O gasto do dinheiro público nas eleições é absurdo e sem sentido. Os partidos deveriam financiar seus candidatos com contribuições dos filiados, sem dinheiro público e sem dinheiro das empresas. Os fundos públicos e o dinheiro privado distorcem o processo eleitoral. Os partidos e candidatos deixam de ter as mesmas condições e as mesmas oportunidades, o que deveria ser a regra básica e fundamental de toda democracia. A regra atual favorece os candidatos dos partidos ricos e impede a renovação.

Hiperfragmentação ou cartel legislativo. De distorção em distorção, vamos caminhando rumo a processos políticos/eleitorais cada vez mais oportunistas e incoerentes. (Claudia F.)

Ótimo artigo. Fiquei com uma dúvida. No gráfico apontado é o gasto global de todos os países onde o Brasil se destaca, correto? Gostaria de um gráfico comparando algumas variáveis como tamanho da população/eleitorado e território, pois ambas são variáveis que implicam em termos campanhas mais caras.

A simples observação do gráfico mostra que o Brasil destoa da "ordem mundial." Esta montanha de dinheiro servirá para viabilizar partidos nanicos e sem representatividade, dirigidos por políticos corruptos, com a finalidade de relativizar a democracia, visto que freia a renovação do Congresso e nos mantém sob o eterno jugo de políticos retrógrados que impedem as reformas e apenas se aproveitam do dinheiro do povo

Caríssimo (ops!, apenas afirmo o quão me és querido, nada mais!), São Paulinho da Viola já cantou que "dinheiro na mão é vendaval". O pior disso tudo é que não tem franciscanismo na coisa: a gente dá sem receber, a democracia que vem de troco é um lixo. Neguinho tinha, no mínimo, que conquistar as verbas com um projeto de campanha: o que ele vai fazer com aquela grana? Proponha, ajambre suas ideias, e receba financiamento. Aí se poderá fiscalizar minimamente, cobrar um básico de retidão.

Coluna sensacional. Mostra que o Brasil tem os maiores gastos públicos do planeta com partidos e campanhas eleitorais. Isto é mesmo necessário? Bom para as cúpulas partidárias, ruim para a democratização dos partidos com incentivo ao surgimento de novas lideranças. Isto precisa mudar.