Muniz Sodre > Doidice endêmica Voltar
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Plenamente de acordo, Raymundo.
Ótimo. A doidice/loucura pode acontecer à dois, três pessoas, em grupo, famÃlia, e de muitos (fr.folie à plusieurs).Cultos fervorosos, extremismos polÃticos, suicÃdios em massa,teoristas de conspiração tem sintomas: descontrole de paixões, negação da realidade-fatos, alucinações e delÃrios, certeza absoluta, recusa ao teste de realidade, recusa das evidências cientÃficas, etc. Loucura coletiva causa danos a todos. Que fazer com governantes doidos?CalÃgula;George III; D.Maria; Hitler...
Bravo, professor! Faltou apenas mencionar a insanidade coletiva expressa na fé cega em uma "ciência" que seria única, homogênea, a-histórica, e sobretudo, sem interesses objetivos de seus agentes.
Ana. Se existe fé na ciência, não é ciência. Pois, a ciência moderna nasceu na 'dúvida metódica' proposta por R.Descartes. A ciència é radicalmente cética. Mas, reconhecemos que que o chamado 'cientificismo' é o fanatismo na ciência, que se assemelha ao fanatÃsmo religioso. (Não é minha opinião, é argumento convencionado na Epistemologia cientÃfica).
Mas nem todo doido precisa de cura. Como exemplo cito o grande málico beleza, Raulzito. Toca Raul!
"Cura da loucura", provavelmente não, que nem o Enir falou abaixo. Mas bem que podia curar o figo das quantidades astronômicas de birita que tomou, né? Aliás, diz-que o Crowley tomava uns baques de heroÃna capazes de, literalmente, matar elefante. Pppiiicareta, mas um junkie de responsa! Hahaha!
Nilton Silva, David Cooper diz no livro A Linguagem da Loucura que não ê aceitável a prática de adaptação ao discurso dominante, aplicada aos loucos, pelos psicólogos e psiquiatras. Os loucos têm o direito de sublimar essa linguagem em forma de criatividade. Abstraindo-se a origem no dÃstico da Thelema do picareta Aleister Crowley a música Sociedade Alternativa, do nosso Raul, é inspiradora.
Â… maluco beleza, bem entendido, mal escrito e denunciado.
Acho que essa doidice endêmica não surgiu na paulicéia desvairada mas veio do oriente. A religião põe mil e uma fantasias na cachola do fiel e o condiciona ao pensamento fantasioso, para o resto da vida. Terra plana e criacionismo são unha e carne. Aquela música do Titãs diz tudo: ''a televisão me deixou burro, muito burro demais''. Até tem muito conteúdo religioso nas mÃdias de massas, mas a religião não está sozinha nessa missão de anular o pensamento crÃtico, ela tem muitos aliados. Tamos fú!
Eita, seu Muniz, que a doidice contaminou até mesmo vosmicê: partiu do judaÃsmo, rodopiou feito dervixe e terminou na matreirice católica do Padre Vieira. Bem maluco, mas nem por isso Bozoclástico - aproveito para introduzir o conceito inovador: analogamente ao fluxo piroclástico dos vulcões, o Bozolóide espuma fúrias e hidiotices boca afora e peito abaixo. Continuando, vosmicê amalucou-se com grande bom-senso; contradição em termos, perfeitamente normal em tempos de Jesus numa Goiabeira.Salve!
Salvo engano, foi Fernando Pessoa quem disse: Sem a loucura que é o homem/Mais que a besta sadia/Cadáver adiado que procria? Gosto e repito esses versos há muitos anos. Imagino que se refiram ao louco de tanta inteligência, de acúmulo de leitura, de sonhos impossÃveis que não abandonaÂ… O louco de segunda classe descrito por Muniz Sodré, esse que esbarra conosco nas redes sociais, que despe-se de razão e veste-se de ignorância, será sempre a própria besta e o cadáver adiado que procria.
Eita, grato, Enir, que essa lembrança do "cadáver adiado" foi preciosa. Tá totalmente dentro do clima de hoje, seu Muniz falando do desmiolamento, o Hélio das nossas finitudes e sentidos da vida e o Ruy, das ironias e reviravoltas. O "cadáver adiado que procria" contém tudo, e mais: as misérias em que estamos metidos e que só aumentam. Pessoa é Soda. E cáustica.
Texto excelente!
Chama atenção a objetividade e clareza do texto. Excelente.
Sempre soubemos que havia muitos doidos por aÃ, mas não que fossem tantos. Momento de histeria coletiva? Noto até gente que sempre me pareceu portadora de certo juÃzo, se negando a tomar vacina e acreditando em tudo que o inominável fala.
Olha, Ricardo, não sei se é por conta da minha formação, mas sempre achei que tinha doido pra baralho pelaÃ. Só não achava que fossem tantos os furiosos... Hahaha!
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