Antonio Prata > Surpreendente e inevitável Voltar
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Muito bom, Prata.
O texto é cerebrino, exuberante e atual. Faço só um registro de ordem verbal: quando trata da questão da doméstica na Disney e do filho do porteiro na universidade, como um conjunto escancarado de idiotice, o verbo surpreender tem que flexionar para "surpreendem pela idiotice" sob pena de o filho do porteiro na universidade surpreender pela idiotice, mudando o sujeito que é o ministro.
Demais demais demais
Outro dia uma senhora empregada doméstica, contou-me que seu patrão, professor de história, como eu, perguntou: "por que você não namora o pedreiro que stá fazendo a obra? assim vocês moravam no quarto aqui dos fundos e mantinham a casa." O pedreiro que ouvia depois comentou: "ele pensa que a gente é escravo." Ela ganha menos que o salário mÃnimo e os patrões desligam a internet, quando ela quer ouvir aulas no celular enquanto trabalha.
Hahahahah, ele sabe de história, caro Vanderlei. Apenas escolheu um lado - e não foi "o da empregada", o lado popular.
O jeito é ler o grande Antônio Prata enquanto é tempo, mais cedo ou mais tarde quem manda no jornal irá dar um jeito de colocar um representante dos donos do dinheiro que produziram a inevitável desgraça de pais
Degradante elite, degradante paÃs... Simples assim. ( e ainda cafona)
A nossa sociedade, como a de muitos outros paÃses pobres mistura tecnologia avançada e relações sociais arcaicas. Como numa vila da Ãndia, com pessoas de motos e celulares dividindo as ruas com vacas se alimentando do lixo. A constituição proÃbe a pena de morte, mas quem sair da linha sabe que pode ir para a vala.
Qual a razão para não publicarem o meu comentário. Que palavras inadequadas ou agressivas em utilizei ? Ou não elogiar , mesmo sem criticar o Antônio Prata é proibido? Falar sobre o absurdo de um Lima Barreto não ser aceito 3 vezes na ABL enquanto Sarney com o seu péssimo livro Maribondos em Fogo foi aceito é agressivo? Precisam pedir licença ao ex presidente? E o autor do artigo precisa autorizar a publicação do meu comentário?
Acabou recebendo hábeas corpus, tardiamente, assim como alguns meus. Um saco, isso. O algo-sem-ritmo tá abilolado, à semelhança de quem crê necessária e adequada sua existência...
São os algoritmos. Nada pessoal...hahahahaha!
Aljamir, tenha certeza de que não é especÃfico, é hextupidez geral. Tenho uns em suspenso que também não continham nada demais. Talvez abram os grilhões, quem sabe?
Eu tenho dito, o Prata é ouro.
Não por acaso, no Brasil quem sai de baixo e rompe o ciclo da pobreza e consegue ficar rico (que no fundo, é a única coisa que importa numa sociedade capitalista) é mal visto não apenas pelos de cima, mas também pelos de baixo, como alguém que, digamos, "não sabe o seu lugar".
Parabéns Antônio Prata por essa aula de História!!! , Nos mostrando que a a história do Brasil é cÃclica.
Deu uma vontade enorme de chorar. Na minha ingenuidade eu acreditava que empurramos com a barriga toda essa miséria brasileira, mas na verdade é bem pior! Foi planejada, arquitetada e mantida por uma elite egoÃsta, reacionária e etc.
Meu sentimento é de que nascemos num lapso privilegiado (para a minoria, claro) de tempo da História, em que o capitalismo ao menos prometia o bem estar social para fazer frente à ameaça socialista. Funcionou no cone Norte, pra nós aqui, inevitável e nada surpreendente, não teve bem estar, teve ditadura. Mas que ainda prometia (e não cumpria) uma migalha do bolo no final. Agora o sistema perdeu seus freios e afoga na saliva de sua overdose. Voltamos a enxergar que a História é uma catástrofe.
Pois Zé, Chiara, já Elvis. Há muita dúvida se será possÃvel frear a barbárie, em sentido amplo. Por mais que se eduque as pessoas, o modelo de funcionamento polÃtico-econômico é excessivamente predatório, e quem manda *mesmo* na coisa não tá disposto a abdicar suficientemente de seus privilégios. É um bagulho suicida, mas parece que é o rumo que seguiremos. Talvez até Marte...
Texto sagaz Prata, parabéns!
Disfarçaram a escravidão! Os letrados tem direito a palavra, os menos letrados não. Muita gente segue os letrados rumo ao matadouro, , eis a questão...
Faltou ao colunista a análise do modelo deturpado de capitalismo estatal, onde o aparelhamento e a polÃtica de campeões nacionais destruiu o paÃs, expondo suas vÃsceras no meio da rua, para todo mundo ver. Os bilhões roubados e os milhões de empregos não criados pelo o que o (criticado) von Mises chamou de ‘capitalismo de compadrioÂ’ são o resultado desse modelo sórdido, que quer voltar à vida, como um cadáver insepulto.
Essa é boa, Henrique!! Você achou o próprio comentário tão absurdo e ruim, que atribuiu à óbvia incompreensão dos demais leitores os likes. Achei ótima tua auto-ironia!
Em tempo: Pelo número de likes do meu comentário acima, acho que a maioria não entendeu a crÃtica. As vÃsceras foram expostas pela Lava Jato. O resto é história.
Pratinha, carÃssimo PratO'shaugnessy, vou dar de barato que a O'connor era irlandesa e bebia Guinness. Abre uma dessa preta, aponta seu Pratiscópio pro futuro e mindiz: dá pra evitar outra dessa do moço Kabagambe? Eu acho que dá. Sem surpresa alguma: arranca esse Bozo do trono em que diariamente khagabambo em direção ao ventilador e bota um presidente bÃpede e popular (do povo e para o povo), num contexto de educação como valor, de respeito e solidariedade. Sem Prataclismos, só decência básica.
Será que vão deixar? Quantas vezes chegamos perto de alguma luzinha e o golpe é dado? Só nós meus 69 anos já vivi alguns. Nunca deixo de ler seus comentários, é uma referência para mim.
Seu texto é ouro puro, com trocadilho. Obrigada
o sonho do liberal brasileiro é um experimento de gabinete da economia da PUC-RJ ou da FGV; na prática, é um brutamontes tentando vestir um bem cortado hugo boss - aquele mesmo que desenhou os uniformes de sabe-se quem. entendedores entenderão.
O texto corta como navalha afiada! Parabéns,Prata!
O teu artigo é um “alimento” doloroso, mas imprescindÃvel caro Prata!
(...) "uma elite carniceira, tacanha, obsoleta e cafona". Bravo! Mas pior que não é só a elite.
Simplesmente magistral!!!
...terão sido tão impactantes quanto esse! Em cuidadosa sÃntese que não pisa em chão raso, Prata diz o que eu mesmo gostaria de saber dizer. Impactos como esse acabam por gerar esperança em quem pensa tudo perdido. Obrgiado, Prata!
Poucos dos muitos textos que tenho lido sobre a realidade brasileira
OOO
Ops! Parabéns! Ótimo!
Basta ler Lima Barreto morto em 1922 que tudo o que ocorreu nesses últimos 100 anos estão expostos e previstos na sua obra. Sugiro O Triste fim de Policarpo Quaresma mas sobretudo Os Bruzundangas. LB era negro,pobre , alcoolatra , doente mental e gênio. As coisas sempre foram assim nesse “ paÃs tropical de ficção como Lima se referia ao Brasil. Pais que nega 3 vezes a entrada desse gênio na sua AB de Letras e aceita José “ Maribondos em Fogo “ Sarney realmente é de ficção. Nenhuma novidade.
Um miliciano no Planalto é o sucesso do projeto de paÃs de uma elite escravocrata. Prata tem razão. Estou em prantos.
Parabéns, Antônio. É isso, não mais.
Uma das mais belas crônicas, com alto grau de sÃntese e profundidade, sobre a historiografia do Estado brasileiro.
Fui às lágrimas, Prata! E me sentindo inútil...de mãos atadas.
Bela crônica. Surpreendente e inevitável.
Cirúrgico!
Esplêndido! Quanta verdade num texto tão curto e inteligente e tão profundo também! Genial!
Esplêndida prata, Antonio!
Um soco no estômago...
Se surgisse a minha frente um gênio da lâmpada, e me concedesse um pedido, hoje seria: quero ser o autor do texto da coluna do Antonio Prata. Leitor desde sempre, posso afirmar: foi o Mais belo, ácido e lÃrico texto publicado nesta coluna. E olha que tem vários na galeria. Hoje foi perfeito. Muito obrigado.
Pensar que o Brasil acolhia imigrantes do mundo todo , éramos pessoas cordiais ainda que racistas, preconceituosos ,fascistas existiam e não se assumiam. Hoje , assumidos , se mostram como pessoas do bem , " cristãos" que lutam contra depravados anti famÃlia , gays , pobres , indigentes , negros , crianças e por aà afora , com a bênção do governo miliciano. Viramos pária mundial e nossa bandeira nos foi roubada e hoje o medo e a vergonha é o que nos restaram. Triste Brasil , muito triste!
Toda vez que bancos me telefonam para oferecer qualquer coisa eurepito como um mantra: não acredito nas instituições. Não acredito em Deu, na pátria e na famÃlia! portanto não acredito em instituições financeiras. E encho o ouvido da telemarqueteira (o) com uma catilinária sobre o sistema financeiro. Será ão deixar este comentário?
A mim, caro Carlos, parece-me que a visão do gringo sobre nós voltará mais rapidamente a se recompor do que nossa própria sobre nós. As gretas que a Bozofrenia fez na parede, vistas de fora, uma massinha cobre; por dentro, o reboco caiu, o tijolo mofou e dará um trabalhão para arrumar....
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