Opinião > Não é 'mimimi' de feministas Voltar
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Sou contra qualquer censura, e também a autocensura. No entanto, considerando o Estado de Exceção em que se encontra o pensamento, o psicológico e a cultura nacional, eu censuro o Chico, e determino e decreto que ele cante a canção "Com Açúcar e com Afeto". Eu escrevi ponto. Claro!... Quando ele bem entender. Por outro lado, a autora do texto - se me permite - ao usar 'mimimi' no tÃtulo, reduziu muito a possibilidade de seu alcance. Mas pode continuar usando, sem autocensura.
A autora do texto criticando a música que o Chico fez a pedido da própria Nara Leão escreveu mesmo um funk chamado "Cai de Boca no Meu B*c3t@o"? Credo. Que pelo menos o Chico não resolva cantar essa coisa no lugar da sua bela canção.
Creio que ela escreveu um livro sobre Fanki e a relação com empoderamento feminino, é objeto de estudo dela.
Primeiro: Chico não faça isto pra querer ficar se fazendo pra mulherada, vc nunca precisou disto homi, somos pessoas esclarecidas não nos infantilize, sabemos separar as coisas. Segundo: A autora do texto veio concordar com a autocensura mas o que dizer sobre isto, se ela mesmo é autora do funk "Cai de Boca no Meu B*c3t@o"? É sério!?! Por favor, amiga, ao invés de ficar metendo o dedo numa praia que não é a sua, (MPB) pq vc não vai fazer uma revisão nas letras de funk, não vai sobrar uma.
Então vamos destruir todos os quadros pintados sobre guerras pois assim colaboramos para seu fim? Vamos proibir fotos em jornais que nos mostrem a miséria humana para que isso não aconteça mais? Expor as nossas feridas é esfregá-las na cara!! Penso que aà sim, pode-se forçar um questionamento.
Podemos começar com Guernica.
Perfeito!
Perfeito seu comentário, parabéns!
Chico Buarque é dono da música, faz o que bem entender com ela. Mas, na minha opinião não deveria ter feito nada. A composição representava uma época, era normal para aquele perÃodo. A água que rolou por baixo da ponte desde quando a música foi composta se encarregou de muitas mudanças, e o mundo mudou tanto que produziu naquela época a música açucarada aqui discutida, e a que autora escreveu e fui conferir, sem creditar no que li e ouvi.
Muito bem pensado.
O texto que debate com esse artigo no impresso está a anos-luz de argumentação desse. Pouco se diz sobre o essencial e é recheado de pressuposições particulares. Um nada.
Lamentável esse tipo de opinião cerceadora e totalitária ter espaço nesse jornal...
Achei perfeita a colocação da articulista. Um coisa é debater. Outra é a exposição exaustiva dr ideias fixas. Vamos mudar o disco e discutir a realidade e não só as representações dela.
No meu último livro de poesia, 'O pó e o tempo', na página destinada à epÃgrafe, escrevi que 'a arte é a condição humana em metáforas', porque acredito na sua 'sina' de representação de tudo que diz respeito à labuta da existência. A boa arte sempre há de escapar das censuras, porque a prisão do sujeito-artista é sempre uma impossibilidade. A boa arte é aquela que, décadas depois, consegue nos fazer entender os valores morais e éticos de um determinado tempo. Bom café, com ou sem açúcar!
Estas atitudes pasteurizam a história, e acabarão enterrando a memória de centenas de pessoas que lutaram contra a tirania dos tempos. A arte e a cultura que representam os modos da vida não podem ser vitimas de iconoclastas, é um erro fatal. Enquanto isso no mundo real, a barbárie permanece viva.
Infelizmente as discussões que poderiam avançar nas pautas feministas, como a autora pontuou, ficam comprometidas por uma caça a fantasmas pouco produtiva. Negar a história e excluir o contexto comprometem as avaliações e atrasam os avanços. Neste caso, se não foi mimimi, é algo muito semelhante.
Prefiro o "eu lÃrico"/liberdade artÃstica, desde que não transborde para preconceitos e xenofobia, proscritos por Lei.
Entendo a critica e saúdo o Chico pela sua costumaz grandeza! Mas, não gosto de censura: nem do mal nem do bem! A letra serve como denúncia, logo segue cumprindo o papel de arte!
A letra é uma denuncia da situação da mulher. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas , uma ironia .É necessário interpretar corretamente o texto.
Análise justa e sensÃvel, Tamiris.
Fico pensando se todas as expressões artÃsticas do mundo, q não caiam no gosto das tias, forem apagadas, varridas; p q em vez de cancelar não criam algo alternativo; achei q a burrice fosse peculiaridade bozomÃnica!
Ricardo, estamos espremidos por polos ultra autoritários muito parecidos.
Eu entendo que se esse tipo de relação tóxica existiu, a canção cumpriu seu papel de registrar um momento histórico, como poderia ser um quadro de uma mulher preparando a comida da famÃlia enquanto o marido apenas assiste à TV. Como sabemos que esse tipo de relação ainda existe, a música enquanto arte leva todos a refletirem sobre o tema e continua cumprindo seu papel de arte. Por isso deveria continuar sendo tocada. Mas se o próprio Chico disse que não irá mais cantá-la, discussão encerrada
Tamiris, minha cara, que bom lê-la: quando lançou seu livro "prexecudo", achei ótimo o quiprocó. E não sabia que você era você, agora sei. Da mesma forma que a filósofa Quebra-Barraco (salvo engano) dia que faz o que quiser de si porque "a b* é minha", o Chico faz o que bem entende - lembrei do Baden, que não toca mais os afro-sambas. Mas acho uma pena: tá cheio de sertanojo cantando hidiotices ruins, que não geram discussão alguma. O Chico, dá um caldo - oops, até dois, noutros sentidos. Pena.
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