Elio Gaspari > Em 1917, o czar não entendeu nada Voltar
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Faço das suas palavras as minhas, Luiz Marcelo Zerbini Pereira.
O Czar permanece não entendendo nada. Londres fica em Washington que é uma aldeia de Jerusalém. Mas quem entende?
A história é cruel. O czar e a famÃlia (mulher e seis filhos) foram executados a tiros de revolver à queima roupa e sem possibilidade de defesa. Tempos depois autoridades russas concluÃram que não havia necessidade de tamanha crueldade. Simplesmente os Romanov poderiam ter sido banidos ou asilados na Dinamarca. Se arrependeram tanto quanto vão se arrepender de bombardear a Ucrânia, pátria irmã!
Élio Gaspari, vive de sonhos, estamos no século 21, olha que leio, muito tenho uma biblioteca em casa sobre o mundo, de todas a guerras, acorda meu amigo, quem és tu para falar alguma coisa, só porque escreveu sobre a Ditadura Escancarada, tenho todos o seus livros sobre a Ditadura no Brasil, acorda
Em mil novecentos e dezessete o Czar não entendeu nada, mas um século depois, o Czar possui um arsenal nuclear.
Em 1917, o czar não entendeu nada, mas já se passaram mais de cem anos, e o mundo deve entender que o Czar atual tem um arsenal atômico com capacidade para acabar com a raça humana e grande parte dos seres vivos deste planeta.
" E Dostoiévski gritava loucamente " a beleza salvará o mundo!. Maktub
Com a guerra civil pós-Revolução de Outubro, a Ucrânia acabou solapada pelo comunismo de guerra de Lênin. Além desse sufocamento dos ucranianos pelo Exército Vermelho, importa lembrar o Holodomor (terror da fome), advindo da coletivização forçada da agricultura sob o regime de Stalin. Há muito romantismo acerca da Revolução Bolchevique e da constituição das URSS, o que não oblitera a lucidez de Lênin: "Há cinco anos estamos sozinhos... guerra e fome, devemos perecer?"
Prezada Palona, Lenin se baseava na guerra de classes, conceito discutÃvel hoje; criou-se "Comitês de Pobres Rurais" para que camponeses mais pobres coagissem seus vizinhos em situação melhor a entregar o excedente. Em 1918, Lenin numa carta disse: enforque 100 cúlaques. Para evitar o confisco a produção diminui. Em 1988, 96% da força de trabalho era do Estado. Na Rússia de hoje 10% controlam 85% da riqueza nacional.
A ideia de revolução não vingou. "Tudo que era sólido se desmancha no ar", inclusive a ideia de revolução. Em 8 de novembro 1917, Lenin faz o "Decreto da Terra", redistribuição forçada de terras dos nobres. Em 1919, 97% das terras cultiváveis foram passadas aos camponeses, porém temendo que a distribuição igualitária criasse agricultores pequeno-burgueses, houve pressão pela coletivização da terra, o horror que viria, principalmente no Holomodor da Ucrânia. Vejam o filme A Sombra de Stalin.
Correção: Holodomor
O Nicolau plantou o que colheu: sua decisão de iniciar uma guerra de grandes proporções para defender o estado terrorista da Sérvia foi uma catástrofe para a Rússia e para a Europa. Como consequência perdeu o trono, e a Rússia grande parte de seu território europeu poucos meses depois, quando Lenin entregou aos alemães tudo o que eles queriam.
Sua resposta não me surpreende Marcos. Na verdade eu já imaginava pela maneira como você se expressa. Também estou muito pessimista em relação a tudo.
Falando em mundo para usufruir, caro Marcos Benassi o que você ainda vislumbra para o futuro, se houver, quando dá uma espiada em geral nas perspectivas que se avizinham no Brasil e no planeta?
Viva o poder de Gaia: regenerativo e promotor da vida! Em algum momento da história, a humanidade se desgarrou da natureza; pode ter sido no momento em que um indivÃduo decidiu que o pedaço de terra em que ele pisava passaria a ser propriedade dele (e dos herdeiros dele), ou quando se aprendeu a desmatar para cultivar as plantas de interesse. A cooperação deu lugar à competição. O mundo será melhor - como já foi antes - sem o (ex) bicho homem
Xiiii, cara Gaya... Perguntar pra pessimista? Aviso de auto-spoiler: opinião desgracenta em frente. Eu acho que nóis nosfú, ainda não agora, mas em breve. Não vai dar tempo. Quem teve a sorte ou precaução de não deixar descendência, ótemo. Quem ainda é jovem, que cuide do entorno, pra dar tempo de aproveitar mais um pouco. Se o planeta der sorte, a espécie some logo e destrói menas; caso não, levará só mais uns 5o milhões de anos pra repovoar com algo menos daninho. Zeus, joga o raio, Mano!
Se há insinuação de analogia entre o czar e o autocrata do Kremlin, a diferença é que agora não há dezenas de milhares nas ruas, nem greve de duzentos mil trabalhadores, não há confraternização de soldados com operários e não existem mais Lênin, Trostky ou Stálin. Nem há uma Akhmatova à procura de um táxi. O que há é a censura à imprensa, a condenação a quinze anos para quem criticar a guerra e um ex-agente da kgb querendo reconstruir o império russo. A História só se repete como farsa?
E, diante de tudo isso, como confirmar o voto em um candidato que quer estabelecer a censura na mÃdia?
Olha, caro Carlos, pode ser que sim: dado o ridÃculo que nos acompanha cotidianamente, e o sentido mais amplo da "farsa teatral", bobeou é isso mêmo. Capaz das Parcas terem extingüido temporariamente a tragédia: deixaram só a desgraça, a falsidade e o ridÃculo.
Por outro lados as sanções à Rússia, como a retirada do sistema Swift, terão consequências globais. Se não há trabalhadores nas ruas e a guerra é chamada de operação especial para prestar assistência à república popular de Donbass, os oligarcas é que tramarão contra o Kremlin para defender seus interesses e iates luxuosos?
E como ressaltou o leitor abaixo, Putin, o Napoleão do Kremlin, tem um arsenal nuclear nas mãos.
Eita, sêo Elio, quem será o bolchevique da vez? Até medo de pensar quem é que substituirá o Pudim de Polônio. Deve ter fila de candidato a autocrata; resta saber quem é que segura a onda do Serpentário Mundial 2O22...
Certamente o Putin estudou essa história em algum momento da vida. Se bem que, para todo ser humano, vale um pouco aquela canção : A lição sabemos de cor, só nos resta aprender. Todavia, ele conta com uma vantagem fundamental : O czar não tinha armas nucleares.
Lá isso é. Mas também não tinha um bando de gente ao redor do botão, tentando segurar o dedo. Se apertar, as benesses podem até continuar, vai faltar é mundo para usufruÃ-las...
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