Antonio Prata > Frequentar uma praça Voltar
Comente este texto
Leia Mais
"O que o "conservador" brasileiro conserva além da babá de branco e do medo de ser gay?" Essa frase deveria estampar camisetas por aà e alguns muros das grandes cidades brasileiras.
Prata, vc é ouro!
São poucos os bairros de Barcelona que realmente respeitam os estrangeiros (após a aventura independentista com ares de supremacismo, talvez apenas o Raval tenha se salvado). É preciso recuperar o centro de São Paulo, a esquerda da zona oeste precisa entendê-lo naquilo que ele é, único em sua riqueza, complexidade e feiura - nunca será o centro velho de Barcelona e nem mesmo de Buenos Aires - e passar a frequentá-lo, não só escrever de algum ladeira de Perdizes ou do Alto de Pinheiros.
É mesmo um bagulho de louco, Francisco, eu que não moro em sampa acho estrondoso. Pode até ser crasse mérdia, mas eu não me sinto confortável, tenho medo. E isso é o baralho de triste.
Sentado num monturo de privilégio numa praça europeia, Antonio Prata aponta o dedo e julga o rico brasileiro. Se isso não é uma piada, eu desconheço o que seja.
Desconhece mêmo!
Moro em frente à uma praça e todos os dias , logo cedo , escuto o barulho de crianças correndo , cachorros passeando com seus tutores e isto me faz bem. Na pandemia , o silêncio da praça era irritante , me deixava louco pra reclamar , sei lá com quem , mas parecia que a vida tinha se esvaido. Hoje , o barulho infernal é como música para os meus ouvidos , se bem que pela idade , escuto muito mal. No futuro vou tentar conhecer Barcelona e tentar sentir o mesmo que o Prata, tomara que consiga.
Só por garantia, pita um bequinho com a moçada! Será de grande proveito, caro Carlos!
Tem sempre um resquÃcio de sÃndrome de vira-lata em nós... e as ruÃnas da europa?
Genial Prata! Lembrou-me de um trecho de Lévi-Strauss (não é o cara do jeans azul!), imortalizado por Caetano, sobre nosso Brasil: "Aqui tudo parece que era ainda construção e já é ruÃna" um grande abraço
Hahaha, tem o Cacaso também, em jogos florais: "Ficou moderno o Brasil. ficou moderno o milagre: a água já não vira vinho, vira direto vinagre." Isso é gênio, que nem o Leminski.
O equivalente dessas praças aqui nas Américas são os shoppings. Quando fui a trabalho a uma pequena cidade do Texas, soube pelo mapa que até tinha um centro antigo, mas ninguém ia lá. O verdadeiro centro era um gigantesco Mall aberto, com amplos estacionamentos e todo tipo de loja e entretenimento.
Hahahah, cada um com seu cada qual, haha! Um amigo queridão, nomade digital desde século passado, mudou do Texas pra Califórnia: não aguentou a comida. Tudo enlatado, uma luta carÃssima pra viver de vegetal fresco e de qualidade. O tio Sam é cruel com a sobrinha da.
Boa, Prata. Resumo da ópera: o que os tais "conservadores" querem é conservar o luxo e a riqueza para os seus e perpetuar a fome e a miséria aos necessitados. Infelizmente - diferente da Europa - é esse o conceito de conservadorismo por aqui.
Muito obrigado é bom saber que não sou o único a pensar assim. Existem milhares que pensam assim, pessoas como você que nos dão vozes, contudo, parece nunca ser o suficiente pra vencer estes burgueses enfadonhos e bregas.
É isso! Eles se sentem ricos quando se vêem cercados de miséria. Liberalóides que, sob o pretexto de acumular grana que não gastariam em 1000 anos, abrem mão de viver num paÃs seguro e verdadeiramente livre aonde se possa curtir a praça sem medo.
Bonito :)
Singelo! ;-)
Ótimo, Prata! Nossas elites vivem em casas cercadas por muros altÃssimos e saem de em carros blindados, tal seu medo.
Ôôô Pratinha, Pratalúcido, fiquei meio triste nessa... É deprimente ver nossas cidades: aqui em Campinas, há um lindo centro, fruto da riqueza do café, hoje caindo os pedaços e inseguro pacas. De Barcelona, engraçado, não lembro nada, mesmo sem ter pitado coisa alguma; invejei você ter morado jovem na Zorópia, coisa que fiz velho e ckcaareta. Mas amei meu norte Tuga, dos muros limosos e meio caÃdos, das velhas rezando nos mil pequenos oratórios de Bracara Augusta. Lá, as pedras pedem preces.
Muito bom essa troca entre o local e a memória, transportando no tempo. Revivendo. Onde conclui da importância da preservação.
A nossa elite econômica é jeca. Quer mostrar alguma cultura macaqueando termos em inglês, mal fala bem o português e ainda tem medo de sair do cercadinho (shopping/condomÃnio).
Mmmmm, caro Nilton, uma alteração, se me permite: "fala mal o bom português". Quem o fala bem, elite ou não, é exceção. A elite ainda tem um outro desvio sexual, que é o corporativês: mau português junto com mal em inglês, querendo aparentar aquilo que não é em nenhuma lÃngua da terra...
Fui ontem a uma loja renomada de enxovais comprar travesseiros. Possuo algumas limitações de resÃduo neurológico. Pedi um local adequado para sentar e escolher e fui atendida. Ao ver aqueles montes de embalagens, tinha uma escrita enorme: "- Pillow top". Pedi gentilmente a vendedora que abrisse a especialidade de travesseiro- era uma colcha ou edredon. Concluà que era melhor dizer o que procurava do que utilizar meu vasto dicionário de lÃngua inglesa contruÃdo com mais de 27 anos de estudo.
Eles exercem essa "alegria civil" nas praças de Barcelona. UAI!
Rodrigo. Não foi isso que percebi, mas então alguém precisa deixar claro o que é ser elite aqui no Brasil. Porque parece que todos apontam para o outro. O que entendi da crônica foi a tristeza e o desemparo de quem não consegue sentir ou dispor, em nossa terra, daquilo que lá é comum e encanta a quem passa algum tempo em lugares como ele descreve, elites ou não. E fica oculto na crônica o sentimento de não poder fazer o mesmo na candelária no Rio ou na praça da Sé em SP.
Jorge, sem querer fazer legenda. Mas o que me parece que Fábio quis dizer é que a elite explora as babás aqui e curte as praças algures. E, guardado certo senso de proporcionalidade, Antônio Prata e Júlia Duailibi não deixam de ser parte da elite deste paÃs.
Eita, Fábio, você não entendeu nada, não? Ou, pior, entendeu. Daà que ignorância tem jeito. Já má fé e desonestidade intelectual dá nisso aqui em que vivemos.
BravÃssimo!!!
Chiara, foi só impressão minha ou o iscriupit de sençura aceitou o bravo e bloqueou o Ãssimo até agora ao meio-dia de domingo? Hahahahah, o ridÃculo sençurofrênico tá pegando....
Bravo!!!!!!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Antonio Prata > Frequentar uma praça Voltar
Comente este texto