Não há falta de imóveis, o que há é falta de dinheiro para comprar os imóveis.

O centro de Belo Horizonte é repleto de prédios que apodrecem vazios. Esses imóveis deveriam pagar IPTU proibitivo e o dinheiro ser dirigido a melhorias do transporte.

Desculpe mas não há solução para o problema. Daqui a 100 anos alguém vai relembrar da tragédia de 2022 e rezar a mesma ladainha.Nao entenderam ,ainda, que o problema é a superpopulação concentrada em cidades? Não há recurso suficiente para resolver o problema. Não há espaço muito menos condição para uma vida digna para todos.O que estamos vendo é um processo de seleção natural em que apenas os mais fortes sobrevivem.Triste realidade.

é preciso responsabilizar as autoridades politicas locais. Acontecendo um evento com uma dimensão destas, deve haver a imediata intervençao do estado e a destuição do prefeito vice e vereadores. Apos a regularização, um minimo de 6 meses, novas eleiçoes são convocadas. Fica para a população julgar se deve dar novas chances para aqueles caras porque não há nada que devia ter sido feito. Destuidos, remuneração por função publica deve ir a zero.

Mais do que no campo, as cidades precisam de um enorme processo de reforma urbana. O uso social do solo deve prevalecer também nas cidades, enquanto há pessoas com dezenas, centenas de imóveis, outros vivem ao relento ou em regiões perigosas. Isso nos conduz à problemática do racismo ambiental, da segregação espacial, já que a maior parte das pessoas que habitam essas regiões em risco iminente de deslizamento são negras. Mais uma face inglória do nosso secular apartheid social e racial!

O mais absurdo é que não há, de fato, um deficit habitacional brasileiro, o que há é uma enorme especulação imobiliária. Existem nas principais cidades, milhares de imóveis vazios a espera de valorização. Enquanto milhares de pessoas vivem como cabritos. Para resolver o problema da especulação imobiliária precisaríamos ter leis semelhantes às que existem na Inglaterra, em que há limites estabelecidos através impostos na aquisição de imóveis.

Nunca se teve uma reforma urbana no Brasil, ao menos que alguém nos aponte aqui onde?? O pobre que vive a beira do precipício não quer simplesmente abrigo em albergues ou outros locais que se colocam nomes romantizados para disfarçar. Precisamos de projetos habitacionais com o minimo de condições humanas para se viver. Triste realidade. Oremos !

É a tragedia da pobreza que se alastra sempre mais e cada vez mais com o passar do tempo. Todo o dia está presente no noticiário e assistimos os nossos governantes desconhecendo (viajando para visitar seus amigos nazistas) o drama da grande massa. Excelente artigo que desnuda a enorme desigualdade social.

Com esse Governador do Rio bissexto e herdeiro da extrema direita, que não usou nem metade da verba para contenção de tragédias, esse parece mais um sonho distópico do articulista. Mas acredito no avanço do MST, porque não há outra saída para o país que não seja pela força de organização do povo, nem mesmo Lula nos salvará, se não houver o povo avançando.

Descrição perfeita. A classe média grita, corrupção, cadê os serviços públicos, mas na hora de votar é no corrupto que faz avenida, viaduto e ponte, se fizer saneamento embaixo da terra tá lascado. Se priorizar transporte público tá lascado. Pro congresso a mesma coisa, nunca se gritou tanto contra a corrupção, nunca o centrão teve a maioria que tem hoje.

Ihhh, quando você fala uma coisa dessa (reforma urbana) você é taxado de esquerdista. Irônico, países que foram segundo mundo na Guerra Fria não tem favela, engraçado né, só tem favela em países capitalistas subdesenvolvidos, no Brasil favela, pobreza e área de risco virou marca registrada, do que seria o carnaval sem as favelas né?!

As pessoas constroem em áreas de risco porque a probabilidade de terem suas casas destruídas é baixo. Os grandes deslizamentos ocorrem a cada década, e quando ocorrem não são em geral no lugar em que você mora, mas alguns quilômetros adiante. É como os sorteios da megasena, em que quase toda semana alguém ganha, mas a probabilidade de ser você o sorteado ao longo da vida é baixíssima.

Com os atuais políticos brasileiros daqui uns quinhentos anos, talvez aconteça alguma mudança para ajudar os mais pobres a terem uma moradia digna e segura.

Indigno e desumano, com tanto espaço, nós brasileiros, obrigarmos o pobres a ocuparem terrenos urbanos inapropriados para moradia.

Um amigo meu tem parentes alemães e contou que uma vez que eles vieram para o Brasil, ao andar pelas cidades, deram uma bronca no meu amigo porque ele aceitava as favelas, moradores de rua, como se não fosse problema dele. Isso ilustra bem a mentalidade da nossa sociedade.

Excelente artigo. Quem define o planejamento das cidades são os interesses do capital. A moradia, um direito social definido em nossa constituição, se torna cada vez mais um ativo financeiro, o qual grante parte da população não tem condições de adquirir. São necessárias mudanças profundas pra sair desse poço

Muito bom seu artigo, Vinicius. Concordo inteiramente com sua análise.

O Minha Casa Minha Vida esta distante de muitos brasileiros! No Br é muito difícil conseguir juntar 20% para dar de entrada num imóvel regularizado e financiar a tx abusivas o restante. O presidente, inapto há décadas, vivia de pequenos desfalques e comprou com dinheiro vivo 14 imóveis. Pergunto: é essa camarada que terá a sacro santa proposta de reforma habitacional?

A matéria tocou em pontos essenciais! Eu já ouvir nas ruas, gente xingando o Guilherme Bolos por defender os sem tetos! Posso garantir que não foi gente rica! Quanto a tragédia em Petrópolis, é uma coisa reincidente se não me engano! Este ano é ano de eleição, os salvadores da pátria, vem aí...

Iniciativa privada jamais irá investir em algo sem retorno financeiro. Governos dito liberais também não. Os governos de esquerda tentarão, mas não vão conseguir. Os recursos são finitos e as pessoas desprovidas de bens se reproduzem em escala maior que a geração de riquezas, façam a comparação entre bairros como Guaianases e Pacaembú no crescimento demográfico em 20 anos. Aliado a isto temos a autorização e informatização dos postos de trabalho que afeta justamente as classes menos favorecidas

Parabéns OOpelo artigo

A Lei de Terras de 1850, a falta da Reforma Agrária e a falta de política pública de moradia, fazem parte do projeto da elite.

As aberrações que conhecemos como grandes cidades cresceram atendendo os interesses da especulação imobiliária e empurrando a miséria para as áreas de risco. Rios foram aterrados e espremidos, enquanto encostas ganhavam amontoados de construções precárias. Ainda que houvesse um improvável entendimento dos agentes públicos sobre a dimensão das tragédias anunciadas, veríamos a resistência das pessoas a se mudarem para longe, em função da vida que organizaram. Não há solução à vista.

Entre esperar pela iniciativa privada Brasileira, ou arriscar a si e familia contruindo em areas de risco? A populacao prefere a 2a opcao. Sabem que se a iniciativa nao vier do governo, nao vira de ninguem. Iniciativa privada so quer saber de lucros rapidos e faceis e rentismo. Nao querem nem saber de qualquer coisa complexa como investir no social, para ganhar no futuro. Ou elegemos governos de esquerda, unicos com vontade politica de encarar esse problema, ou tragedias como essa virarao rotina

Alguém aí sabe como anda o projeto da minha casa minha vida parado já 1 ano? Reforma urbana? Esse papo é desde o tempo da República velha. Como multiplicar pão com SM. E ouvi hoje que o capital não quer saber onde você mora.

A descrição do colunista me lembrou O Coracao das Trevas, de Joseph Conrad. Tal como a chacina enlouquecida na selva congolesa, a tragédia anunciada de nossas metrópoles tem uma única explicação: O horror, o horror!

Muito bom! É preciso retomar a construção de moradias para pobres. E há tantos urbanistas com ideias excelentes! Um bom prefeito deveria ouvi-los.

O discurso da reforma urbana só cabe para os ricos em condomínios.