Opinião > O lugar de fala do articulista Voltar
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A liberdade de expressão está impressa no fundamento prescrito na constituição. Mas ela não é irrestrita . Por isso existe o limitante . O código de processo civil é penal .
Paradoxalmente, a idéia de "lugar de fala" é prenhe de intolerância,nega-se ouvir opiniões que não se restrinjam áquelas aceitas pelos que se julgam portadores da "verdade". Promover interdição ao debate não vai calar os que estão fora da caixa. O identitarismo pós moderno não é portador de projeto mais avançado que aquele inerente ao capitalismo, só por isso ganham espaço na mÃdia de elite, não querem mudar o mundo, seu foco é a corporação!
Nunca fui com a cara com a ideia de lugar de fala, e a melhor refutação que vi foi em Jesse Souza no livro 'Como o racismo criou o Brasil', mas admito que essa noção que alguns têm um lugar privilegiado e alguma autoridade para sobre alguns assuntos deve ser considerada em algumas situações. Mas claro, seja de que lugar for, ninguém estará correto só porque está no lugar certo, deve-se argumentar corretamente tambem neh.
A verdade é que o antropólogo parece mais preocupado em defender o sacrossanto conceito de lugar de fala do que em entender o raciocÃnio de Schwartsman.
Devemos ter liberdade de expressão para conceitos novos em debate e podem vir a ser úteis para humanidade. Por outro lado, devemos ter um limite claro de liberdade para ideias conhecidas e inquestionavelmente ruins. A lei brasileira é inspirada nas leis europeias onde não há espaço para nazismo. Essa ideologia nos deu guerra mundial, destruição e é indissociável de ideias de supremacistas e de eliminação de supostas etnias. É isso que monark, katanada e o articulista da folha não entendem.
tive a mesma impressão que vc, teperman. pareceu-me estéril e intelectualmente imatura a referência do articulista à expressão em questão - cuja compreensão, em tempo, não envolve nenhuma sofisticação intelectual: trata-se, simplesmente, da necessidade de consideração, numa ordem discursiva, de todas as narrativas, uma vez que proferidas de distintas posições sociais - e, por conseguinte, de poder - naquela ordem.
'...intelectuais negros são os pioneiros e mais eloquentes denunciantes do genocÃdio da juventude negra.' Nesse ponto discordo, pois não há genocÃdio da juventude negra. Apesar das taxas de homicÃdio serem maiores nesse segmento, essa população não está diminuindo pelo que me consta. Além disso, uma boa parte dos homicidas também são negros, o que complica ainda mais a conjectura desses intelectuais.
Olha as estáticas. Os números não mente. Mas podem ser interpretados conforme se queira . Mas mesmo assim não podem set alterados.
Perfeito!!!!!
Perfeito! Não há lugar para quem defende discurso do ódio, da destruição do outro como forma de afirmar superioridade. O sujeito que defende o nazismo não é apenas idiota, é criminoso.
O articulista se diz judeu. No entanto, uma pessoa que se identifique como judeu em suas entranhas se sentiu ultrajado com a fala do tal "podcaster". Um "judeu" talvez se identifique com o "podcaster" se for homem branco, hetero, de classe média alta: neste caso, haverá todas as concessões e condescendências para o grupo que historicamente possui credibilidade na imprensa. Uma pessoa que suou frio diante da ameaça real à sua integridade fÃsica como indivÃduo ou nação não dá mole pro "podcaster".
De acordo com as ideias de Stuart Mill, a verdade ganha mais ao combater o erro do que se impondo pela força, como dogma. Lugar de fala é uma espécie de dogma da seita tribalista identitária, aceita em boa parte das chamadas humanidades. Entre Djamila et caterva e Karl Popper, fico com este último: não devemos ser tolerantes com a intolerância, principalmente quando os argumentos carecem de lógica e fundamentação.
Colega, o nazismo é uma ideia antiga, conhecida e inquestionavelmente ruim. Nos deu destruição, guerras e é indissociável de supremacia e de perseguição e eliminação de etnias. Aqui como na Europa não há espaço para liberdade para o nazismo ou partido nazista. Mill fala de ideias novas em debate. Fundamentalmente, Katanada, swartzman, vc não entendem isso. Não vamos debater ideias muito ruins infinitamente.
para começo de conversa, a tese que vc atribui a popper contraria o que vc chama de ideias de s. mill. no ponto, a tese do "lugar de fala" amplia o discurso - e, por conseguinte, a própria noção de tolerância -, ao invés de restringi-lo - o que, sim, combina com a intolerância. dela nos aproximamos mais toda vez que ignoramos a umbilical relação entre discurso e poder.
Sim, entre Djamila, suas e seus, novas e novos, velhas e velhos, e Popper, não tenho dúvidas: as resistências, as lutas, as solidariedades, o anti-racismo, o anti-patriarcalismo e o anti-colonialismo... de Djamila, as suas, os seus.
Há uma contradição explÃcita na sua argumentação, que deixa claro que você não entendeu o conceito de "lugar de fala" e, portanto, não leu corretamente o texto. Entre Djamila e Karl Popper, eu fico com os dois.
Caro Ricardo, de fato acho que esse seu texto toca num ponto nevrálgico: qual é a raiz das ideias que defendemos na epiderme? "Não matarás" é premissa contida na mais densa súmula comportamental do cristianismo; "morrer se preciso; matar, nunca" era um mote fundamental de uma das figuras seminais de nosso exército. O que fazem militaristas cristãos Bozolóides? Defendem que Ãndio é estorvo e que é justificável e sadio os indivÃduos terem ferramental de morte em seu poder. Há uma desconexão [cont]
[continuação]... desconexão primeva entre a ideia defendida e as raÃzes alegadas pelo emissor da mensagem. Contudo, admitindo que os indivÃduos trazem consigo contradições, que a consistência perfeita é algo utópico, importa diferenciar ideias de polÃticas: as últimas, estão no campo das ações. Ache eu o que achar dos pretos ou trans, minhas ações não podem negar ou invadir o campo existencial do outro. A liberdade de ideias não equivale à das ações.
O autor diz *O problema não é "ter" lugar de fala —todos falam de algum lugar—, mas sim ter algo relevante a dizer.* Bem, duas questões aqui. Primeiro, quem é que vai julgar o que é ou não relevante a se dizer? Segundo, porque somente o que é relevante pode ou deve ser dito? Me parece que o autor do texto falha miseravelmente nesse argumento central de seu texto. Ser relevante ou não é irrelevante, pois até mesmo o irrelevante deve ser dito para que seja revelado como irrelevante.
Que texto excelente! Colocou o xuasrtmã e a folha em seus devidos lugares com clareza, objetividade e elegância. Parabéns ao autor!
Esse tal de Suarstmã não é nada , pelo menos para mim. Um Zé Mané.
Bão mêmo é o olavinho, o barná e a salMoura, gente erudita, congruente, educada e cristã. Isso sim é que é corpo editorial!
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