Demétrio Magnoli > 'Ir mais fundo que a raça' Voltar
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Mais um artigo fundamental do Demétrio Magnoli. Vai ao fundo da questão. Sempre sugiro a leitura do livro dele: Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial - imprescindÃvel.
E que comece o apedrejamento.
A ascensão polÃtica, civil e social da base da pirâmide sempre irá incomodar. Nesta terra de sinhôs, sinhás e mestres dando murro em ponta de faca, essa 'base' é composta pelos/as nossos/as descentes Negros/as. É a nossa História e a nossa genética: o fator sociocultural e o fator biológico.
Excelente, caro Demétrio. Os racialistas deste nosso tempo histórico têm que ser confrontados. As cotas raciais, que me manifestei a favor, foram instituÃdas com a cláusula legal e reconhecida pelo STF da temporariedade. São polÃticas de preferências raciais inerentemente temporárias. Os prazos finais devem ser observados.
O colunista continua no erro de querer igualar a questão racial dos EUA com a do brasil. Cumpre lembrar que o IBGE não estipula "negro", mas sim, as cores, como "preto, pardo, branco" etc
Existe uma Lei Racial atualmente em vigor que "estipula negro", modificando a autodeclaração dos pardos dada ao IBGE. Esta lei junta os pardos com os pretos (os únicos negros) numa "população negra" de dimensão evidentemente inexistente. Pretos/negros são minoria estatÃstica no Brasil.
Olhem lá no alto-mar. Afundando. É ele. Demétrio agarrado a um objeto. Ele acha que é um colete salva-vidas. Mas é um pedaço de concreto. Larga esse concreto, Demétrio. Vais afundar. Morrerás afogado. Agarrado a uma ideia. Não sejas teimoso. Só porque não defendeste as cotas há quase vinte anos quando ainda havia dados robustos sobre sua eficácia para tomar uma decisão sábia, não precisa ficar agarrado até agora nessa ideia estúpida. Ainda há tempo. Largues esse dogmatismo. Não sigas afundando.
Sommelier de movimento social. Esse senhor nunca conseguirá fingir alegria ou contentamento com a ascensão social dos negros verificada nas últimas décadas. Passa a impressão de estar fortemente incomodado com essa pequena flexibilização dos padrões de exclusão. Deveria ser mais discreto, ao menos.
Vim aqui só da uma espiada na branquitude dando carteirada. Demérito mais parece um guia turÃstico passeando na Disneylandia. Não ancorar o raciocÃnio a partir da realidade brasileira é o mais recente artifÃcio da branquitude nativa para manter o negro invisÃbilizado... O negro não pode existir como ente polÃtico. Esse é o interdito que permite e abre espaço para a manutenção do racismo estrutural.
Excelente, Demétrio! Há que se ter coragem pra enfrentar a IRUD. Sigamos o caminho da União e da Igualdade.
Se formos tentar acabar com o racismo com a estratégia do ex-libelu, com a eliminação de cotas, por exemplo, demorarÃamos talvez uns 500 anos (até lá a vida humana, provavelmente, já estará extinta da terra). Blá, blá, blá...e mais blá (F Holiday deve ter adorado).
Quem parece não ter entendido nada foi o Max; bom, interpretação de texto não é o forte da direita, nada novo.
Não leu nada e não entendeu nada.
Nos EUA sempre houve uma clivagem escandalosa entre o princÃpio de que todos os homens são iguais em direitos, e a escravidão seguida pela segregação. Já o Brasil se formou como uma sociedade hierárquica, onde cada um tem seu lugar, mas os lugares não são iguais. Dá para mantermos esse modelo de sociedade sem que ao mesmo tempo a cor da pele tenha importância na hierarquia?
Parabéns pelo excelente artigo! Cuidado! se continuar argumentando assim tão coerentemente os jornalistas pela censura virtuosa e o IRUD não vão querer apenas censurá-lo, pedirão sua cabeça em uma bandeja.
Excelente texto. Jornalista pela censura virtuosa: o triste é que foi isso mesmo. Além de enxergarem o que não existiu no texto polêmico, ainda propuseram a tal da censura, comparando com o negacionismo do holocausto - ou por extrema ignorância ou por má fé.
Excelente texto. Abaixo o identitarismo.
Sei não, mas parece que tá cheio de colunistas da folha no time dos Jornalistas Pela Censura Virtuosa.
Sua opinião ao final me parece conceitual e idealisticamente correta, embora tisnada pela inclusão, para mim cap ciosa, da questão das cotas.
A polÃtica de cotas busca a mesma equalização das condições de partida, hoje claramente desniveladas, até que a implantação das demais medidas que você enumera seja uma realidade.
Décadas atrás, alguém se deu conta do óbvio, mas antes não percebido: as balizas de partida numa pista de corrida ovalada não poderiam estar alinhadas em simples linha reta, sob pena de favorecer os corredores das raias internas. A correção deste erro elementar permite hoje que corredores de qualquer *raça* ou nacionalidade partam em igualdade de condições.
Há dois pontos. Primeiro. A polÃtica de cotas, por mais deficitária que seja, cumpre um papel importante de preenchimento de espaço de poder por negros.. Segundo. O fato de divergir de Demétrio, não torna legÃtimo o comportamento de um grupo dle querer impedir o debate. Lamentável a assinatura de um manifesto por um grupo de jornalista, sob o discurso falso de combate a anticiencia, bloquear o debate.
Reativo ou propositivo, qual o futuro das raças? A discussão do Passado não vai construir o Futuro. Vai apenas consumir as energias num debate estéril, rancoroso e infrutÃfero. O Futuro é a luta pelos Direitos Civis e a Prosperidade Econômica.
Enquanto aqui, se lamenta o Passado, na Ãndia, das terrÃveis castas, se revoluciona o Mundo.
Para discutir o Passado, não contem comigo. Para discutir o Futuro, estarei aqui presente. Agora e Sempre.
Ah, seu Demétrio, tá bão. Mas ao invés de encher o saco pela continuidade do rebordéu, podia responder o que é que, ao rés-do-chão, pode ser feito enquanto essa belezura que você enumera não acontece. Cotas e o baralho são paliativos, empregados enquanto se faz a luta por soluções que vertebrem um futuro igualitário. Realmente, "querer ter razão" é um saco. Vamos encontrar logo o fundo e avançar.
Se levarmos em conta o ódio racial crescente nos EUA, a racialização não resolveu e pode ter agravado uma fratura secular. O princÃpio da polarização, baseado na hipodescenência a partir de parâmetros de "raça pura", foi exportado via Fundação Ford para o Brasil, seus rebentos, irracionalismo, corporativismo e ódio racial!
Hipodescendêcia ***
Texto necessário e lúcido, especialmente depois da tentativa de censura capitaneada por articulista deste mesmo jornal, o qual não aceitou os argumentos do escritor Risério. Em vez de contra-argumentar, o censor quis tão só censurar, fazendo pressão contra a direção do jornal.
Corajoso ! Já já será vilipendiado pela(s) patrulha(s) e seus patrulheires. Todo "movimento identitário" nos separa , antagoniza inutilmente e distancia. Mas... são muitos os "lÃderes" ansiosos por um rebanho para chamar de seu.
Muita gente que afirma que o combater ao racismo atual divide a sociedade, no fundo, e talvez até inconscientemente, está incomodada com a autoafirmação do negro. O cara se dizer negro e ter orgulho, ocupar posições antes inalcançáveis aos negros, incomoda. As pessoas não são iguais e devem se orgulhar da diferença, as oportunidades devem ser iguais.
A melhor maneira de promover a discriminação é discriminar. Quando alguém afirma que Fulano "não têm lugar de fala" em algum assunto porque não é da cor certa, ou do sexo certo, o racista ou sexista não é Fulano, é seu censor discriminatório. A única forma de combater a discriminação é não fazer discriminação alguma, garantindo a todos, independentemente de qualquer atributo pessoal, o mesmo tratamento digno e o mesmo respeito a sua liberdade de expressão. A análise de mérito é só sobre ideias.
Texto muito simplório do Magnoli. Fico de fato muito curioso em saber o que levou o braço direito de Luther King a se manifestar do modo exposto por Magnoli. Isso sim seria uma informação interessante. Mas temo que Magnoli tenha apenas lobotomizado a real posição de Walker. O racismo não deveria existir. Mas existe. E a luta contra ele é muito difÃcil.
Não dá para ler o cabra de um dia para o outro, né, Stefano? Foi a expressão de uma desconfiança, razoável, aliás.
Simplório é seu comentário, correu pra falar logo um monte de bobagem a partir do fÃgado sem ir atrás de ler. TÃpico
O calo da militância identitária é a crença de que vão alcançar a polÃtica com a antipolÃtica. Ao se aproximar com entusiasmo do direito penal se distanciam do calor do racismo tropical aquecido no útero do Estado brasileiro. Estado-projeto antinação alimentado no ódio étnico contra Ãndios e negros. As nossas respostas (múltiplas, diversas e complexas) ficam abafadas pelo patrulhamento autoritário do "lugar de fala" a criar o lugar de quem deve calar. Parece fascismo...
Ótima a sacada no inicio do texto do Magnoli. Não vai salvá-lo de ser queimado na fogueira da Santa Lacração, mas já devia ter gente prontinha pra atacar o primeiro parágrafo que, diga-se, está correto, até saber que não foi o Demétrio quem disse.
Então, Magnoli quer ensinar movimentos antirracistas como atingir seus objetivos. Pergunto: você, Magnoli, já defendeu aplicação das leis antirracistas? Quando? E a reforma da educação pública? Cadê? Reorganização radical da polÃcia? Qual? descriminalização das drogas leves? Nunca vi. Legislações destinadas a reduzir a segregação espacial urbana? Tá bom.
Poi Zé. Dizer que a utopia é o único caminho válido e a única coisa efetiva, é fácil pra quem não leva no couro. E enquanto não se chega lá, fica chupando osso? (Em tempo: utopia como o ainda não alcançado, não o irrealizável)
Que tem uma coisa a ver com a outra? Como se alguém tivesse que ser parte de um movimento para pensar sobre ele e escrever, podendo ser julgado a partir da procedência ou improcedência do que disse. Comentário ridÃculo
Não entendo para que tanto ódio. Mulheres e homens negras e negros não são separados pela “IURD” ou pelos ativistas antifascistas. Mulheres e homens negras e negros são segregados por mulheres e homens brancos. Esse texto é vergonhoso.
Oi Sandra, não é IURD. Ele escreveu outra expressão, se referindo a um grupo fictÃcio.
Inquestionavelmente, King ajudou americanos negros a conquistar muitos direitos civis. Mas, inquestionavelmente, negros e brancos estão segregados geografica, social e economicamente nos eua. E o mesmo ocorre no Brasil, inquestionavelmente. Os preconceitos e constrangimentos, acusações e humilhações, prejuÃzos, ameaças e mortes ocorrem qdo o negro encontra o branco rico e a polÃcia, aqui e lá. Sabe onde não acontece? Na periferia pobre, onde branco e negro convivem desde o nascimento. São amigos
Bingo!, Zé Carlos. Caro Tales, humanos e sÃmios chegam a ter 98% de coincidência genética. Mas isso não tira os segundos do zoológico, senão as leis proibindo o encarceramento indevido.
A questão é que geneticamente não existe negro e branco. Até Mayana Zatz, em jornal da USP de 2018, já falou sobre o tema.
E é por isso que as polÃticas identitárias, não só de negros funcionam. A convivência produz amizades, produz amor e produz harmonia e paz. Demétrio passa os dias procurando algo para se agarrar para sustentar sua posição. Ele não está preocupado com um problema secular; quer apenas ganhar o debate. Está perdendo, coluna após coluna.
Demétrio, como sempre, escrevendo os melhores textos. É lamentável o que a Folha está virando ao dar tanto espaço a supostos defensores de Direitos Humanos, que não perdem uma oportunidade de promover execração pública
Talvez o prazer de buscar a verdade e a justiça, João Miguel.
Sem falar na facilidade com que chamam os discordantes de racistas, nazistas, ''piores do que Hitler'' etc. Estão mal acostumados, é chegada a hora de dar um basta nessa corja que se habituou a espalhar acusações de crimes hediondos com tanta facilidade, impunemente.
Me conte qual é o prazer que você sente quando lê um texto onde o autor espezinha os já espezinhados em nome da "liberdade de expressão".
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