Hélio Schwartsman > Dá para antecipar o lugar que a invasão da Ucrânia terá na história? Voltar

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  1. xikito ferreira

    Muito boa essas observações. Tiro por minha reação à tragédia recente em Petrópolis, desta vez muito mais pesada pra mim que conheço pessoalmente uma das vítimas.

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  2. Vito Algirdas Sukys

    Lee McIntyre lista 8 problemas para as ciências sociais contemporâneas. 1. Muita teoria, pouca evidência empírica 2. Falta de experimentação 3. Conceitos obscuros 4. Infecção ideológica 5. Escolha de dados 6. Falta de compartilhamento de dados pelos pares 7. Falta de replicação 8. Causação questionável, correlação não é causa. A ideologia faz com que algumas correntes não aceitem evidências contrárias nem a favor. A mente do cientista social precisa lidar com os sentimentos da natureza humana!

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  3. Alexander Vicente Christianini

    Uma consequência possível da guerra e das sanções econômicas asfixiantes contra a Rússia não é a queda do Gov. de Vladimir Putin. É uma maior parceria econômica e geopolítica da Rússia com a China. Seria um tiro pela culatra do Ocidente.

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  4. José Cardoso

    Previsões são muito difíceis, especialmente sobre o futuro. Em uma recente entrevista disponível no youtube no btg-pactual, o Ciro Gomes lá pelas tantas afirmou e repetiu com ênfase que não haveria guerra. E destilou profundas razões econômicas e geopolíticas que o embasavam. Por infelicidade, a invasão começou no dia seguinte! O Putin, sendo um neófito na região, não sabia das razões do Ciro...

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    1. Vito Algirdas Sukys

      Prezado José Cardoso, parece que o futuro é mesmo opaco para as ciências sociais.

    2. Marcos Benassi

      O Ciro esqueceu de prever o passado: não combinou com os russos. Falando em augúrio, é péssimo, pelo menos no que diz respeito à sua candidatura...

  5. Ezequias De Lima

    Mikhail Kabelovsky, professor da USP-URSS (Universidade de São Petersburgo-Rússia), repercutindo o texto do eminente Helio SchWARtsman sobre a WAR Rússia vs Ucrânia, disse: “Já assistimos à invasão: do Afeganistão, do Iraque, da Crimeia, da Líbia, das Malvinas argentinas, ao Capitólio, corintiana, do tríplex, de perfis de redes sociais, de ratos, etc. Essa será apenas mais uma na história da humanidade; assim caminha a humanidade sem humanidade”. Huuummmm..., humano, demasiado humano.

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  6. Marcos Valério Rocha

    (cont.)As séries tipo Walking Dead vem se tornando bem provável de acontecer nesse ambiente que vem se construindo a semiologia filosófica das artes hoje, mas não são nada excitantes nessa perspectiva, pois não sobrarão mortos vivos, mas só mortos no fim da humanidade.

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  7. Marcos Valério Rocha

    (cont.).Na sua última obra, Enciclopédia, é que Hegel vai colocar a Paz Eterna e Universal como o princípio máximo dos tratados internacionais. Talvez tendo em vista dos desmandos e crueldades das Guerras Napoleônicas, precursoras das grandes guerras do século XX.

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  8. Marcos Valério Rocha

    Parece uma confirmação inviezada da parte da fenomenologia em que Hegel falava isso das guerras, como uma forma de tirar as pessoas do torpor, e buscar formas de melhorar a realidade. Só que no início do Século XIX as guerras não tinham a capacidade de destruição total de hoje em dia, sendo essa parte do hegelianismo sua face mais deplorável. Na sua última obra, Enciclopédia, é que ele vai colocar a Paz Eterna e Universal como o princípio máximo dos tratados internacionais.(cont.).

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  9. Marcos Valério Rocha

    (cont.) Esse clima torpe e niilitista propadado semiologicamente tem fortes reflexos na conjuntura neurológica social, gerando a busca de mais drogas, inclusive lícitas, e as crises como a dos opióides nos EUA. Estou beirando 60 anos, e passei grande parte de minha vida política tendo como bandeira comum a todos, indiferente de ideologias, a paz a partir da secunda metade do século XX depois das grandes guerras. Agora isso parece longe. Muita gente acha a guerra simples, um jogo de videogame.

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  10. Marcos Valério Rocha

    O mundo do século XXI vem se tornando um mundo de desencanto. Pondé invariavelmente aqui na Folha fala desse clima. Não há mais utopias, as séries americanas, que são uma fonte de influência semiológica da realidade, não mais só ideológica, pois a ideologia liberal burguesa se proclamou vitoriosa , todas refletem esse clima, a mais radical é Walking Dead, todas têm como base um humor torpe e niilista, o que gera o estado de destruição interna que trasborda para o todo real.

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  11. Peter Janos Wechsler

    Será feito pelos profetas do jornalismo e do mundo acadêmico. Teses e mais teses. Com a mesma exatidão das previsões econômicas. Confiabilidade zero. Depois, em retrospecto, explicar-se-á tudo.

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  12. Marcos Benassi

    Ôôô, Hélio, a coisa fica difícil falando no atacado, mas é muito mais certeira quando se age no varejo. O Brexit, por exemplo, foi um excelente experimento de predição e controle de comportamento, metodologia exercitada noutros cantos, Brasil incluso. Não se esperava o Bozo, de fato, foi parte do conjunto de contingências que não se controlou. Mas nos bote diante de um contexto bem organizado: ativa-se aquilo que nos aproxima dos ratinhos na gaiola. Por vezes, psicologia é *história de ré*.

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  13. Flávio Sasso

    O que da pra antecipar é que a vida do 'outro' está valendo muito pouco nessa nossa época.

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    1. Marcos Benassi

      Mas isso não é predição, Flávio: é a constatação que se faz a olho nu. É só olhar o jeitão que a polícia chega nas nossas favelas. Em Salvador, enquanto os "de bem" festejavam em privado, uns meganhas estuporaram uns pretinhos na quebrada, em público - quase que a mãe de um deles foi junto. E olha que foi em Salvador, uma cidade negra pra caramba.

  14. LEANDRO FERREIRA

    A diferença entre a "intervenção americana" no Afeganistão (palavras do autor)e "invasão da Ucrânia" é óbvia : as vítimas no conflito são brancos de olhos azuis e o interventor (ou invasor,como queira) não é os EUA. Se a Rússia fizesse uma intervenção militar em algum país da Ãfrica ou qualquer outro não alinhado aos EUA, nao haveria maiores repercussões.

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  15. Humberto Giovine

    Este "conflito" é regional, e não tem ou terá grandes consequências para o mundo e especialmente para a história. A lição que se tira e provavelmente será discutida nos livros é que de um lado temos um ex-agente do serviço secreto de uma ditadura comunista, saudoso dos dias de glória da ex-URSS, e de outro, um palhaço que, sem qualquer condição assumiu a direção de uma país de pouca importância, e age como um moleque birrento quando contrariado (vide sua reação à negativa da OTAN em auxiliá-lo

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  16. Cleomar cordeiro

    Quem entende de invasão são os EUA. Seja diretamente ou fornecendo armas.

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  17. José Augusto Bernabé

    "Invasão" não é Guerra, Israel faz isso, Estados Unidos faz isso, Guerra mesmo se mostra as Vítimas mortas, Cadáveres, como nessa Pandemia atual que já está acabando, essa tal de Guerra na Ucrânia nunca foi Guerra, é tomada de Poder de um Governo fraquíssimo e Comediante demais, vamos torcer pra nunca o Tiririca chegar aqui a Presidência, senão, até a Venezuela nos invadiria.

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    1. Marcos Benassi

      Bem se vê que você precisa ver um oculista, barná: o Tiririca é exemplar no legislativo. No mínimo, um protótipo de funcionário que compareceu ao batente, exercitou lindamente o aprendizado da função. Diferente, muito diferente, da turminha do Bozo. O problema não são os palhaços, são os quadrúpedes.

  18. RICARDO BATISTA

    No longo prazo não dá pra saber. No curto é óbvio que muitos países investirão mais em Defesa. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. A indústria bélica agradece. Provavelmente os europeus vão repensar suas matrizes energéticas. E quem garante que, se as sanções fizerem muito estrago, Putin não seja destronado?

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  19. Mauro Machado Gonzaga

    Deve ser o mesmo lugar que as invasões e ataques dos EUA ocupam. (Iraque, Libia e etc e etc..).

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  20. Antonio Ferreira de Castilho

    Qualquer guerra é difícil de prever algo, esta é pior pois temos um provável louco que tem o botão de acabar com o planeta!

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