Opinião > Automarketing identitário e a morte da crítica Voltar

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  1. EULER BARROS FERREIRA LOPES

    Esse texto é que se poderia ter como exemplo do pluralismo da Folha: crítica aos pontuais excessos do identitarismo sem cair na desqualificação da luta antiracista (como infelizmente aconteceu no malfadado texto do racismo reverso). Parabéns ao autor por dar nome aos bois: malafaismo

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  2. Marcelo Moraes Victor

    Quem o está atacando és tu, querendo, como outros com tua leitura calar qualquer oposição. Excelente artigo amigo, péssimo comentário

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    1. Marcelo Moraes Victor

      Me refiro ao Cláudio abaixo. Deem-se conta de ninguém aqui ser racista, pelo contrário! Os racistas, e são muitos e no governo, nem se manifestariam aqui sob pena de crime. Estamos do mesmo lado, debatendo os limites do debate, e aí os radicais que em vez de argumentar com elegância, atacam com censura e desprezo quem minimamente discorda de detalhes são sim semelhantes aos seu “inimigos”

  3. Carlos Eduardo Cunha

    Parabéns pelo artigo e pela argumentação sem protecionismo. Estamos numa época que é difícil uma opinião com visão ampla e neutra. Quase sempre a opinião é pré-definida pelo clube (ou partido ) que o comentarista torce...

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  4. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    Parabéns pelo texto, foi claro e abrangente, exatamente o que falta para que a discussão fuja aos particularismos. As bases do identitarismo são o irracionalismo e o corporativismo, não é portador de um projeto de emancipação humana que se contraponha ao sistema, está fadado ao esgotamento. Cabe situar historicamente o papel dos EUA no pós guerra como disseminador dos padrões de racialização que hoje estão sendo impostos no Brasil, o objetivo era combater a esquerda marxista !

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  5. Cláudio Ornellas

    Há um quê de Rolando Lero no artigo do professor. Se ele acredita que deve haver espaço para crítica em qualquer âmbito, inclusive nas lutas identitárias, não precisaria quase qualificá-las como fascistas. Ou igualar umas e outras. Mas talvez a lacração da opinião polêmica seja uma técnica retórica que lhe agrade. Afinal, estamos aqui falando dele

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  6. Wilson Lima

    Se entendi corretamente, para Wilson Gomes as coisas são como são e não há muito o que se possa fazer para mudá-las. Essas parcelas ou segmentos do povo que se juntam para lutar por direitos que, histórica e comprovadamente, lhe foram subtraídos e que, após séculos e mais séculos lhe são negados, que continuem aceitando o fato imutável de que as coisas são como são. Não tentem alterar este desequilíbrio que nos trouxe até aqui.

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    1. Wilson Lima

      No lamentável texto do Risério, ele põe o que chama de movimentos 'apenas' identitários num só e amplo balaio, onde cabem até, digamos, a turma do agro, da bala, separatistas em geral, os neo-evangélicos e outros tantos. E é injusto colocar nesse balaio movimentos históricos, que, inegavelmente, de amplas parcelas que foram vítimas de brutalidades várias cometidas por outros grupos de "humanos" que se julgavam, e continuam a se julgar, superiores. Detentores, sempre, de todos os privilégios.

    2. Raul de Jesus Duarte

      Não vc não entendeu. O q ele diz é o q acontece, qualquer crítica ao movimento identitario o ser, empresa, programa etc é cancelado. Turma identitária q busca privilégios, se julga acima do bem e do mal.

    3. Rodrigo Toni

      Não, vc não entendeu nada.

    4. Leandro Saraiva

      Se entendi bem o seu entendimento, Wilson Lima, você não entendeu o artigo, não. O autor descreveu uma tática de luta ideológica, identificando seu funcionamento em ambos os espectros políticos. Isso evidencia que a representatividade é um jogo, sempre. Afirmar-se representante é construir-se como tal, moldando assim uma imagem de quem está sendo representado. É só isso, e tudo isso.

  7. milton temer

    Lembra bem o professor que as lutas contra opressões setorizadas já existiam bem antes do "lugar de fala", E voltadas para a emancipação social e não para o atendimento exclusivo de um segmento, que vê, nos outros segmentos oprimidos , concorrentes na ocupação da mídia e não aliados na luta contra a opressão universalizada. Rosa, Kolontai, Pasionaria, feministas da melhor cepa, que se impuseram na luta de classes, Na luta totalizante

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      Muita satisfação na leitura do seu comentário! Admiro sua coerência e seriedade !

    2. Wanderson Marçal

      Milton Temer na seção de comentários da Folha. Grata surpresa. E você um grande brasileiro -- apesar das nossas divergências ideológicas. Saudações!

  8. Davi Oliveira

    A preservação da identidade é uma forma de minorias desaculturadas pela exploração recuperarem autoestima e encontrem seu lugar de poder. Não vejo problema nisso. Wilson Gomes, no esforço de defender o artigo de Risério, dobra a aposta argumentativa e perde o chão, desafiando qualquer encadeamento lógico. Praticamente inaugura um identitarismo reverso.

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  9. Marcelo Fernandes

    Na teoria, os argumentos do professor são impecáveis. Na prática, servem pra justificar os mais fortes ou quem está no poder. O problema não é teórico. É político. Afinal, quando você iguala o nazista e o crítico do nazista, no final das contas o nazista vai vencer e mandar todos pra câmara de gás. Ou, pra usar um exemplo "na moda", a escrotíssima ideia do "racismo reverso": O branco apaga os séculos de exploração pra dizer que é vítima dos negros. Enfim, nada mudou: os mais fracos que lutem.

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  10. EDILVA BANDEIRA S ANTUNES

    Texto ótimo, racional, bem argumentado e equilibrado.

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  11. Waldo Assahi

    A esquerda marxista sempre pensou a "classe operária" segundo os mesmos vetores do identitarismo. Havia uma "identidade operária" sendo construída através do partido. Não tenho certeza se as sufragistas não eram identitaristas; a segunda onda do feminismo nos anos 60 com certeza era. Embora concorde que excessos e radicalizações inúteis e injustas possam ocorrer, isto não desmerece a necessidade das lutas identitárias e não acho que elas sejam excludentes de outras lutas e construções sociais

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      Não se pode falar de classe sem situar a exploração do trabalho via extração da mais valia, isso não tem nada a ver com identitarismo, esse processo pode ser constatado objetivamente. A classe trabalhadora pode aderir a um projeto de emancipação humana na medida que busque a igualdade e a supressão do sistema com suas mazelas, o identitário busca quase sempre inserção privilegiada corporativa, não quer mudanças profundas, só quer melhorar sua vida !

  12. Gabrielle Oliveira

    Excelente

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  13. CAROLINE DE AZEVEDO MARTINS

    Pero que si pero que no muito pelo contrário. A discussão/ opinião DEVE ser outra sem perder a autocrítica. Como combater o racismo estrutural?

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    1. CAROLINE DE AZEVEDO MARTINS

      Fato: Racismo estrutural. Definido por números e estatísticas de mortalidade, desemprego, política de salário, cultura...fato, fato, fato...Malabarismo intelectual vazio e se afasta da realidade: dar voz àqueles que o contornam com questões elípticas e sem base em NADA. Só prejudica

    2. Alberto Melis Bianconi

      Se você parte da idéia de que sabe qual DEVE ser a discussão/opinião, então já cancelou a discussão em prol de sua opinião.

  14. Alberto Melis Bianconi

    Excelente! O sucesso da tática da lacração de um lado é o sucesso da autopromoção à paladino da justiça (politicamente correta, claro) de outro.

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  15. Henrique Hermida

    Excelente artigo! A clareza de uma análise fria. Excelente!

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  16. José Leon Crochík

    Não se deve esquecer também a relação entre o particular, no caso as minorias, e a sociedade, da qual se defendem em sua constituição; são obrigadas a se formar frente aos perigos que enfrentam. Assim, quer a crítica às minorias, quer sua mera defesa, não explicitando o que as leva a se constituir: a desigualdade produzida pela sociedade, pecam por ser parciais.

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  17. Luciano Ferreira Gabriel

    Excelente! O tribalismo identitário se camufla na busca pela Justiça entre diferentes grupos e indivíduos. Se julgam portadores da verdade e protetores de minorias, quando na verdade praticam atos de opressão - na terminologia deles - cancelamentos e linchamento moral. Em muitos casos parecem facções: decretam a morte simbólica de quem discorda fugindo da utilização necessária da razão, quer seja por falta de bons argumentos, quer seja, porque querem inibir o debate de suas contradições.

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  18. JOSÃ EDUARDO FEROLLA

    A clareza do professor e o prazer da leitura. A mensagem identitária quando toma a forma de automarkenting não alimenta a solidariedade entre as pessoas e se torna instrumento de revalidação de ódio cultural a serviço de interesses políticos de categoria não-humanitária. A missão social assume papel redutivo e se torna um emblema, um apanágio dos moralmente superiores. Resultado: a morte da crítica. (Claudia F.)

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  19. Daniel Barbosa

    Esclarecedor. E vamos lembrar: os métodos equivocados de alguns identitários não invalida a luta contra as injustiças.

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  20. Antonio Catigero Oliveira

    Em meados da década de 90, lia muitos artigos contra as lideranças do PT; mais especificamente Zé Dirceu e Lula, criticando-os pelo motivo de usar a massa trabalhadora como 'Automarketing', 'autopromoção' etc. Diziam que Lula era um 'fantoche' do Zé Dirceu... Oras, pelos trâmites legais, qual o problema de almejar o Poder representando uma parte significativa do Povo, ou é muito 'atrevimento' liderar e lutar por aqueles que estão na margem da sociedade?

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  21. Helano Timbó

    Pertinente artigo. O automarketing foi amplificado pelas redes sociais.

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    1. Alberto Melis Bianconi

      Claro que sim: é a busca por likes e seguidores ao alcance de todos..

  22. B M

    Excelente texto, especialmente na parte que fala da falácia das minorias, como, por exemplo, dos que defendem a racialização de todas as pautas sociais no Brasil, para defender a "minoria negra", sendo que 56% da população brasileira, mais da maioria da população, se declara negra ou parda segundo o último censo do IBGE.

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  23. Marco A Moreira

    Excelente artigo. Uma aula sobre os movimentos identitários .

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  24. M Lana

    Previsamos urgentemente voltar a ter a disciplina 'interpretação de texto' nas escolas brasileiras, no curso fundamental. Qualquer pessoa que se digne hoje a discutir, em um artigo de jornal, um assunto com todas suas nuances, contradições e contexto histórico está fadada ao ataque virulento dos leitores, que muitas vezes acusam o colunista daquilo que ele não defendeu. Leiam todos o livro de Sakamoto: 'O que aprendi sendo xingado na internet'.

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    1. Daniel Barbosa

      A interpretação não é uma disciplina. É uma prática constante de todas as disciplinas. O que talvez possa merecer intervenção é o método e a escolha de textos. Não há necessidade de se criar nova disciplina. Do meu ponto de vista, é ineficaz tentar solucionar problemas educacionais com criação de disciplinas como panaceia. Perde-se o foco do método, da interação e justamente da função de letramento que todas as disciplinas têm.

  25. Raimundo Carvalho

    Muito sintomática a menção ao automarketing no artigo do professor baiano. É uma espécie de chiste involuntário, de retorno do recalcado, que denuncia a presença daquilo (daquele?) que, de forma não nomeada, ele saiu em defesa. Enfim, o mestre foi traído pela linguagem.

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  26. ricardo fernandes

    a crítica de Wilson gomes é procedente, e a intolerância com o pensamento divergente está refletido no abaixo-assinado dos 186, com o apoio de Thiago amparo e Sylvio almeida. o que essas pessoas propõem é um jornal que seja reflexo da sua forma de pensar., mas maneira mais fácil de lidar com isso é nem ler o que não lhe agrada. temos hoje uns 20 canais religiosos. por que vc liga neles se não lhe interessam? quantos desses 186 criticam a pm da bahia, segunda colocada em mortes de negros?

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  27. José Eduardo de Oliveira

    Eu também. O meu malvado é menos malvado que o seu. Então vai deitar! E calado! E estou aqui esperando retratação, viu!

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    1. MARCOS BENASSI

      Caro Zé Eduardo, convém esperar tão deitado quanto sugere aí autor. Os argumentos foram límpidos, podem ser discutidos, mas "retratação" será difícil como o Bozo ganhar a eleição.

  28. MARCOS BENASSI

    Justa que Latiu, seu Wilson, o título foi tão bombástico que eu achei que era trambique. Não só não é, como o artigo é do Baralho: escrito com clareza, entregou uma carapuça honesta. Que serviu. Me permita o contraponto: o identitarismo atual - digamos, LGBT - alcança popularidade com a moçada (e até com velhotes cis, tipo eu) porque a luta genérica não tá dando conta. Embora resulte nessa visibilidade específica, não é só por autopromoção, não. Por óbvio, sem negar essa possibilidade. [Continua

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    1. MARCOS BENASSI

      [terceira e última, supondo que a segunda passe] Por fim, em relação às "avalanches": temos sido vitimados tão frequentemente pela barbárie que as reações passam da conta, mais hepáticas do que encefálicas. No caso da Bozofrenia, seu tamanho está ligado a força do seu ativismo minoritário, além do uso de robôs - o que é, aliás, rompe com a regra do jogo de ideias. Encerrando, agradeço o excelente artigo analítico e o estímulo ao debate sem pudores, digno do Miolo Superior, tão em falta.Obrigado!

    2. MARCOS BENASSI

      [cont.] Em relação a tática de defesa, uma observação: embora o senhor tenha razão, ela pode se estender a premissas mais amplas. P.ex., o ataque aos gueis pode ser refutado com base na perspectiva "esquerdista" de igualdade e da "cristã" da tolerância, não somente identitária, do direito daquela minoria em especial - se é que LGBT, hoje, é "minoria", mas Jivago. [Precisarei de mais uma, perdão.]

  29. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Coisa muito importante que aprendi no Instituto Benjamin Constant, colégio para cegos. Antes de ser cego, sou ser humano. Cegueira é adjetivo e não substantivo.

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    1. MARCOS BENASSI

      Hahahahah, boa, verdadeira, humana e humorada. Bom domingo, meu caro!

    2. Carlos Pinheiro

      Além de ser humano, você é cidadão e se seus direitos, garantidos pela Constituição, não estão sendo devidamente respeitados, ou ultrajados, por grupos com poder na estrutura econômica, política e social, há que se lutar para que haja uma equanimidade na correlação de forças em uma sociedade de classes.

  30. João Garcia

    Excelente texto, ponderado e que convida a uma reflexão desapaixonada do identitarismo. Talvez por isso mesmo é que o texto não tenha gerado engajamento através de comentários.

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  31. Antonio Catigero Oliveira

    O professor constatou uma finalidade do identitário e criticou os meios com que os seguidores perseguem os críticos. Desculpe a ignorância e se quiser, pode desclassificar o comentário dizendo ser 'condenação de um divergente', coisas assim, ou 'cancelamento'. Mas, qual é o problema de 'autopromoção' dos representantes dessas minorias? Pretos, mulheres e outras minorias não podem ter ambições? Lembrou-me o jargão 'Projeto de Poder', para desclassificar a trajetória de sucesso do PT no governo...

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