Michael França > Racismo de negros contra brancos ganha força entre negacionistas Voltar
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Racismo é racismo,venha de onde vier
Acho os seres humanos, suscetÃveis a mágoas, ódios e frustrações, que podem ser capturados por movimentos coletivos e instrumentalizados para ismos diversos(machismo, racismo xenofobia, etc).Dentro disso, no meu raciocÃnio, qualquer um pode ser racista, a pergunta é:Os negros nunca são racistas, então?Apenas maiorias ou grupos hegemônicos podem ser racistas?É uma dúvida real!
Calma Michael. Qualquer tipo de racismo é inaceitável, e embora os negros sofram muito mais esse absurdo, existe sim racismo negro contra branco. Principalmente nos EUA. Não adianta querer relativizar isso nem atribuir tudo que não encaixa na sua visão aos nefastos negacionistas.
Ninguém, minimamente lúcido e informado, pode negar que no Brasil o racismo dos brancos contra os negros é largamente preponderante e deletério. Precisa ser combatido e as polÃticas de inclusão social dos negros e não negros marginalizados pela pobreza são de fundamental importância. Outra coisa, muito diferente, é pretender interditar o debate e censurar o artigo de Risério, que é um estudioso respeitado do assunto, como o fez aquele grupo de jornalistas aloprados da Folha de S. Paulo.
E necessário fazer a crÃtica a partir dos interesses norte americanos em exportar seu modelo racialista para o resto do mundo, a polarização que foi forjada lá, é fruto do racismo e da concepção de raça pura, por isso o referencial da hipodescendência que classifica o mestiço como impuro, um delÃrio, a exemplo da Alemanha nazista, esse princÃpio foi trazido para o Brasil por vias tortas através de acadêmicos patrocinados!
Risério não é mais um estudioso respeitado do assunto. Virou apenas um ideólogo da mestiçagem. Essa ideologia foi completamente desmascarada pelos novos estudiosos da matéria. Risério, que escreveu grandes livros, agora só esperneia.
O racismo anti negro constrange, ameaça, prejudica, e mata todo dia, hora e lugar. Tem origens históricas e culturais e hoje é uma força avassaladora na sociedade; é sistêmico; estrutural. Reações indignadas e esporádicas de negro contra brancos coletadas com dificuldades não passa de puro e legÃtimo instinto de raiva do oprimido e de auto proteção. PolÃticas públicas como cotas têm força pequena e assimétrica contra a avalanche sistêmica anti negros, mas funciona como comprovam vários estudos.
Texto ótimo!! A defesa ridÃcula do racismo negro, numa sociedade racista contra negros, como a nossa, fica parecendo aqueles polÃticos ridÃculos que querem implantar o dia do orgulho hetero, numa sociedade homofóbica como a nossa.
Eu tenho lido aqui na folha os textos de praticamente todos os autores que falam desse tema. Embora discorde de ti, quero te parabenizar por conseguir argumentar sem se agressivo. A agressão textual contra brancos tem sido uma constante nos textos. Mas ainda penso que tua argumentação está presa ao viés do combate e não a do entendimento. Pois já te referes aos que não concordam contigo como negacionistas. Como assim? Outra questão: preconceito, discriminação e racismo como sinônimos.
Denunciar racismo negro não é negacionismo, muito pelo contrário, é medida essencial e necessária. Quem duvidar que pergunte aos seis milhões de engross mortos na Ãfrica nos últimos trinta em razão de conflitos étnicos.
Denúncias racismo negro não é negacionismo, muito pelo contrário é medida essencial e necessária. Quem duvidar que pergunte aos seis milhões de negros mortos na Ãfrica nos últimos trinta em razão de conflitos étnicos.
Texto confirma o racismo.......
Gostei do texto. O autor usou de maneira certa o termo "alguns". O texto do Sr. Riserio, com seus exemplos, não serve como uma generalização da causa. Até Mathir Luther King Júnior via tais grupos mais reacionários. É bom um debate. Não um combate.
Gostaria de saber dos intelectuais Negros o por que dos Negros não se aceitarem como Negros e terem medo da miscigenação racial natural que existe por aqui desde bem antes do horror da escravidão, isso sim é negascionismo de cor. Sou Pardo e convivo com parentes próximos Negros e sempre senti esse espÃrito de Vingança dos meus parentes só pelo motivo de eu ser Pardo.
Pardos como você (e eu também) só se percebem como negro no dia em que aquele amigo branco te chama de nego, afetando intimidade.
Para ilustrar que o professor Risério tem razão, basta ler a coluna da Djamila Ribeiro, aqui na folha , publicada em 1O de dezembro de 2O2O , com o seguinte tÃtulo : "Vingança de negros virá com gosto do sangue que há mais de 500 anos jorra neste solo" . Lendo o texto percebe-se que sangue ali tem sentido literal.
Bancados pela Fundação Ford, acadêmicos brasileiros adotaram aqui a classificação racialista dos EUA, lá, onde houve segregação institucionalizada, predominou o odioso princÃpio da hipodescendência que classifica como negro aquele que tenha uma "gota de sangue africano", está implÃcito aÃ, a concepção de raça "pura", uma aberração em si, aqui sempre adotamos uma classificação sintonizada com nossa evolução histórica, que não teve e não tem segregação institucionalizada
Segmentos ***
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Irracionalismo e corporativismo sempre foram bandeiras dos seguimentos mais reacionários da direita, introduzidos por vias tortas no Brsil, vão e estão provocando ódio racial, um dado novo para quem tem mais de 50 ou 60 anos. É urgente que se faça uma crÃtica séria e de esquerda á insanidade de se racializar relações sociais, a pobreza é multiétnica, os pobres em geral, serão os grandes perdedores !
A direita "liberal" e a "esquerda" pós moderna aplaudiram e adotaram os princÃpios da racialização das relações sociais, base para desfocar a luta contra a exploração do trabalho, que precisa da solidariedade e organização da classe trabalhadora, o resultado prático não será União dos explorados, mas sua fragmentação pela cor da pele, agora dentro do princÃpio da polarização oportunista imposta por aqueles que querem conservar o sistema, o irracionalismo e o corporativismo (seguindo)
Lúcido lÃmpido.
Excelente artigo! Um dos únicos, nessa polêmica toda, a abordar adequadamente a questão. E sem dúvida o melhor de todos, disparado na frente!
Racismo reverso é implicar que o governador da Bahia é branco. Racismo estrutural é olhar na wikipedia os rostos de todos os seus predecessores, e constatar que são todos brancos.
E como mudar isto? Começa por educação pública de qualidade. Isto nunca foi prioridade. Como um Brizola faz falta!
quando é que negros começarão a votar em negros? ou na Bahia não pode, o Risério não deixa.
Ser racista não é uma exclusividade de brancos. O negro pode ser tão racista contra brancos, assim, como brancos serem racistas contra negros. Dizer que negros não podem ser racista é estupidez.
A questão não é essa, Rodrigo. Não se pode colocar numa mesma balança algumas manifestações individuais que podem existir de negros contra brancos, e o racismo estrutural contra negros que existe em nossa sociedade. Só não vê quem não quer ou não sente, como nós brancos.
A Covid é só uma gripezinha, cloroquina previne, racismo é mimimi, a terra é plana, Bolsonaro é honesto, Lula também, vacina é ruim, João de Deus curava mesmo, a chegada do homem à Lua foi uma farsa, com uma arma você impede o meliante, diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho também é mimimi, o nazismo era de esquerda, o Holocausto não existiu, Porangaba Gold emagrece.
Será que é tão difÃcil para os brancos (como eu) entenderem que esse tipo de discurso do Risério, sem embasamento algum, justificado por exemplos de casos isolados, acontecidos nos EUA. Só dão respaldo e justificativas para os racistas mostrarem sua cara? Será que o "auxilio" dado a Folha para a eleição do Bolsonaro com seus textos ambÃguos, não mostrando como abominável é essa figura, um jornal como a Folha tem grandes responsabilidades junto a sociedade, e lamentavelmente falha continuamente.
Gostaria de fazer comentários. Mas, infelizmente, nada posso dizer. Sim, sou branco, que nada tive a ver com a escravatura, nem qualquer ato racista. Mas mesmo assim, devo ficar calado, pois tudo depõem contra mim. Vivemos em um momento que a ditadura da cor é unanime, nada podemos falar.
Você pode falar, sim! Pode se penitenciar publicamente por fazer parte da ''branquitude'', pedir desculpas pelos crimes que não cometeu (perdão este que jamais será concedido: quanto mais você implorar por ele, mais será humilhado publicamente pelos puros integrantes da seita, chamado de racista, nazista e outros adjetivos ''merecidos'') e participar de abaixo-assinados que busquem calar a voz de qualquer um que ouse discordar dos dogmas criados e difundidos pela seita.
Enquanto os "186" que fizerem o abaixo assinado não escreverem neste espaço a coisa não vai acabar! Não vejo o Risério nem ninguém duvidando do racismo contra pretos no Brasil. Ele existe, é abominável e inaceitável. Mas por que foi tão ofensivo dizer que existem pretos que não gostam de brancos? É um sentimento até fácil de explicar, mas o ódio contra alguém pela sua etnia é racismo, não tem outro nome! E isto não deslegitimiza em nada a luta do povo preto por seus direitos. Foi só constatação
Excelente!
"Viés estrutural", quanta balela! Até quando encontraremos esse lixo em jornais, revistas e em todas as mÃdias?
Rogério, se pinta de preto e fica no ponto de ônibus a noite pra vc conhecer a violência estrutural contra negros, vai. Fácil pra brancos, como nós, negar. Depois, conta aqui a sua experiência.
Sua resposta é que é o lixo tÃpico do branquinho reacionário.
Falou o "filosofo" Rogério Quem?
Balela, lixo... argumento q é bom, nada. Aà não precisa mesmo estudar. Zapzap já resolve.
Parabéns pelo texto.
Mais uma semana, mais um texto informativo, bem estruturado e lúcido. Parabéns ao autor pela elegância.
Força Michael! Temos que conseguir que cada um de nossa sociedade realize seu sonho de maneira generalizada. Somos pobres porque aos nossos pobres não é dada a chance de enriquecer. Como sempre há alguns trazendo elementos estranhos para bagunçar e assim retardar a conquista.
Só um boçal governista pra achar isso. Eu sou branco e sei dos privilégios que temos. Já namorei negros e passei por constrangimento junto deles. É estrutural. È um absurdo. Vergonhoso.
Caro Michael, peço-te perdão, mas a polêmica do rizério já me deu no saco. Mas a menção a essas duas figuras ciclópicas, o Naná e o Itamar, mexe comigo. O Naná porque, miúdo e elétrico batuqueiro, fez pela música mundial coisas do arco-da-velha. E o Itamar Assumpção do meu coração, Nnneeegão imenso no talento, no tamanho e nos afetos, ah, acompanha-me há décadas. Quem puder, que ouça Milágrimas, obra-prima. É um Tom Jobim irreverente, preto, Paulista, sensibilÃssimo, humorado e popular. Amém.
É o próprio! Mas os do Itamar com as orquÃdeas - uma das quais a Ná Ozetti, grandecÃssima dama da voz Brazuca - como o Bicho de sete cabeças, aÃ, aÃ, aquilo é duma Brasilidade de doer. Até os mais velhos e mal gravados, tipo Pretobras, são o fino. O Tom tinha no seu coro feminino uma marca; o Itamar criou o "outro coro feminino Brazuca", creio eu. Nunca li nada qualificado sobre isso, é só impressão, mas merecia o carimbo.
E ainda tem aquele disco muito bom dos dois juntos, Naná e Itamar ("Isso Vai dar Repercussão").
É, meu caro, a luta por igualdade nunca foi nem nunca será fácil.
“Nessa linha de pensamento, atitudes preconceituosas e discriminatórias realizadas por alguns negrosÂ… não são racismo”. Fica difÃcil defender uma frase como essa, a não ser que o autor tenha se tornado aquele que condena. Repensem essas lógicas que perdoam crimes quando somos nós que os cometemos. Inaceitável.
A frase está no texto do articulista! Leste? Precisamos melhorar nossos debates, e acabar com o racismo, concordo plenamente, mas leia lá..
Cara, nada a ver. Quem disse tal frase? Que cacofonia....
Texto com a profundidade de um ciclista!!!
Nossa, o seu comentário, então, foi abaixo de zero! Não tem vergonha?
Como assim? Qual é a "profundidade de um ciclista"?
Mmmmm... Grande rigor técnico-teórico do comentário. Imprecionante.
O termo "racismo' nos remete à Hitler, que nos remete ao genocÃdio, que significa "extermÃnio proposital". Eu era do RH e nunca vou esquecer do mecânico pretinho que pegou dez dias de gancho do chefe de oficina branco arrogante, por ter trocado uma peça num carro que teve avarias numa viagem. Na audiência, na Justiça do Trabalho, o juiz, que era preto, mandou examinar a peça e a perÃcia constatou defeito de fabricação. A empresa teve que pagar os dez dias, mais multa e um sabão no chefe!
Achei o texto muito complexo e inconclusivo, quase chato.
Não me parece que a questão se situe no campo da "ciência" é do "negacionismo", muito menos no que toca a perda de "privilégios" quando se trata de pobres de qualquer etnia. O avanço da direita capturando os pobres não "cotistas" é fato aqui e nos EUA, como constatam os trabalhos sérios, sem patrocÃnio de fundações burguesas, falo de Wanderson Chaves, "insuspeito", por razões óbvias!
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