Hélio Schwartsman > Dá para antecipar o lugar que a invasão da Ucrânia terá na história? Voltar
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Muito boa essas observações. Tiro por minha reação à tragédia recente em Petrópolis, desta vez muito mais pesada pra mim que conheço pessoalmente uma das vÃtimas.
Lee McIntyre lista 8 problemas para as ciências sociais contemporâneas. 1. Muita teoria, pouca evidência empÃrica 2. Falta de experimentação 3. Conceitos obscuros 4. Infecção ideológica 5. Escolha de dados 6. Falta de compartilhamento de dados pelos pares 7. Falta de replicação 8. Causação questionável, correlação não é causa. A ideologia faz com que algumas correntes não aceitem evidências contrárias nem a favor. A mente do cientista social precisa lidar com os sentimentos da natureza humana!
Uma consequência possÃvel da guerra e das sanções econômicas asfixiantes contra a Rússia não é a queda do Gov. de Vladimir Putin. É uma maior parceria econômica e geopolÃtica da Rússia com a China. Seria um tiro pela culatra do Ocidente.
Previsões são muito difÃceis, especialmente sobre o futuro. Em uma recente entrevista disponÃvel no youtube no btg-pactual, o Ciro Gomes lá pelas tantas afirmou e repetiu com ênfase que não haveria guerra. E destilou profundas razões econômicas e geopolÃticas que o embasavam. Por infelicidade, a invasão começou no dia seguinte! O Putin, sendo um neófito na região, não sabia das razões do Ciro...
Prezado José Cardoso, parece que o futuro é mesmo opaco para as ciências sociais.
O Ciro esqueceu de prever o passado: não combinou com os russos. Falando em augúrio, é péssimo, pelo menos no que diz respeito à sua candidatura...
Mikhail Kabelovsky, professor da USP-URSS (Universidade de São Petersburgo-Rússia), repercutindo o texto do eminente Helio SchWARtsman sobre a WAR Rússia vs Ucrânia, disse: “Já assistimos à invasão: do Afeganistão, do Iraque, da Crimeia, da LÃbia, das Malvinas argentinas, ao Capitólio, corintiana, do trÃplex, de perfis de redes sociais, de ratos, etc. Essa será apenas mais uma na história da humanidade; assim caminha a humanidade sem humanidade”. Huuummmm..., humano, demasiado humano.
(cont.)As séries tipo Walking Dead vem se tornando bem provável de acontecer nesse ambiente que vem se construindo a semiologia filosófica das artes hoje, mas não são nada excitantes nessa perspectiva, pois não sobrarão mortos vivos, mas só mortos no fim da humanidade.
(cont.).Na sua última obra, Enciclopédia, é que Hegel vai colocar a Paz Eterna e Universal como o princÃpio máximo dos tratados internacionais. Talvez tendo em vista dos desmandos e crueldades das Guerras Napoleônicas, precursoras das grandes guerras do século XX.
Parece uma confirmação inviezada da parte da fenomenologia em que Hegel falava isso das guerras, como uma forma de tirar as pessoas do torpor, e buscar formas de melhorar a realidade. Só que no inÃcio do Século XIX as guerras não tinham a capacidade de destruição total de hoje em dia, sendo essa parte do hegelianismo sua face mais deplorável. Na sua última obra, Enciclopédia, é que ele vai colocar a Paz Eterna e Universal como o princÃpio máximo dos tratados internacionais.(cont.).
(cont.) Esse clima torpe e niilitista propadado semiologicamente tem fortes reflexos na conjuntura neurológica social, gerando a busca de mais drogas, inclusive lÃcitas, e as crises como a dos opióides nos EUA. Estou beirando 60 anos, e passei grande parte de minha vida polÃtica tendo como bandeira comum a todos, indiferente de ideologias, a paz a partir da secunda metade do século XX depois das grandes guerras. Agora isso parece longe. Muita gente acha a guerra simples, um jogo de videogame.
O mundo do século XXI vem se tornando um mundo de desencanto. Pondé invariavelmente aqui na Folha fala desse clima. Não há mais utopias, as séries americanas, que são uma fonte de influência semiológica da realidade, não mais só ideológica, pois a ideologia liberal burguesa se proclamou vitoriosa , todas refletem esse clima, a mais radical é Walking Dead, todas têm como base um humor torpe e niilista, o que gera o estado de destruição interna que trasborda para o todo real.
Será feito pelos profetas do jornalismo e do mundo acadêmico. Teses e mais teses. Com a mesma exatidão das previsões econômicas. Confiabilidade zero. Depois, em retrospecto, explicar-se-á tudo.
Ôôô, Hélio, a coisa fica difÃcil falando no atacado, mas é muito mais certeira quando se age no varejo. O Brexit, por exemplo, foi um excelente experimento de predição e controle de comportamento, metodologia exercitada noutros cantos, Brasil incluso. Não se esperava o Bozo, de fato, foi parte do conjunto de contingências que não se controlou. Mas nos bote diante de um contexto bem organizado: ativa-se aquilo que nos aproxima dos ratinhos na gaiola. Por vezes, psicologia é *história de ré*.
O que da pra antecipar é que a vida do 'outro' está valendo muito pouco nessa nossa época.
Mas isso não é predição, Flávio: é a constatação que se faz a olho nu. É só olhar o jeitão que a polÃcia chega nas nossas favelas. Em Salvador, enquanto os "de bem" festejavam em privado, uns meganhas estuporaram uns pretinhos na quebrada, em público - quase que a mãe de um deles foi junto. E olha que foi em Salvador, uma cidade negra pra caramba.
A diferença entre a "intervenção americana" no Afeganistão (palavras do autor)e "invasão da Ucrânia" é óbvia : as vÃtimas no conflito são brancos de olhos azuis e o interventor (ou invasor,como queira) não é os EUA. Se a Rússia fizesse uma intervenção militar em algum paÃs da Ãfrica ou qualquer outro não alinhado aos EUA, nao haveria maiores repercussões.
Este "conflito" é regional, e não tem ou terá grandes consequências para o mundo e especialmente para a história. A lição que se tira e provavelmente será discutida nos livros é que de um lado temos um ex-agente do serviço secreto de uma ditadura comunista, saudoso dos dias de glória da ex-URSS, e de outro, um palhaço que, sem qualquer condição assumiu a direção de uma paÃs de pouca importância, e age como um moleque birrento quando contrariado (vide sua reação à negativa da OTAN em auxiliá-lo
Quem entende de invasão são os EUA. Seja diretamente ou fornecendo armas.
"Invasão" não é Guerra, Israel faz isso, Estados Unidos faz isso, Guerra mesmo se mostra as VÃtimas mortas, Cadáveres, como nessa Pandemia atual que já está acabando, essa tal de Guerra na Ucrânia nunca foi Guerra, é tomada de Poder de um Governo fraquÃssimo e Comediante demais, vamos torcer pra nunca o Tiririca chegar aqui a Presidência, senão, até a Venezuela nos invadiria.
Bem se vê que você precisa ver um oculista, barná: o Tiririca é exemplar no legislativo. No mÃnimo, um protótipo de funcionário que compareceu ao batente, exercitou lindamente o aprendizado da função. Diferente, muito diferente, da turminha do Bozo. O problema não são os palhaços, são os quadrúpedes.
No longo prazo não dá pra saber. No curto é óbvio que muitos paÃses investirão mais em Defesa. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. A indústria bélica agradece. Provavelmente os europeus vão repensar suas matrizes energéticas. E quem garante que, se as sanções fizerem muito estrago, Putin não seja destronado?
Deve ser o mesmo lugar que as invasões e ataques dos EUA ocupam. (Iraque, Libia e etc e etc..).
Qualquer guerra é difÃcil de prever algo, esta é pior pois temos um provável louco que tem o botão de acabar com o planeta!
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