Hélio Schwartsman > Quão perigosas são as fake news? Voltar
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Recebi duas hoje. A primeira sobre material escolar que seria distribuido pelo governo federal. Meia duzia de kits por 200 milhoes de reais. Weintraub. A segunda foi sobre projeto de lei popular sobre o congresso. Tudo mentira. Nao sao fakes nem boatos. Sao mentiras.
Penso nas fake news como uma espécie de distorção nas mensagens. É produção deliberada de cacofonia, com objetivos de acrescentar múltiplas variantes a um tema qualquer. Sem compromisso com a razão cria e explora bases para todos os tipos de interpretação e para os diversos graus da realidade dos fatos. Para os já 'propensos' é isca e armadilha ao mesmo tempo. (Claudia F.)
Mercier diz que o homem tem mecanismos que lhe permitem distinguir algumas fraudes; porém nós não somos convencidos por argumentos contrários a nossa posição. Somos segundo sua tese, propensos a aceitar os argumentos que de alguma forma estávamos inclinados a aceitar. Aqui reside o mistério. Pensamento errado e irracional que podÃamos antes detectar agora é tido como evidência para elaborar nossa posição que não tÃnhamos consciência antes. Essa suposição é verdadeira?Apenas validamos fake news?
Também acho muito mais irrelevantes do que se alardeia, no sentido de inventar fatos inexistentes. Mais efetivas são as 'narrativas', cujo poder está em simplificar relações de causa e efeito sobre fatos reais. Por exemplo, em 2018 a narrativa triunfante é que a polÃtica econômica e a corrupção do PT tinham afundado o paÃs. Isso não teria pegado se o paÃs não tivesse realmente afundado, e se não houvessem muitos polÃticos e empresários realmente implicados em corrupção.
Fake News é resultado da nossa moral coletiva. da ética que transpassa nosso tempo. A Folha mesmo, em nome da pluralidade e "bom debate" vem aceitando em suas páginas letras de iletrados.
No texto do autor fica subentendido que Galeano criou a teoria dos humores, mas acredito que essa teoria é anterior vinda de Hipócrates séculos antes. Assim Galeano teria resgatado essa teoria para justificar a sangrias.
Cada sociedade tem suas caracterÃsticas nas reações frente ao fenômeno das fake news. O eleitorado brasileiro, por exemplo, é formado. majoritariamente, por indivÃduos desprovidos de educação polÃtica, e assim mais suscetÃveis. Um exemplo: não adianta falar que um candidato é comprovadamente corrupto, quando o tema não é recorrente para os seus eleitores.
Lamentável que não há nada traduzido de Hugo Mercier em português.
Excelente! Um contraponto ao paternalismo institucional, que diz proteger a democracia e os cidadãos, mas, no fundo, protege a si mesmo e seus oligarcas. Ode à razão, quem sabe, o inÃcio de mudança em toda a narrativa.
As teses e opiniões absurdas sobre a Covid 19 e sobre eficácia das vacinas alimenta discursos alienados sobre vacina. Se as fake news sobre problema sanitário tão importante tem influenciado fortemente comportamentos, com consequência prática danosa, por exemplo: não vacinar as crianças. Por que fake news não teriam impacto sobre escolhas do eleitorado? Qual a justificativa para crer nisso.
Qualquer propaganda, incluindo as fake news, têm, sim, eficácia sobre os indecisos.
Em 2018, uma pesquisa amplamente divulgada revelava: "NotÃcias falsas são 70% mais compartilhadas do que as verdadeiras". Isso nos leva a hipótese: existe algo errado na constituição do ser humano, que tende preferir mentiras e descartar verdades. Contraria Aristóteles que acreditava no ser humano propenso para a busca da felicidade e da verdade.
Hélio, meu caro, nem vou discutir as proposições do mercier, mas os fatos do brexit: tortuosas e falsas notÃcias, inseridas adequadamente no contexto de quem estava na bordinha, foram extremamente efetivas. O experimento da Cambridge Analytica, muitÃssimo bem sucedido, botou a grã-bretanha de joelhos. Não sei exatamente qual aspecto essa mesma direita hidrófoba experimentará aqui conosco, mas eu não teria a mÃnima dúvida sobre o risco que corremos: o que será que mercier diria sobre minimizá-lo?
As fake news tentam mudar a opinião de quem não está nos extremos. Com a colaboração inclusive da imprensa nos últimos anos conseguiu juntar o centro com a extrema direita. E segue tentando chamar a esquerda social democrata de extrema esquerda. Lula é o oponente de Bolsonaro sim, mas não é extrema esquerda, nunca foi e os governos petistas não foram.
Frente à experiência anterior, caro HercÃlio, eu seria um pouco mais especÃfico: as falsidades não miram somente de quem não "é de esquerda" ou não "é de direita": tentam atingir aqueles cuja opinião é sujeita à modificação. Muitos dos "nem-nem" não são o alvo (e nem susceptÃveis) desta esta bobajada toda.
Pelo que o Helio descreve a Coca cola por exemplo esta perdendo tempo e dinheiro fazendo propaganda. Quem ve , já ia tomar coca mesmo. Ou seja qualquer propaganda acaba sendo desnecessaria. Gosto muito do Helio mas essa coisa coisa de ser o insentão tá ficando cada vez mais rasa a sua escrita. Não que deve ser filosoficamente profunda , mas pelo memso sair de cima do muro e dar uma opinião mais incisiva.
A indústria do tabaco conseguiu durante muito tempo espalhar fake news de que não causava câncer. Talvez não seja perda de tempo e dinheiro tão grande assim para eles. Mas a questão das fake news é: como superar os vieses das pessoas? Não vai ser fácil
Hélio, as vezes tenho a impressão que você acredita que não existe perigo algum se um sujeito apontar um revólver carregado para sua cabeça, desde que ele não aperte o gatilho. Tenho notado isso em diversas postagens. Ou você é o supra-sumo dos libertários ou tem desprezo por cautela e a prevenção.
Boa tarde pessoal. Respeito muito o Hélio mas ultimamente e já vai ai um bom tempinho, ele tem se destacado com idéias alheias um pouco superficiais em razão da pouca profundidade.Caramba Hélio dá uma mãozinha pra gente e foca mais no mundo real.
Considero a ideia de Hélio, embasada no tal livro, simplificada. A realidade é bem mais complexa! Há pessoas ig no ran tes e in gênuas que são manipuladas sim! Estudos sobre os neurônios espelhos tratam da facilidade com que nos deixamos contagiar por emoções e ideias. As redes socias disseminam fakes que impactam eleições e à democracia! É difÃcil lidar com essa realidade, mas fundamental para os ditos liberais pararem com o discurso da liberdade de expressão acima de tudo. Palavras tem poder!
Caros Andréia e Said, relembro mmmaarginalmente que não são "ideias do Hélio", mas sim aquelas que elegeu para botar em discussão - evidente, podem representar algum viés/crença pessoal. Quanto à mmmeentirada nas redes, além de alguma validade aparente, que pode pescar incautos, existe a questão da confiança interpessoal, que se estabelece ao longo do tempo. Nós mesmos, 3 comentadores constantes, podemos, eventualmente, exercer alguma influência: "ah, gosto das opiniões de fulano, vou nessa"
É isso mesmo que eu pensei, Andréia. Essa tese que o Hélio apresenta não vale para o eleitor indeciso ou eclético, mas pode valer para o voto ''cristalizado'', para aqueles eleitores que só votam num lado em oposição aos outros lados. De fato, um eleitor do partido republicano desde criancinha vai abraçar e divulgar todas as fakes sobre o partido democrata, mesmo ciente que são falsas, pois é adepto da militância cega. No fogo cruzado os indecisos acabam comprando as fakes para decidir o voto.
O problema é a indignação seletiva a imprensa, seu Hélio!! Vcs mesmos da velha imprensa vivem soltando Fake news por aqui sem nenhuma consequÊncia! Um colega seu, recentemente, publicou matéria vaticinando que a infecção pelo Corona-vÃrus não gera imunidade como a da vacina, lembra?
Blá blá blá, có có com, moo moo mooooo...!
Coitada dessa aÃ!
Será que se perdirmos pelo amor de Deus, esse cara para de publicar essas tolices?
O problema é a indignação seletiva a imprensa, seu Hélio!! Vcs mesmos da velha imprensa vivem soltando feke news por aqui sem nenhuma consequÊncia! Um colega seu, recentemente, publicou matéria vaticinando que a infecção pelo Corona-vÃrus não gera imunidade como a da vacina, lembra?
Parece que o gabinete do ódio começou a usar nomes femininos nas postagens.
Vai dormir...amanhã tem mais Carnaval.
Muuu ...
Os mais ignorantes acreditaram na mamadeira de p.r.c com certeza . A maioria da massa ignorante que votou no Bolsonaro com certeza acreditou
Falou o óbvio que todo mundo sabe. "Combate a fake news" , na realidade , é apenas uma manobra para encobrir a censura que a esquerda caviar quer impor aos que não rezam pela sua cartilha, com o colaboracionismo ativo de muitos "jornalistas/censores" da "grande mÃdia".
Ah, tá.
Vc nega o poder da propaganda Roger? Palavras tem poder! O ponto mais sensÃvel do desgoverno Bolsonaro é a propaganda pelas redes sociais, tira isso dele e não sobra nada!
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