Michael França > Minorias querem o poder, mas não conseguem Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Pelo visto nem pessoas pretas votam em candidatos pretos, comecem uma campanha nas redes "preto vota em preto" e "mulher vota em mulher", apresentem bons candidatos e aguardem o resultado. É necessário que se apresentem candidatos de todas as correntes polÃticas, se aparecer só esquerdistas raivosos não vai funcionar.
Estudem , trabalhem e enriqueçam, ficar só reclamando e se vitimizando não adianta nada.
Para isso é preciso que os direitos sociais, civis e polÃticos sejam efetivamente garantidos para todos. Esse é o objetivo das instituições representativas: garantir que todos tenham a mesma capacidade para estudar, trabalhar e enriquecer. No paÃs em que vivemos, não ser morto já seria um grande avanço.
1.3.Lembremos que Acemoglu e Robinson explicam que são as instituições econômicas inclusivas que possibilitam e estimulam que a maior parte da sociedade participe das atividades econômico-produtivas. Elas permitem a consolidação de um ambiente igualitário e seguro de oportunidades em que os indivÃduos são estimulados a fazerem as suas próprias escolhas, aproveitando, assim, da maneira mais produtiva possÃvel, as suas habilidades e talentos individuais. Portanto, o problema das minorias
2.3.não estarem no poder não diz respeito ao fato do homem branco estar ocupando estes espaços em excesso (como inferido pelo autor), mas diz respeito ao fato de que: i) há uma ausência (incrÃvel) de esforço sistemático em colocar representantes elegÃveis na esfera polÃtica sem o uso da falsa dicotomia, oprimido/opressor (o eleitor não é alguém que se espera conversão à pedagogia Freiriana); ii) pressupõe-se de partida que ser oprimido (sic) concede automaticamente superioridade moral e votos.
3.3.iii)p. negras viáveis politicam.(até certo ponto),como foi Pitta, escolheram fazer parte do grupo de instituições extrativas iv) evangélicos, policiais, servidores (etc) possuem bancadas parlamentares relevantes porque não brincam de DCE, se preocupam com polÃticas institucionais v)desigualdade econômica tem endogeneidade e têm defasagens, ou seja, uma reforma tributária progressiva é muito mais viável e desejável do ponto de vista do bem-estar a panfletagem raciais:
4.3. olha pessoal, temos evangélicos no STF, mas não temos nenhum negro, logo, temos racismo estrutural (sic), quando na verdade as instituições não são inclusivas (Cf.) por serem extrativas, antes de qualquer coisa (e.g, Pitta, G.Machado, dentre outros ilustres).
A classe trabalhadora não é minoria, ao contrário, dela fazem parte a grande massa pobre, multiétnica e multigenero, racializar relações sociais não alterará absolutamente nada no que toca a desigualdade que é antes de tudo de classe. Propostas racialistas e identitárias de cunho pós moderno não contribuem para enfrentar a causa central da desigualdade, de quebra ajudam a dividir quem precisa se unir!
De qualquer forma, achei interessantes os gráficos, que demonstram uma maior flexibilidade da população em eleger minorias polÃticas para o Legislativo. Ao que tudo indica, a população é mais resistente em eleger para o Executivo alguém que não seja homem branco (até mesmo os chefes das casas legislativas costumam ser homens brancos). Trata-se de um condicionamento, de uma reprodução do passado: as pessoas que detêm tradicionalmente o domÃnio da fala, do discurso são homens brancos.
Costumo concordar com o colunista, mas nesse caso não é possÃvel. Em primeiro lugar pretos e pardos não são exatamente minoria no Brasil (ao contrário dos EUA). E faz tempo que temos voto universal e secreto. Basta que os eleitores baianos e pernambucanos (só para exemplificar estados onde os brancos são nitidamente minoria) passem a votar em candidatos à sua imagem e semelhança. Se não votam é porque não querem.
caros colunista e comentarista, sem de forma alguma negar a importância das lutas antiracistas em todas suas dimensões (v. Jessé Souza em seu mais recente livro), não vamos perder de vista que a única esperança de mudança está na luta de classes e pelo fim urgente do capitalismo. enquanto isso não acontecer, as ações afirmativas são muito benvindas mas também são pão e circo.
Não posso discordar, mas creio dificÃlimo de acontecer - excetuado em caso de colapso ambiental.
A democracia é um governo da maioria e não da minoria. As minorias precisam ser protegidas na forma da lei. Mas quem tem o poder do estado são os eleitos pela maioria.
Michael, carÃssimo, eu tenho a impressão de que sem que a polÃtica tenha uma expressão concreta no cotidiano das pessoas, na forma de uma atuação miúda e constante - do tipo que congrega vizinho para conversar na Administração regional e/ou na quitanda, que está vendendo legume ruim - isso não muda nunca. É preciso ser pauta na escola, a escola precisa aguentar ser democrática, pra que esse exercÃcio seja aprendido desde cedo. DifÃcil, né? Mas não morreu ainda a possibilidade.
E esse seu barato com as músicas é sensacional. Vou procurar essa daÃ, porque o Beto sem braço era um autor do baralho. Hoje me lembrei de "Oriente", maravilhosa música do Gil, que tá valendo para tudo quanto é Brazuca nesses tempos. Especialmente pr'aqueles que tão meio em cima do muro.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Michael França > Minorias querem o poder, mas não conseguem Voltar
Comente este texto