Luiz Felipe Pondé > O mundo corporativo mostra como estupidez e progresso se dão bem Voltar
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Que fique claro: eu só mantenho minha assinatura na Folha por causa do Pondé.
Esse ponto, mora a estupidez humana, em acreditar que sozinho é capaz de algo extraordinário.
Entendi perfeitamente a posição do ponde, a ideologia do homem ou mulher que se fazem está devastando nossa sociedade. De um lado a soberba de uma minoria que consegue e é exaltado como estivesse sozinho no mundo é do aqueles que dão (literalmente) a vida por essa falsa conquista individual e não conseguem. Assim temos dois grandes prejuÃzo social, que é duas perdas de vida, sem contar a influência que essa falsa ideia tem nos demais, que fica enraivado em disfarce de tudo pelo progresso.
Pondé e sua acidez indistinta contra o Progresso. O texto é de uma irresponsabilidade comparável ao que critica. Tenho a nÃtida sensação que esse tipo de artigo ao invés de esclarecer, aliena o leitor desatento (a grande maioria) e joga na lata do lixo muita gente que trabalha honestamente por um Progresso que não significa puro marketing existencial muito menos picaretagem coach.
O Musil, no inÃcio de seu ensaio, especula que a estupidez prospera por um processo semelhante à seleção natural (embora ele não usa esse termo). Ela desarma, já que a pessoa estúpida parece menos ameaçadora. Já li que a URSS pouco depois da revolução tinha muitos lÃderes brilhantes, mas que Stalin cresceu em parte por parecer mais fosco, menos ameaçador para cada um deles. Pode ser uma explicação para que Bolsonaro e Lula sejam respectivamente os nossos lÃderes da direita e esquerda.
Em outras palavras é fácil se adaptar ao mundinho que criamos para nós mesmos e só nós mesmos.
Eu entendi no sentido de que o ser humano é o que tem menos possibilidade de evoluir, ou seja, obter progresso por se adaptar ao ambiente, porque o ser humano muda o ambiente de acordo com suas necessidades. Um exemplo, tosco é criar casacos no lugar de desenvolver pelos para se adaptar ao frio. Pelo fato do ser humano mudar o ambiente à sua conveniência ele deixa de evoluir, progredir se adaptando ao ambiente como todas as outras espécies. Isso nos estagna.
Trabalhei em uma "empresa" aonde pelo menos 60% das vendas eram produzidas por mim, aonde nunca faltei nem cheguei atrasada e nunca deixei de me portar com profissionalismo MAS em um remanejamento por mudança fui a primeira a ser cortada porque meu gerente preferia ficar com funcionárias mais jovens e bonitas.A demissão não se concretizou porque uma das funcionárias afastada por "doença" encontrou um novo emprego.A recompensa patronal da dedicação, assiduidade, produtividade ? Humilhação ...
Pondé, além do mundo corporativo, a estupidez também está no mundo evangélico, que doutrina fiéis para a infantilização. Basta ver os programas de TV, para reconhecer o modernismo tecnológico religioso fast food, que na verdade é pior do que o praticado na Idade Média. E como as pessoas são cúmplices destes golpes de Tinder-Gospel.
Ninguém defende a ideia de progresso da filosofia. A defesa do progresso na ciência é travada desde a antiguidade. Havia a tese de que a ciência genuÃna produz infalivelmente teorias verdadeiras ( Descartes, Bacon, Newton). E a tese da auto-correção da ciência (Peirce, Duhem). O problema de justificar a ciência se deslocou para justificar a indução. Há 100 anos se discute isso. Falar que há progresso certo em qualquer área é especulação.
Muito bem por sinal!
O ser humano é essencialmente frágil, esmagado por um universo infinitamente superior às suas forças. Fé em si mesmo é realmente uma ilusão: não controlamos e jamais controlaremos as contingências da vida. Ortega y Gasset já dizia que o homem é o homem e suas circunstâncias. E são essas circunstâncias, amiúde incontroláveis, que conduzem nossas vidas.
Vale a pena complementar com o último episódio de Linhas Cruzadas sobre Burnout. Abraços!
O mundo corporativo é muito duro, com pessoas querendo mostrar trabalho, fulano sentindo inveja ou desconfiança do outro, muita fofoca: reconhecer a insuficiência em nós e nos outros ajuda a não nos sentirmos diminuÃdos e a não dar tanta projeção ao outro. Por outro lado, também acho o mundo corporativo um ambiente de aprendizado: é possÃvel tirar dele algumas lições, por mais duras que sejam, é uma forma de autoconhecimento, a gente se situa como profissional (aptidões, limitações).
Pondé está perdido. Coitado. Não sabe mais como defender o neoliberalismo e tenta, num esforço de abstração, identificar equÃvocos sem sentido. Em tempos de Bolsonaro é difÃcil ser coerente.
Trabalhar em corporações, principalmente as internacionais, é um saco.
Imagino que sim. Fugi do mundo corporativo com sucesso. Talvez tenha perdido a oportunidade de receber salários e bônus polpudos, mas nada paga a liberdade e o fato de escapar da subordinação ao capital e aos seus capatazes.
E por corporativo, entenda-se grande parte do acadêmico também....
Sim! Bem observado!
Para quem vive(u) no (sub)mundo corporativo, publico e privado, cada palavra dita nesse artigo é cheia de significado. São igrejas aonde se reza a fé em si mesmo e a fé no progresso, onde não há diferença entre a psicologia e o marketing e a religião. Sim, os humanos são insuficientes para enfrentar esse mundo que habitam as empresas e os governos. Sim, o risco de aumento da estupidez é cada vez maior. Desistamos, ainda ha tempo!
A modernidade acabou faz tempo, Pondé.
Somos modernos mesmo? Esses argumentos do Pondé talvez revelem que não somos os modernos que acreditamos ser. Talvez a modernidade tenha acontecido (começado) em alguns lugares do mundo, mas não em todos. Aqui no Brasil, creio que ainda não começou.
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