm da bahia, uma das pms que mais mata negros no brasil?
O liberalismo, como o comunismo, são teorias em busca de se firmarem como verdades naturais. O primeiro iniciou seus passos há 300 anos e até agora não mostrou a que veio. O segundo tem 100 anos, e mostrou um primeiro caso de insucesso e um segundo de possÃvel sucesso, mas há quem diga que não vai se sustentar. Quanto a meritocracia, do liberalismo, temos aqui , a escola de Paim , agora desprezada pelos bozos, a mais recente desfeita.
Querem liberdade de expressão para fakenews, querem liberdade de expressão para o negacionismo, querem liberadade de expressão para reescrever a história, não foi golpe foi movimento, querem liberdade de expressão para desconstruir pessoas, querem liberdade de expressão para destruir a liberdade de expressão. Relativizar a opressão sobre os negros, não e liberdade de expressão, é liberalismo para destruir fatos e dados históricos.
O que Risério quis foi destruir pessoas e enfraquecer a luta e militância delas. O consenso em torno da teoria da mestiçagem só rendeu literatura e arte para deleite da elite branca. O neo-racialismo, mesmo com todas as crÃticas que se possa e deva fazer a ele, desnudou o racismo nosso de cada dia. A sociedade precisa virar essa página e se modernizar. Risério resolveu ser o intelectual orgânico do atraso. Ele, em vez de combater o racismo, resolveu combater os combatentes do racismo.
A questão não é se Risério pode apresentar um ponto de vista que questione consensos. A questão é o que de fato ele está falando, se é verdade, mentira, se ele torce a realidade de modo sinistro, etc. Hélio neste artigo dele está, no final das contas, se mostrando a favor de... fake news... Ou será que os argumentos que Risério citou não são falsos? Um deles eu sei que é. Mas havia talvez 10 no total. E, de fato, até agora os crÃticos de Risério não nos ajudaram a desmascarar os 9 restantes...
Aquela nigeriana tem nos alertado há muito tempo, do perigo de uma história única. seja de que lado for. se folha deixar de publicar o que querem, nem os senhores e as senhoras que estão ai vociferando, não só contra ela, mas contra outros que não necessariamente contemplam sua ideias., serão publicados, e os discurso de alguns, comprovou o que ele se propôs, a discutir e que vocês não aceitaram. ou não?
Que nigeriana?
Ótimo texto. É claro que um jornal como a Folha não deve dar espaço para qualquer maluco tecer seus delÃrios. Mas o Risério não é maluco, e nem seus argumentos são delÃrios. Contribuem assim para o debate.
Com base na mesma concepção idealista do artigo, qualquer tese pode ser formulada e trazida ao debate, se observados os pressupostos de boa-fé, transparência, honestidade intelectual e estrito apego aos fatos. Respeitados tais pressupostos, tampouco haveria necessidade de que se impusesse qualquer limite à liberdade de expressão. A questão é: há evidências de que já alcançamos coletivamente tal estágio civilizatório?
O relativismo cultural atrapalha a discussão de consensos; todavia mesmo na ciência precisamos discutir-los. Poincaré diz que Descartes se queixava dos Jônios (Tales de Mileto,Heráclito.. ), por sua vez na época de Poincaré, "Descartes nos fazia sorrir e algum dia no futuro as crianças vão rir da gente" . Portanto sempre é util discutir consensos. Todo mundo tem sua concepção do mundo, às vezes, com ideias pré-concebidas inconscientes, aà reside o perigo. Vamos discutir.
Igualmente ao nobre comentador assÃduo que teve a honra e o mérito de ter sido convidado para escrever artigo nesta Folha, leio o jornal há mais de 50 anos, desde os 7. A Folha, desde os anos 80, sempre foi questionadora, ampliou os debates, permitiu a critica pelo ombudsman, não tangenciou as polêmicas...Creio que a ascensão do diretor executivo ao posto de também ser o de redação não foi boa decisão. O Conselho Editorial ampliou-se de tal modo em quantidade de boas cabeças mas que (segue)
(3) esteja à procura de ampliar o número de leitores. Mas penso que por certas vezes tem parecido mais o quadro do Porta dos Fundos - " A polêmica da semana" em que um dos polemistas é invariavelmente alguém desprovido de qualquer senso sobre o tema.
fez a Folha substituir a identidade questionadora por uma vaga noção de dar voz a qualquer um que crie polêmicas. Não me parece que se deva dar espaço indiscriminado, mesmo que dada a capacidade intelectual e notoriedade, sobre qualquer tema que, houvesse linha Editorial, não ocorreria. Talvez o Jornal esteja
Censurar ideias não faz elas deixarem de existir. Elas vão para seu gueto e voltam piores. Precisamos conversar sempre.
Ainda há adultos na Folha.
Mmmmm... Sei não, caro Hélio, é faca de dois legumes: malemá temos um "consenso", recente e pouco posto à prova, de que os pretos foram expoliados em dignidade e igualdade, e merecem reparação; a barbaridade sobre a pele preta continua firme e forte. Daà que é luta polÃtica corrente, não uma disputa retórica ou sobre consensos cientÃficos. SaÃmos da posição anterior e não chegamos plenamente à próxima. [Continua]
[cont.] Por conta disso, parece-me que o texto do Risério acaba se inscrevendo na grossa batalha atual, da qual a "questão identitária" é um fragmento. E utilizado para reforçar uma posição polÃtica mais complexa, reacionária como um todo. Creio que, querendo mantê-la no nÃvel do contraditório cientÃfico, o autor deveria ter sido bem mais cuidadoso. As disputas ocorrem em contextos concretos, nos quais as ideias têm repercussões, e ele deu mole pra visão Bozofrênica de mundo. Não há neutralidade
Pensando aqui, há um paradoxo nessa formulação de Hélio. Pois ele pode reclamar que sua tese está certa se ela estiver errada (como me parece). Porque, pela sua formulação, as melhores deias triunfam. Mas, como essa ideia de Hélio é fraca, ela não triunfará.
Ao meu ver é que a questão, para além desse aparente paradoxo, é que Hélio confere uma aptidão inerente às ideias. Como se elas existessem num vácuo de poder. Hélio, com sua perspectiva liberal ingênua, ignora (deliberadamente) as relações de força no triunfo de uma ideia sobre outra(s). A ponto de dar a entender que racismo e homofobia deixaram de ser consensos em nossa sociedade porque eram "ideias ruins". Hélio, poupe-se.
Já externei esta indagação neste espaço: seria o excesso de colunas semanais de Hélio Schwartsman que o faz escrever algumas belas colunas e outras medÃocres (para não dizer superficiais)? Em alguns momentos, acredito que sim. Neste, contudo, parece ingenuidade, mais que tudo. Mas também uma negligência deliberada. Essa convicção manÃaca na liberdade de expressão, que tem levado a confundir liberdade de expressão com crime, é uma aposta na ingenuidade.
É de boa aceitar a afirmação de que o holocausto não existiu, em nome de uma pretensa liberdade de expressão? Por que não tratam o racismo da mesma forma que tratam o antissemitismo?
Negros estão tomando cerveja! Ora, e os judeus vivos, jovens, estão fazendo o quê, rezando? Estão todos também bebendo, fumando ouvindo qualquer tipo de música. Nenhuma geração vai ficar parada porque a geração anterior sofreu violência. Por acaso, em Israel não show de musica, bebida, droga, etc?
Senhor MaurÃcio. Também não vejo nenhum judeu sendo mandado para campo de concentração e para o extermÃnio hoje, como foram. E uns 50, 60 anos dessas barbaridades com os judeus, os negros ainda não tinham sido libertos da escravidão no Brasil. Por isso, os tratamentos devem ser iguais ao antissemitismo e ao racismo.
São coisas incomparáveis. Ninguém está mandando negros para campo de concentração nem para câmara de gás. Vejo negros se divertindo no pagode e no futebol. Churrasco e cerveja.
Excelente texto em defesa da liberdade de expressão.
Curioso como a respeito do antissemitismo não se permite qualquer contestação. Farinha pouca, meu pirão primeiro.
Não sei se é o caso, caro Rodrigo, do "pirão primeiro". Parece-me contextual: o que o nazismo fez com os judeus foi bárbaro e concentrado, num esforço de dominação mais amplo, que atingiu a todos, fazendo disso algo muito visÃvel. E os judeus tiveram força econômico-polÃtica para lutar contra a barbárie da qual foram vÃtimas. Parece que isso deu uma intocabilidade à recusa ao antissemitismo da qual outros conjuntos ideológicos não desfrutam - sem desmerecer nem um nem outro lados.
Comentário desonesto e infame. Ninguém está mandando negros para campo de concentração nem para câmara de gás. Vejo negros se divertindo no pagode e no futebol. Churrasco e cerveja.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Prezado MaurÃcio, dizer que os pretos "estão no pagode e jogando bola, bebendo cerveja" está no mesmÃssimo nÃvel de dizer "os judeus estavam fazendo dinheiro com a bancarrota alheia".
Esse comentário é desonesto e infame. Ninguém está mandando negros para campo de concentração nem para câmara de gás. Vejo negros se divertindo no pagode e no futebol com churrasco e cerveja.
O colunista se concentra na defesa da liberdade de expressão, de resto inatacável, quando, ao utilizar a expressão "fabricar polêmicas", Sérgio Rodrigues fazia menção exatamente ao carater artificioso dos argumentos e, sobretudo, dos exemplos de Risério. Rodrigues foi claro neste ponto, Schwartzmann preferiu não entender.
Parece que houve um a ordem do jornal de defender o jornal. Os obedientes cumprem a ordem.
O articulista com espaço nobre no jornal vai defender o mesmo argumento até quando e em quantos artigos? Pelo visto o texto de Risério não foi suficiente.
Tentativas de censura sempre saem pela culatra.
Não sei, mas pra mim este texto indica a extrema necessidade de se criticar o texto que desencadeou toda esta história, do Sr Risério. Um texto digno de supremacistas, que merece ter todos os exemplos usados esmiuçados e diferenciados de casos reais de racismo. Não se pode deixar propagar pensamentos tortos e equivocados a respeito de racismo, que são usados como argumento por aÃ. Bem como precisamos identificar os racistas, supremacistas, que andam por aà mascarados, deixá-los marcados na testa
Exato!!os racistas supremacistas de qualquer raça! Exato
o que eu não entendo da insistência do articulista com o tema é o seguinte: o ensaio do Risério é um primor de argumentação lógica e factual? se sim, talvez melhor dizer apenas isso, ou dizê-lo expressamente. se não, as crÃticas ao texto dele não fazem parte da seleção natural de ideias, do jogo jogado? se essa crÃticas não forem um primor lógico e factual, que o diga expressamente também, não? porque se for defender o direito a expressar qualquer opinião, tem que defender os crÃticos também....
É justo, boa consideração! Sobreviverá a mais apta.
A liberdade de expressão é fundamental, ninguém está discutindo isso! Me parece q alguns colunistas da Folha são incapazes de abstrair e examinar a questão de forma profunda. É preciso diferenciar liberdade de expressão de mentira, agressão e crime, pois palavras geram grande impacto social. Por exemplo, vc e outros votaram na "tendência" Bolsonaro, foram manipulados pelo apoiador da tortura, e aqui estamos. Se limites tivessem sido dados o capitão miliciano não estaria destruindo o Brasil!
Sendo assim, abandonemos qualquer ideia de evolução civilizatória. Afinal, o atual consenso que demoniza pedofilia, misoginia, racismo e terra plana deve ser questionado (liberdade de expressão!). Com a possibilidade de, no futuro, o consenso ser outro.
Como somos a única espécie conhecida da raça humana e por não existir outra alternativa para traçar parâmetros e fazer comparações, boas ou ruins, decidimos aniquilar uns aos outros por puro enfado e soberba de nos sabermos iguais...
O racismo não é uma ideia e muito menos um "consenso progressista", mas um fato respaldado com dados sobre educação, homicÃdios, saúde da população etc., na maioria, desfavoráveis ás pessoas negras.
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