João Pereira Coutinho > Vítimas da guerra na Ucrânia são notadas apenas por serem brancas? Voltar
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São contragolpes de quem sabe que está perdendo mas querendo demonstrar que ainda pode muito
Ação dos EUA na Ucrânia com seus subordinados da OTAN é mais um siinal de declÃnio que de poder. Veremos o que acontecerá daqui pra frente. Novos poderes se avizinham, talvez da China, da Ãndia, com certeza com menos racismo e- espero, sem imperialismo de antes
ainda nao houve nenhuma açao ds eua nem d otan n ucrania tao somente a d Russia com pesados bombar deios indiscriminados por se sentir *ameaçada* - tipo a tal intensa emoçao e medo q legitimaria nossas forças policiais a matar cidadaos sem precisar saber se sao 'bandidos' ou nao; a inaçao ds eua e otan deve-se de novo á ameaça d Russia ao alertar q colocou seu arsenal nuclear em 'on" - se alguem apertar o botao sera um efeito domino letal pro planeta
muito bom !
Prezado Professor Coutinho, percebo que o número de comentaristas está aumentando. Fico feliz, pois o primeiro passo para a conversão dos progressistas é a revolta deles. Ótima análise, mas como elencado abaixo, faltou a discussão sobre o Iêmen. Tentarei ir a Porta Alegre ver sua palestra. Um forte abraço.
A citação ao Adam Smith foi perfeita. Lembro de uma passagem da Riqueza das Nações, onde ele diz algo como: 'é mais fácil alguém perder o sono se correr o risco de amputação de seu dedo mÃnimo do que ao ler sobre um terremoto em outro continente que matou e desabrigou milhares de pessoas.' Os moralistas podem lamentar que o ser humano não tenha um sentimento mais universal de compaixão, mas é assim mesmo que somos.
a reflexao de Luis Candido abaixo é pertinente lucida e pontuada de ironia ao comentario de Cardoso; deixa a mostra espasmos imperialistas ao longo da historia enquanto acenam afetos como compaixao, honra e assemelhados - mas deixam ao largo a cobiça que move o kapitalismo
É, José, o ser humano deixa muito a desejar, mas algumas iniciativas podem ser tomadas para que não sejamos necessariamente tão miseráveis. O exemplo do terremoto é muito conveniente, pois é um fenômeno natural. No entanto, se pode prevenir contra o envio de uma esquadra da marinha britânica para atacar a Ãndia, como nos tempos de Adam Smith, ou da marinha americana para atacar qualquer um em qualquer lugar. Também se pode prevenir uma invasão russa deixando de lado a expansão ilimitada da OTAN.
No Brasil não há liberais, só gente que usa o santo nome (para eles) do Liberalismo para validar suas práticas escravistas. Pensei que poderia acha-los na Europa, como o português Coutinho, cujo maior sonho deve ser uma conversa com o Adam Smith (o meu é com o Tom Jobim). Mas artigos como este não deixa dúvidas: Liberalismo é colonialismo e decorrente racismo com modos à mesa.
Que volta pra negar o óbvio, hein, pequeno Couto?!
A guerra da Rússia contra a Ucrânia expôs o eurocentrismo vigente. Há conflitos armados em quase 30 paÃses. Populações na SÃria, no Afeganistão, na Nigéria, em Mianmar, no Congo, no Iraque, na Somália, no PaquistãoÂ… vivem em clima de constante instabilidade, rodeadas pelo medo, pela destruição e pela morte. No Iêmen, onde segundo a ONU está instalada a mais grave crise humanitária do planeta, mais de 10 mil crianças foram mortas ou mutiladas num conflito que se arrasta há sete anos. Ok?
Há um outro elemento, o fato de que toda guerra, no seu inÃcio, é um chamariz para a imprensa; a depender de sua duração, ela vai se diluindo no noticiário. Quando se trata desta guerra, creio que estejam em xeque os valores da democracia, do livre mercado, da soberania nacional, da integração regional para a paz (a União Europeia é um modelo disso), algo em que queremos acreditar. Uma pergunta: havia necessidade de fazer deste texto um recurso para diminuir a questão identitária?
Excelente, sóbria e indispensável análise. Parabéns!
Os únicos jornalistas brasileiros que vem apontando de forma correta o que está acontecendo de verdade na Guerra na Ucrânia são os jornalistas Reinaldo Azevedo e Guga Chacara. Os demais vem tratando a guerra como torcida de futebol, com visão maniqueÃsta. Esquecem que os EUA, com sua polÃtica imperialista vem a muitos anos semeando guerras. A maiorias dos jornalistas vem estimulando a xenofobia contra os russos e demostrando o seu racismo. Essa solidariedade com os ucranianos é cinismo puro.
Não confundir aversão aos ditadores que estão por traz das guerras, com aversão ou xenofobia aos seus povos, que são vÃtimas. Ao se colocar de forma tão reativa contra os EUA não seria demonstração de xenofobia contra os americanos, ou seja, racismo?
O Ocodente, leia-se EUA e seus vassalos, sempre tem justificativa para todas as atrocidades que cometeram ao lo go da história. Os grandes genocÃdios da humanidade foram todos praticados por "europeus", colonialistas, invasores e saqueadores de primeira hora. Agora o fazem sob a orquestra do maestro americano, quem afinal banca a OTAN, um mero artefato simbólico a dar guarita à s operações militares de interesse dos EUA. Toda guerra é abjeta. Está não é diferente das outras. Só querem que seja.
Caro Armando, sei não: alguns, como os de Ruanda, podem ter o dedo do europeu no nÃvel do colonialismo que botou no poder as barbaridades que sabemos. Mas vários naquele mesmo continente, na Ãsia - a China, quantos promoveu? - são de loucuras próprias à nossa (des)humanidade. Da qual se aproveita o capital, vilão do momento.
Um paÃs que baniu partidos de esquerda, tem governo que permite a participação de nazistas e a atuação de uma milÃcia nazista que volta e meia promove massacres, ainda é uma democracia? A imprensa não tem dúvida quando são paÃses de atuação parecida mas com governos considerados de esquerda. Zelemsky pode não ser nazista, mas convive bem com eles e os permite agir inclusive com milÃcia.
A guerra na Ucrânia é execrável, mas o Afeganistão e o Iraque não derrubaram as torres gêmeas. O Bin Laden era saudita, por que não invadiram lá? Essa conversa está sem uma perna.
O artigo de Coutinho é um sofisma inconteste. A polêmica cobertura da grande imprensa sobre a guerra mostra que o conflito não se faz apenas de bombas; mostra, ainda, que nem todo texto que pretenda tratar da guerra dela se ocupa de fato. Coutinho expele aqui o mesmo veneno de Risério e Narloch. É dessa turma ressentida que Coutinho se aproxima. Convoca a lógica, e só faz relativizá-la para manter as coisas no seu "devido lugar": privilégio branco, racismo midiático, empatia seletiva etc.
O problema desta guerra entre Ucrânia e Rússia, é querer demonizar só o Putin! O ocidente tem culpa nisso também! Eu duvido que um homem numa situação privilegiada, queira arrumar uma encrenca tão grande pra si, como uma guerra! Eu não acredito que o Putin entrou nesta guerra por vaidade...
Coutinho, meu caro, nem precisamos ir longe, é o contraste da morte na paulista e na quebrada: Paulista, Pinheiros, Higienópolis, é por onde a "gente de bem" trafega, a barbarie não pode tocá-la assim de perto. Na quebrada, pode: além de ser o lugar natural de preto, pobre e diferente de mim, está distante. É sempre melhor A análise informada pela história, como a sua; mas uma boa constatação do evidente em nossa fuça, também quebra um galho...
Excelente!
Boa matéria. Os europeus se lembram, e as lembranças são terrÃveis. O invasor nunca tem razão. Putin já levou sua amante e os 4 filhos com ela para o Ticino. A primeira e a as duas filhas, para lugar secreto é seguro na Rússia. E o iate de 100 milhões, retirado à s pressas da Alemanha. Um verdadeiro patriota, esse Putin. Tão dedicado ao bem estar de seu povo.
Coutnho, bem vindo ao grupo "Baderna Mental" de colunistas da Folha.
Melhor tivesse ficado calado. Justificar lÃbia Afeganistão SÃria Somália Iraque yemen ? Pede cidadania América e Good travel by by
Isso tudo é muito complicado. Precisamos de bilhões de explicações sociológicas, uma para cada pessoa. E para cada pessoa algumas novas explicações, uma para cada variação de humor. Ou então generalizar e jogar tudo na vala (trincheira em época de guerra) comum, seja do racismo, do fascismo ou qualquer outro ismo.
Para usar uma expressão da moda: o articulista realmente passou pano. Evidente que um recuo como esse só poderia acontecer no Brasil, paÃs no qual as pessoas rejeitam até o leito de morte a hipótese de serem racistas. Porém, quem é negro sabe exatamente o racismo que temos aqui. Foram várias matérias internacionais destacando o choque dos jornalistas por se tratar de uma guerra num paÃs: "relativamente europeu" , "relativamente civilizado" que atinge pessoas "loiras de olhos azuis"!!
A história não se repete. Isso seria anacronismo. O que estamos vendo é algo se não novo, algo não visto a muito. A queda de um império, e não é o de Putin.
Credo! Esquerda em polvorosa.
Texto perfeito, irretocável. O povo branco também é gente e merece solidariedade. Putin é um desequilibrado.
Esse artigo foi constrangedor. Há um conflito idêntico rolando no Iemen nesse momento, por que não vemos sanções fortes aos sauditas? São 400 mil iemenitas mortos porque a Arábia Saudita não admite que eles escolham os rumos de seu paÃs. Coincidência? O palhaço não é Saddam, mas o ensino de russo foi proibido... para os russos. Ademais, Stalin, pai dos grandes crimes na Ucrânia, não era russo, mas georgiano. São detalhes sempre (e curiosamente) esquecidos.
Querem controlar até as nossas afinidades???
Com a mesma leviandade que descreve a agressão russa, minimiza a brutalidade norte-americana. Por acaso o fato de o Afeganistão dar abrigo a um ou outro terrorista simplesmente cancela as regras de Direito Internacional? No Iraque, a casus belli eram as armas (inexistentes), não a brutalidade de Saddam. Mentiram descaradamente para o Mundo na sanha pela invasão. E pq diabos esses pretextos justificariam empatia zero com iraquianos (e afegãos, somalis, iemenitas) pela mÃdia ocidental?
Não é por que sejam brancas. É porque são brancas, louras e de olhos azuis - e "educadas", segundo admitiu descaradamente o primeiro ministro da Bulgária.
Que temos um grande elemento racista na repercussão desta guerra é óbvio. Mas o que é primordial para sua cobertura de muita empatia, quase comoção com os Ucranianos e o simples e gritante fato de a superpotência que está subjugando um desafeto não ser os eua, o que fica claro neste artigo onde o colunista gasta mais de 60% do mesmo para justificar as invasões americanas, há uma orquestração.
Roberto Silva: obrigada pelo comentário, o João Pereira Coutinho usou a coluna para justificar as invasoes norte-americanas ou e de outros governos e culpar as vitimas
...apenas querem, e com razão, deter os russos.
Todas as guerras são por poder e riqueza, essa não é diferente. Ninguém briga por um deserto pobre, sem minérios e recursos. A única diferença é que nessa guerra a Europa e USA podem se dar mal. O ocidente acreditar que vão destruir a cúpula de poder Russa sem consequências beira a ingenuidade. A Rússia não é a Venezuela ou Iraque. Todo isso pode terminar em desgraça.
PolÃtica. O leste europeu e seus povos sempre foi de 'pouco valor' ao restante do tal "mundo civilizado, ocidental". Não fossem as sombras do antigo imperialismo russo, da guerra fria, da catástrofe nuclear etc, os ucranianos teriam o mesmo desdém das potências europeias e dos EUA assim como os vietnamitas, iraquianos, afegãos etc. Polônia, Hungria e outros mais agora emergem como paÃses 'solidários' ao sofrimento dos refugiados ucranianos...quanta hipocrisia. PolÃtica... apenas querem...
O artigo do sr. Coutinho faz uma aposta no menos pior, ao dizer que a guerra na Ucrania é em si pior que o racismo praticado no planeta ao longo de varias outras guerras, incluindo esta em andamento. O problema desse argumento é quase que pedir pra esquecer que existe o racismo e só focar na guerra neste momento. Aà não dá! Racismo e Guerra, ambos, são intoleráveis. Ambos matam. E as etnias brancas tem um histórico de amplo favorecimento, sendo as demais etnias deixadas a própria sorte.
Perfeito. Há uma campanha para justificar qualquer erro da OTAN por Putin ser pior; qualquer excesso da imprensa pela urgência do momento; todos os ucranianos são bons porque estão sofrendo. Ora, então não podemos falar do tratamento dado aos não-europeus fugindo da guerra? Reclamar da OTAN aquecer o conflito de desfecho inevitável com armas que só vão tirar mais vidas e prolongar os bombardeios? Esquecer que essa estratégia absurda da OTAN beneficia a China e coloca a ordem mundial em risco?
Qualquer guerra (inclusive a civil) devem sempre merecer nosso repudio, assim como o imperialismo! Porém, condenação do que está acontecendo na Ucrania como o nobre articulista coloca é a verdadeira fala da BOCA TORTA PELO VÃCIO DO USO DO CACHIMBO!
O que tem a dizer sobre a guerra do Iêmen, Coutinho? A suas justificativas se aplicam neste caso? (Não precisa responder, sei a resposta). Não existem Estados bonzinhos no mundo, todos são bandi dos em maior ou menor grau, mas alguns bandi dos têm mais armamento.
Roberto Cezar Bianchini: O mundo do Coutinho se resume na Europa.
Mercadão: manchete boa, mas o texto só entregou o mesmo "pastel de chicletes" que estamos vendo em todas outras bancas! "Olha o figo da VirgÃnia, mais barato aqui na minha mão"!
As pessoas preocupadas com racismo do publico que assiste a guerra são piores do que o Putin, mais desumanas do que os estrategistas da guerra. Inúteis.
Para que tá feio
As piruetas estão cada vez mais desajeitadas..........uma Europa civilizada e raci sta seria uma associação tão inimaginável assim? Tem certeza? Mas responda sem essas piruetas esquisitas...
A guerra étnica dos Balcãs durou dez anos, entre crÃticas ferrenhas de insensibilidade. Talvez, como colocado na época, não houvesse petróleo ou simplesmente não se preocupassem com a ex-Iuguslávia. Insensibilidade das pessoas? Para a mÃdia, o sofrimento novo vende mais mais que o antigo, comparar sofrimentos rende pontos. Para os governos, nem isso. Entretanto, não distinguir entre mÃdia/governos e pessoas é desumanizar a sociedade, maldizer as boas iniciativas. A quem isso interessa?
O articulista sorrateiramente deixa de lado o bombardeio que o Iemen sofre. Qual crime o governo do iemita cometeu contra a Arábia Saudita pra ser tão duramente bombardeada?
Espertamente, para não comprometer o seu argumento, o autor não citou a guerra do Iemen, liderada pela Arábia Saudita com o apoio dos Estados Unidos, que já matou ou mutilou mais de 10.000 crianças nos últimos anos.
Uma das mais fracas colunas que esse autor já escreveu. Admitiu o fato e depois tentou justifica-lo, sem nenhum sucesso! Ah sei, a natureza humana!
O autor simplesmente não tem argumento e capacidade para debater a questão, optou por justificar as invasões dos EUA na Asia, America Latina, Iemen, Oriente Medio,etc.
Não só por conta disso, mas porque são Europeus. Ninguém se lixou para a guerra no Iraque, Siria, Kosovo, Afeganistão e muito menos na Africa. Teve inergumeno, que se alistou para lutar na Europa, por causa do Blond.
Faça-me o favor!!!
Ou seja, o cara escreveu, escreveu e no fim demonstrou que as vÃtimas da guerra na Ucrânia são notadas sim por serem brancas.
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