Ilustrada > Veto a 'Com Açúcar, com Afeto' rouba um pouco da nossa humanidade Voltar

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  1. Flavio Camilo

    Expor nossas feridas é esfregá-las na cara! Lindo texto.

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  2. Paulo Teixeira

    Não tenho o mesmo conhecimento da autora, mas me lembrei de que há muitos anos senti ou intuí algo parecido quanto a "Ai que saudades da Amélia". A meu ver, o autor tratava de um caso e de uma mulher específica contraposta a outra. Uma amava tipo "na riqueza e na pobreza", a outra só queria "luxo e riqueza". Transformaram em "hino machista", antes talvez de pensar que pudesse ser uma crítica. O que, aliás, me lembrou de Bandeira: "Vamos viver de brisa, Anarina".

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  3. Fernanda Garibaldi

    Lindo! é isso mesmo

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  4. Roberta Maniglia de Resende Matos

    Que lindo! É isso mesmo, a arte nos permite múltiplas visões, dentre as quais, inclusive, pensar a situação (do eventual machismo, etc.). Obrigada pelo texto.

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  5. Marcos Benassi

    Êêê, dona Regina, que texto sensível e belo. Até momento, foi a melhor e mais delicada análise que ouvi dessa encrenca. Grato!

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  6. Neli de Faria

    Sei disso, Carlos! Mas, repiso-me, talvez não me tenha feito entender, à época,(ser idosinha tem o lado positivo, de ter vivido o passado naquele presente), os homossexuais eram xingados por causa da música. Sei o que os meninos padeciam! Devo ter ido ver a peça, porque no período amava teatro. A Gota d Ãgua , com certeza, uma interpretação magistral de Bibi.

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  7. Amauri Caetano Campos

    A senhora sabe, como professora de literatura, que a palavra "leitores" já engloba o conceito de leitoras, não é? Insistir nessa chatice (porque não passa de chatice) de "leitores e leitoras" só atrapalha a reflexão proposta no texto — e, também, sua beleza.

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  8. M Lana

    Cara professora, obrigada por este texto tão sensato e inteligente. Infelizmente, vemos que, cada vez mais, os militantes ao invés de se abrirem para o congraçamento do humano, fecham-se em seus grupos identitários que se tornam inimigos de outros grupos. Neste processo, se esquecem que " a representação pode lançar luz sobre as contradições do que é representado, levando à reflexão crítica, não necessariamente à adesão". Chico Buarque machista ? Nara Leão submissa? Dá preguiça explicar.

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  9. José Fernando Marques

    Sim, a época em que a música foi composta era outra. Mas, mesmo então, o compositor soube se transportar para a cabeça de uma mulher e representar a sua experiência, que era a de tantas mulheres. Concordo inteiramente com Regina que representar uma situação distante do ideal não significa aderir a ela. A arte mostra. Quem critica a letra nos lembra aqueles telespectadores que hostilizam a atriz que faz a vilã, confundindo-a com a personagem... E Buarque ingenuamente endossou a censura.

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  10. Jorge Luiz Bernardi

    Parabens Reangina Dalcastagnè, Texto magnifico, expressou tudo o que gostaria de dizer, mas, sendo homem, temia ser criticado. O seu texto contextualizou muito bem: uma obra literária jamais pode ser vetada. Neste caso, tira um pouco da nossa humanida. Na época em que a música foi composta, a mulher era basicamente dona de casa. Minha mãe teve que enfrentar a insatisfação de meu pai e a crítica velada da vizinhança e dos parentes, quando decidiu trabalhar como revendedora de perfumes.

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  11. Hernandez Piras Batista

    Para mim, sempre foi claro que a canção é uma gigantesca ironia. Daqui a pouco vamos "cancelar" também o "Dom Casmurro", cujo narrador, em primeira pessoa, também reflete os preconceitos machistas da época. É precisa evitar que, em nome de lutas legítimas, os ignorantes reinem em nossa cultura.

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  12. RODRIGO DORNELLES

    Gostei do artigo. É preciso discutir, especialmente, que cantar uma música considerada, hoje, machista ou mesmo misógina pode suscitar "reflexão crítica" e não significa necessariamente "adesão". De toda forma, nessa discussão toda sobre a decisão de Chico de não mais cantar essa letra, há gente que se diz liberal e crítica do que chamam de cancelamento querendo obrigar Chico a cantar. Nada mais autoritário.

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  13. Ligia Py

    Obrigada, Prof. Regina! Você é porta-voz dos filhos e das filhas de Machado que se co-movem na arte do Chico Buarque.

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  14. Fernanda Guardiano

    Excelente texto, escreveu o que eu penso.

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  15. Flavio Colker

    Quando criança, lí todo o Monteiro Lobato, 3 vezes sguidas. Nunca percebi racismo nem tampouco me tornei racista.

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  16. Renata do Vale Elias

    Que belo texto!

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  17. Samuel Fagundes

    Que bom discutirmos Chico Buarque. Falarmos de luz, não de trevas. Que a nossa cultura, com todos os seus grandes expoentes, nos ajudem a sair das trevas. E viva nossos músicos, escritores, atores, autores, cineastas, pintores, escultores. E um grande viva à nossa cultura

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  18. CARLOS TARDIVO

    A vida está um saco, insuportável, há patrulha para tudo até a uma música feita há 40 anos, revisão de Monteiro Lobato, etc .Outro dia um cara escreveu na Folha que o 007 é machista, haja paciência!

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  19. marcelo cunha

    Texto primoroso. Tudo que penso ... mesmo sendo um fã de Chico, acho uma bobagem esse seu autocancelamento para aderir a essa turba histérica e inconsquente.

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  20. Maria Estela Heider Cavalheiro

    Adorei seu texto, Regina. Disse td!

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  21. sergio marcone da silva santos

    Vivi para ver algo tão ridículo quanto autocancelamento

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  22. Neli de Cássia Souza Sampaio

    Uma obra, na maioria das vezes, não tem nada a ver com o autor, se não sua autobiografia. O que 'Com Açúcar, com Afeto' tem a ver com o contexto atual, se não nos fazer refletir que no passado o machismo era opressor ?! (Heterônomo de uma ignorante, o conteúdo não é da NCSS)

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  23. Luiz Gilmar Mazari

    Parabéns!!!! Belíssima reflexão, nos ensina muito.

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  24. Neli de Cássia Souza Sampaio

    Lembrei da publicação do livro "Minha Luta" que serviu para inspirar a ideologia nazista, foi a maior polêmica.... Lhos

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    1. Flavio Colker

      Eu lembrei do Leopardo, de Lampedusa, livro que inspirou o filme de Visconti e hoje lido como um clássico; sua publicação foi recusada por suposto conteúdo burguês.

  25. FERNANDO ANTONIO ALMEIDA

    Concordo plenamente com a autora e agradeço o belo texto, por ter nos proporcionado e nos remetido a essas reflexões. Uma obra de arte deve ser vista, admirada (ou criticada) levando em conta todos os aspectos que tão bem discorreu e também contextualizando-a à sua época.

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  26. Rondon De Castro

    "Afinal, nada sabemos desse homem além do que ela escolhe nos contar" . Esta frase trouxe a humanidade de volta ao debate. Tentar tomar decisões difíceis com base nos sentimentos dos outros, costuma nos deixar mais confusos ainda.

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  27. Adeilson Pereira de Miranda Pereira de Miranda

    ...logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato e abro meus braços, pra voce..... Será que isso existe, nos dias de hoje?

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  28. Neli de Cássia Souza Sampaio

    Lembrei da publicação do livro "Minha Luta" que serviu para inspirar a ideologia nazista, foi a maior polêmica.... Lhos

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  29. André Antonio Santos

    Excelente reflexão em um debate necessário hoje.

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  30. Manfrini Fabretti

    Uau! Que texto bom! Reflexão necessária!OûOûOûOû

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  31. JANAINA DE MORAES SANTOS

    Finalmente, uma análise inteligente. Eu não defenderia apenas a obra literária, mas também a obra artística. Se as patrulhas descobrirem a ópera, cancelarão, por exemplo, "A flauta mágica" de Mozart (indubitavelmente machista e racista) e "Otelo" de Verdi (cujo papel principal é amplamente interpretado por cantores brancos que fazem "black face").

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  32. Davi Pessoa Ferraz

    A música é muito boa. O problema é que as pessoas estão querendo cancelar as vidas hoje em dia.

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  33. LUIZ CARLOS DE SOUZA

    Graças à liberdade em que ainda vivemos, seguirei cantando e adorando essa música. Espero que nunca queimem a biografia de Casanova.

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  34. Neli de Faria

    Parabéns pelo texto. Hoje essa música não atingiria ninguém, como não atingiu no passado remoto. Deixei de admirar o autor pela letra:Geni. Essa música causou muitos danos aos homossexuais de então. No bairro, os héteros(supostos!), chamavam os homossexuais: Geni...Vetar hoje? Nem necessita, o estrago foi feito!Hoje não!Vetar obras feitas no passado: não se pode analisar o passado com o olhar do presente.

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    1. Neli de Faria

      Sei disso, Carlos! Mas, repiso-me, talvez não me tenha feito entender, à época,(ser idosinha tem o lado positivo, de ter vivido o passado naquele presente), os homossexuais eram xingados por causa da música. Sei o que os meninos padeciam! Devo ter ido ver a peça, porque no período amava teatro. A Gota d Ãgua , com certeza, uma interpretação magistral de Bibi.

    2. Carlos Pinheiro

      A canção Geni e o zepelim tem de ser contextualizada no período em que foi composta, ditadura do governo Geisel. Foi composta para o musical Ópera do malandro, que tinha um homossexual chamado Geni. Além da peça ter sido inspirada na Ópera do mendigo, de John Gay, e na Ópera dos três vinténs, de Bertold Brecht, a letra é uma referência ao conto Bola de sebo, de Guy de Maupassant.

    3. Neli de Faria

      Músicas do passado que hoje seriam vetadas: o neguinho e a senhorita(gravação lindíssima de Elza Soares!);loira burra(uma amiga me disse: tenho o maior ódio do Gabriel pensador por causa dessa música: passo na rua e os caras cantam...);samba do crioulo doido; cabeleira do Zezé. E outras por aí. Também sou contra censurar Monteiro Lobato e obras literárias. Parabéns pelo texto, dentro do contexto!Não gosto do Chico Buarque!

  35. José Cardoso

    Que veto? Foi o Chico que disse que não cantaria mais sua música. O que por sinal pode ter disparado o interesse por ela no youtube...

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  36. Marcos Valério Rocha

    (cont.) David Byrne não canta Psycho Killer, pela conotação violenta e o ambiente americano atual. Eu acho pertinente essas atitudes. Mostra a classe artística ainda consciente e atuante. Ultimamente estamos vendo Neil Young retirando o seu catálogo da Sportfy, irá perder dinheiro, mas manteve a dignidade de não ir contra sua consciência, apoiar o negacionismo.

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    1. Alexandre Pereira

      Sei, basta seguir a narrativa, né?

  37. Alberto Melis Bianconi

    Concordo, mas não inteiramente. Essa discussão mistura as estações. Pouco importa se a obra estimula a reflexão ou reflete um realidade... esse tipo de coisa não pode justificar a censura. Pode justificar o autor excluí-la de seu repertório, renegá-la, e nem se faz necessária qualquer motivação para isso. Uma banda excluiu de seu repertório algumas marchinhas tradicionais? Ninguém tem nada a ver com isso. Vamos proibir a execução dessas marchinhas?

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    1. Alberto Melis Bianconi

      O que me espanta é estarmos discutindo critérios para censurar manifestações artísticas. Censurar é se arrogar o direito de saber o que é melhor para o outro melhor do que ele mesmo.

  38. Marcos Valério Rocha

    A obra é dele, se ele não quiser cantar ele não canta. Descontada a distância histórica, e o fato de não ser essa intenção, a letra da música é muito machista mesmo. Nesses temos em que os machos andam tão arredios e não aceitam nenhuma contrariedade, seja no trânsito, nos mercados e principalmente com relação às mulheres que culminam nos atuais feminicídios. Nessa atitude Chico não está só, os Rolling Stones não vão cantar Brown Sugar, pela conotação racista. David Byrne dos Talking Heads

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    1. Alexandre Pereira

      Camarada, foi criado soltando pipa no ventilador? Ou é só a necessidade de controle? Tome uma dose de realidade duas vezes por dia que passa.

    2. Alberto Melis Bianconi

      Que importa a intenção ou a distância histórica? O que hoje é machista não era ontem? Antigamente não havia feminicídio porque a palavra não existia? Vamos calar toda e qualquer manifestação de machismo? Como a sociedade ontem era mais machista deveria ter sido exterminada? O problema não deveria ser discutir se o machismo é tóxico ou não, mas a censura.

  39. Marco Borges

    Excelente análise ! Daqui um pouco, estaremos todos em nome do politicamente correto, querendo alterar obras de nossa cultura ... de nossa história sem que tenhamos em mente o contexto histórico ... Façamos sim nossas análises, mas daí mudar o já registrado é de lascar ! Tenhamos mais afeto e doçura neste contexto de polarizações !

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  40. Mara Gabriel

    O texto da canção é o texto ora apresentado, nos fazem de fato pensar numa realidade que, ainda que atual, pode ser modificada. Mas a obra delicada e sensível de Chico Buarque, ela permanecerá pra sempre.

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  41. Avelino Ignacio Budu Garcia

    É por estas e outras que censuram Monteiro Lobato, por exemplo. Parem de dizer como o texto do autor deveria ter sido escrito.

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  42. Leticia Maura Constant Pires

    Belo texto, que afasta o julgamento (tendência atual em tudo) para focar na profundidade da reflexão tão necessária, com todos os seus ângulos e possibilidades.

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  43. Alexandre Pereira

    Excelente texto. Quem diria, reclamamos tanto da ditadura para chegar a esse nível de censura. Realmente a humanidade anda em círculos, mas temos realmente que voltar a idade média? Ou seria 1984? Quem diria que com nossa grata rebeldia acabaríamos com intelectuais e artistas adestrados a base de likes?

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  44. Antonio Carlos Souza

    Estamos retornando à Idade Média com esse insuportável politicamente correto!

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  45. André Campos Mesquita

    Obrigado pelo texto. Como homem, procuro sempre ouvir o que as mulheres têm a dizer quando o assunto é machismo. Há sempre elementos em uma obra que poderiam parecer naturais para homens, porque foram "naturalizados" ao longo de anos. Por isso, nos espacam à percepção. Mas que a mulher que sofreu séculos de machismo vê e sente perfeitamente. É claro que nós, como parte significativa do problema, não podemos ficar alheios a essa discussão.

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  46. Marcelo Giacomini

    Cansa... Conviver com os bozos de extrema direita é pior, mas os chatos revisionistas que querem criminalizar sambas do Chico (inclusive o próprio), estátuas de Victor Brecheret e obras de Monteiro Lobato são insuportáveis. É um tipo de intolerância, de limitação, de falta de contextualização, de medo infantil.

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  47. Marcelo Pacheco

    A voz masculina de relacionamento dessa natureza poderia ser a retratada em Disritmia de Martinho da Vila ou São Gonça (conhecida por Pretinha) de Seu Jorge. Vão ser canceladas também? Ou apenas justamente a voz feminina é que será calada, num estranho jeito de ser feminista? Por todos os deuses, a pergunta é retórica! Não cancelamos nenhuma! Continuarei a ouvir as três.

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    1. Marcelo Pacheco

      Gentileza sua, Leonardo.

    2. Leonardo Gama

      Muito pertinente a sua observação!

  48. Maria Teresa Souza

    Excelente artigo. Concordo.

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  49. Daniel Choma

    Censura e proibição é o vício preferido dos moralistas autoritários sem moral, à esquerda e à direita.

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  50. Claudio Carvalho

    Maravilha de texto! Estamos indo em direção à barbárie, do mal-estar na civilização à paranóia persecutório da barbárie, onde o mundo é uma máquina a produzir sentido único e alertas para um eu em ruínas agarrado às certezas de uma suposta identidade. Do outro lado, isso reproduz o fascismo do Bolsonaro; do lado de cá, o fascismo identitário. Ambos comem da mesma ração, só é diferente o pasto.

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