Hélio Schwartsman > Lugar de fala, lógica e objetividade Voltar
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Há sete anos, no dia 7 de janeiro de 2015, um grupo de terroristas fundamentalistas que não gostavam da linha editorial do jornal francês Charlie Hebdo invadiram a redação e promoveram uma chacina: 12 mortos e 5 feridos. Fica a pergunta: e se a Folha não seguir o catecismo dessa moçada? AÃ, eles farão o mesmo? Ou pior, já que lá trabalha muito mais gente?
Tem uma turma aÃ, que só tem uma fala: lugar de fala. Mas no fundo, bem - no fundo do mato-virgem - só tem um lugar de cala!
Me permita, Helio, apontar uma contradição: você diz que nos textos de jornais é melhor ser explÃcito do que cifrado, entretanto utiliza a foto do boi de piranha do momento sem fazer o vÃnculo dela com sua tese. Apesar de sutil e sagaz a ligação entre a ideia de lugar de fala e o que ele fez outro dia não fica clara, o que faria do texto, ainda mais interessante a meu ver. Abraços.
Restrição ao lugar de fala quer impingir modelos de comportamento ao criar uma imobilidade de posição que deve ser aceita a qualquer custo. Depende de cada detalhe dos códigos culturais/sociais/ideológicos vigentes. É faccionismo arbitrário revestido das camadas da pretensa censura social. Não dá para ficar girando dentro do cÃrculo de ferro reproduzindo as certezas, paradigmas e censuras diversas. Liberdade combina com responsabilização legal.(Claudia F.)
Para mim o ponto forte do Paul Feyerabend está em revelar a ingenuidade da noção de 'método cientÃfico'. Quando se sai da sala e vai à 'cozinha' (na expressão de um professor de fÃsica) da ciência, as coisas são bem menos organizadas e limpas. Nem por isso tudo se equivale, mas é bem problemática a ideia de um critério atemporal para distinguir o que é ciência.
Conforme já manifestado por outros colunistas vivemos uma condição de não-debate, devido a influência das redes sociais. Onde somos envolvidos por assuntos de nossa concordância. Assim, muitos tendem a não aceitar o contraditório, o certo seria não concordar. Desta forma, a censura se manifesta nas sombras da militância emulando a defesa da verdade - vide a triste carta de mais de 170 jornalistas.
Sobre o "conceito filosoficamente consistente de objetividade cientÃfica", gostaria de ouvir o que o autor tem a dizer sobre Popper: "o que chamamos de "objetividade cientÃfica" não é um produto da imparcialidade do cientista individual, mas um produto do caráter social ou público do método cientÃfico; e a imparcialidade do cientista individual é, na medida em que existe, não a fonte, mas sim o resultado desta objetividade da ciência social ou institucionalmente organizada".
Prezado João, por gentileza, qual a fonte desta citação de Popper? Obrigado.
Toda esta discussão sobre lugar de fala é apenas um pretexto para censura. É bla-bla-bla. Que cada um diga o quer e quando o quer. Se houver abusos, a justiça e a legislação que se manifestem. É totalmente absurdo querer controlar qualquer opinião com o argumento do lugar de fala. Se não podemos chegar ao ponto de não podermos mais apreciar o cardápio de um restaurante chinês se não formos chineses.
É isso aÃ, Jove. Muita frescura com pretensão de sabedoria.
Afinal, não é preciso saber cozinhar para perceber que o feijão está salgado.
Hélio, ziguintch: meu lugar de fala - bipede, sobre a crosta, sobrevivente dos três primeiros anos da Era Bozozóica - me permite dizer cabal, subjetiva e objetivamente que o Bozo e Bozolóides gerais - cujo "local de grunhido" é subterrâneo e currálico - empestearam o debate. Nunca d'antes se falou tanta barbaridade, asnices despudoradas, sem cabimento nem lugar algum. De sorte (e por azar) que teremos bons (maus) anos a botar o debate nos trilhos da civilidade. Boa sorte, compadre...
Pudera eu ter essa objetividade " imperfeita" do Hélio .
A Folha deveria pensar sim em reduzir a frequência das colunas do Hélio Schwartsman. Quando ele pensa antes de escrever, escreve boas colunas. Quando ele fica obcecado em se defender de qualquer crÃtica, fica muito maçante. Se a coluna dele virar semanal, dificilmente ele terá o Ãmpeto de ficar regurgitando um assunto que já morreu.
Esse "pessoal da teoria crÃtica" é medÃocre. Não querem estudar nada a fundo, mas querem criticar com base em vivências e impedindo a fala alheia... Assim é mole. "não existe objetividade nem verdade nem ciência, só subjetividades, corpos, vivências". Risos. Pessoal que se guia pela Lei do Menor Esforço. Deviam ir dançar.
Caro Hélio, li e reli o texto de Ricardo Terpeman e ele não pediu sua demissão. Cobrou, isso sim, seu entendimento sobre lugar de fala, segundo alguns teóricos, que você não reconhece e reinvindica com ironia, além de ignorar a participação da deputada Tábata Amaral no seu artigo. Você, nesse espaço na Folha, tem lugar de conforto.
Hélio, você é excelente. Continue firme no debate de ideias. Há sempre uma tentativa de linchamento moral público ao menor tipo de discordância objetiva ou subjetiva. Assim como há o bolsonarismo miliciano, há o tribalismo identitário, tal qual o nazimo e o comunismo (do seu último artigo), não são equivalentes, ou sequer são vertebrados como estes dois últimos. Entretanto, fazem mal a civilização.
Ele apontou que vc desconhece lugar de fala, portanto, sua posição de articulista não pode ser confortável. Ainda que os argumentos devam prevalecer, na prática os argumentos melhores quase sempre vem de quem tem lugar de fala, de holocausto por judeus e de racismo por negros. Por fim, sua visão de liberdade é rasa e extremista. Pensa que devemos discutir, interminável e repetidamente, ideologia antiga conhecida,indissociavel de supremacia e eliminação de etnias, que nos levou a guerra.
A mim, o artigo pareceu bastante claro. Desta vez, o colunista fugiu pela tangente.
Li o artigo do tal Ricardo agora, em busca de alguma ideia. Pena que não tem nenhuma. É o famoso mala ideológico, babando ódio e enchendo o saco.
Igual a você?
Se o objetivo da fala é um breve sumário, e é ilógico se estender como se fosse contar uma história. Isso acontece muito com o português, ou seus ascendentes. Quando vou tomar cafezinho na padaria, sempre aquele tal de Carlinhos está lá. Irritante é que ele não sabe resumir, não só ele como outros portugueses. Talvez seja este o motivo do relato de Hélio, tal qual Camões, hehe!
As pessoas que não querem ler os textos do Hélio, poderiam simplesmente ignora-los. Ou ler, e usar seu direito democrático de critica. Querer que ele seja demitido é não permitir sequer a presença dos que gostam de ler seus textos neste espaço. A menos que o Hélio cometa algum crime, querer que este espaço deixe de existir na Folha não é apenas censura, é querer longe quem gosta da linha filosófica do articulista. Espero que isso não esteja acontecendo.
Tem gado e tem vaqueiro. O problema é o vaqueiro beber demais, jogar conversa fora e o gado-nazi ruminar na ss.
Hélio, pelas suas colunas, nota-se que você é contra qualquer tipo de censura a idéias. Já deixou isso bem claro. Então você é contra ou a favor de a Alemanha ter censurado o partido nazista? Acha possÃvel nazismo sem holocausto?
Como assistente, detesto esse senhor e suas ideias
Hélio, eu geralmente gosto dos teus textos, mas tem te faltado aquela famosa autocrÃtica, que se cobra de outros. Sobre lugar de fala, claro que não se opõe à lógica ou ao raciocÃnio - não acredito que pela milésima vez temos que te dizer isso, aqui no submundo dos comentários...
O Teperman eu não sei, mas eu gostaria muito de não ver nem seu nome nas páginas desse jornal. Seu deboche aos habitos adotados pelos judeus foi de um cinismo repu g Nan te. Peça demissão, vá por mim.
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