Joel Pinheiro da Fonseca > Internet e redes sociais: da utopia ao pesadelo Voltar
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Um bom texto conservador
Tá sendo irônico de novo?
Hahaha, agora tem que perguntar! É, caro Valter, não dá pra ficar fazendo brincadeirinha e achar que um público qualificado deixa passar.
Ei Joel Pinheiro. Excelente texto. Depois quero comentar com a calma q ele merece. Mas um toque: as micaretas de junho de 2013, q arrastou jovens incautos para as ruas em uma onda gigante e q nos trouxeram para este caos e ressaca sem fim, revelou Cataguires, o Coiso Desgovernante e demais, têm tudo à ver com o q você escreveu. Sem falar da avalanche de influenciadores digitais, verdadeiros pastores cibernéticos. Q o diga Felipe Neto, que pelo menos hoje faz um mea culpa. Ele sabe o mau q fez!
Esse aà viu um espelho no caso do Monark e desandou a escrever artigos risiveis. Como se fosse a internet que ia acabar com a liberdade das pessoas. Sai da internet e resolva seu problema. O medo do colunista não é perder a liberdade de expressão, é ser cancelado como o outro e perder a vida fácil.
A ilusão é acha que há ampla liberdade promovida por grandes corporações que vivem de lucro. Elas incentivam o que dá lucro. Seja o nazismo seja o Obama. E o sujeito conduzido por algoritmos se acha livre. Pior é se achar anti sistema adotando bandeiras que o sistema tinha antes do século XX. Não demora a surgir um movimento pela volta da escravidão, anti vacina já surgiu.
Para mim o balanço é muito positivo. O fato de que quase tudo é lixo é amplamente compensado pelo 1% que vale a pena. É só pensar na Wikipedia, ou nos sites de venda de produtos, viagens e serviços bancários.
A internet foi tomada por bandidos organizados. É preciso regulação. Na civilização, em todo lugar tem regras, não existe liberdade irrestrita. Terra sem lei só interessa a bandidos. Mesmo porque, se bandidos tiverem liberdade irrestrita, tomam o poder de vez e nos tiram toda a liberdade.
Engraçado te ver falar em liberdade. Outro dia vc estava sugerindo uma comissão de notáveis para mediar o que poderÃamos ou não ler.
Era ironia, né, tio!
A internet informa, mas não forma ninguém. A ideologia, peça hoje central na precária formação das pessoas, dá o tom a qualquer assunto. Por exemplo: discute-se o papel da tecnologia, mas não se discute o próprio capitalismo, que influenciará de modo decisivo qualquer tecnologia. Por quê? Por pura ideologia: "não há nada de errado com o neoliberalismo"; " o que é bom, Stallin"; toda esta papagaiada alienante. Raiva vende muito e muito facilmente.
Fico com as opiniões do Professor Milton Santos e seu Aluno Fernando Henrique Cardoso quando na década de 90 afirmaram que essa tal de "Globalização", na qual está incluso seu Tema de hoje, ia ser uma Viagem Intergaláctica a um Mundo desconhecido e sem volta.
Joel, meu caro, nos anos 8O já havia sido identificado e nomeado o fenômeno do "Flaming", a interação "flamejante", agressiva, entre pessoas. E isso, na Usenet, a rede de mensagens que precedeu a internet gráfica; no IRC, bisavô do Telegram, idem. O problema não são as redes e ferramentas, são as pessoas: é mais fácil desumanizar o outro quando se não o vê, quando incorpóreo. Quem, no final dos 9O, era utópico, era de fato bobo, inexperiente ou queria vender seu peixe.
Às vezes me pego imaginando as IA's em um possÃvel salto quântico, na verve de dominar o ecossistema, e percebendo que foram criadas por humanos, a se perguntarem: Fomos realmente criados por isso? Como uma espécie tão primitiva e reptiliana foi capaz de tal façanha?
Exatamente, são as pessoas. A maior quantidade de dados não é nada se as pessoas não sabem o quê estão procurando. Ademais, é preciso senso crÃtico para avaliar as informações e ver quais são as realmente importantes. Fica difÃcil também quando jornais importantes perdem tempo com fofocas, em busca de likes.
“As mÃdias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”.(Umberto Eco na Universidade de Turim em 2015). A República das MilÃcias é emblemática das hordas vesanas catapultadas nas redes sociais. Eco faria 90; 6ª feira. Os imbecis são senhores do poder; eleitos!
A ideia de "ágora global" já tem em si um germe do conflito a ser instaurado. A ágora é o lugar por excelência dos conflitos na pólis grega, lugar do nascimento dessa ideia, a qual mais conheceu tiranos do que democratas. A ideia da "completa liberdade que levaria à colaboração universal", se foi vinculada a uma ágora, já estava equivocada. O espaço público é o espaço dos conflitos. O "pesadelo" talvez seja maior pelo marketing das expectativas de liberdade que foram criadas.
A expectativa frustrada, caro Mathias, não é a da Liberdade marquetada, que sempre existiu por definição e de raiz, na arquitetura da internet. O que se marquetou era a civilidade na colaboração Universal. Era gritante, nos primórdios, a diferença da qualidade das interações na Usenet, rede de interação geral, com as interações ocorridas na Bitnet, rede cientÃfica. Ambas abertas, a primeira era muitÃssimo mais ampla, tal como os interesses humanos gerais. Mas, proporcionalmente, era notável.
Excelente texto!!! Leitura obrigatória para os " moderadores" de comentários da Folha e para os donos do jornal.
Prezado Robson, por "moderadores" você quer dizer dos interlocutores de opiniões contrárias ou de fato dos moderadores humanos, funcionários da folha?
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