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  1. Luis Otavio Zaneti

    Hum... Parece-me (!) que se trata de abrir a porta do inferno. O Jornal Nacional há muito usa pronomes do caso reto no complemento. Por que não então regulamentar a prática também?

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  2. Carlos Pinheiro

    Embora Mário de Andrade tivesse o sonho de escrever uma gramática brasileira, e iniciava frases com pronomes oblíquos átonos, foi Oswald com o poema Pronominais que afrontou a norma culta imposta pelo Marquês de Pombal, quando se falava o tupi: Dê-me um cigarro! Diz a gramática do professor e do aluno. E do mulato sabido. Mas o bom negro e o bom branco da Nação Brasileira dizem todos os dias: Deixa disso camarada! Me dá um cigarro!

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  3. Marcos Benassi

    Sergio, iluminado e caríssimo irmão de língua (ops!), a cada texto, um deleite - ou mais de um, e também dechocolate. Que dica linda, essa; pena que, pra mim, de utilidade duvidosa: absolutamente ignorante das normas gramaticais, faço dela uso porque li e porque me expressei, mas nunca porque aprendi a regra. Dá-me certa preguiça de fazê-lo, aliás. Agora, te contá procê uma meda: temo que, em algum momento, "falemos línguas". Prefiro élfico: o substrato é mais nobre, além da estética superior.

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  4. Silvia peres

    Uma única observação é que não creio que a próclise seja uma norma Brasileira, mas sudestina. No Nordeste (e creio também no Norte) o normal é dizer: Acabou-se (enquanto no sudeste é acabou ou se acabou), chamava-se Ana (no sudeste chamava ou se chamava). Entre outras várias diferenças. Não sei se estão contempladas essas observações no livro (não o li), mas do contrário é a norma sudestina.

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    1. Sérgio Rodrigues

      A gramática trata da norma brasileira. Um dos autores, Francisco Eduardo Vieira, doutorou-se na UFPE e é professor da UFPB.

    2. José Cardoso

      Interessante. Aliás, também no inglês falado na Inglaterra há grandes diferenças entre a língua da BBC, e o que se fala na região nordeste (por coincidência) do país.

  5. Américo Venâncio Lopes Machado Filho

    Há muito que Faraco tem alertado para a importante e urgente discussão em torno do que se convencionou chamar de norma-padrão. Que bom que começou a desembaraçar esse nó (para usar aqui uma expressão cunhada por ele em textos que são hoje clássicos da Linguística brasileira). Parabéns aos dois autores

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  6. RICARDO BATISTA

    Sensacional! Tomara que esse livro seja adotado nos cursos de Letras. Nas horas vagas, dou aula de inglês. Noto que os alunos se preocupam mais em investigar as exceções do que em aprender a regra.

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    1. Marcos Benassi

      Cara, que lindo, saber o suficiente da língua para ensinar. Eu tenho um inglês fluente, mas muito careta. Adoro quando aprendo alguma expressão idiomática, pra mim é a língua viva.

  7. RAFAEL VICENTE FERREIRA

    Sempre vale muito ler sua coluna. Veio em bom momento a indicação. Fique tranquilo que nossa luta, aqui, começará a ter sucesso em outubro de 2022. Poderemos então ouvir Nelson Cavaquinho cantar: "O Sol há de brilhar mais uma vez / A luz há de chegar aos corações / Do mal será queimada a semente / O amor será eterno novamente." [...] "É o juízo final / A história do bem e do mal / Quero ter olhos pra ver / A maldade desaparecer." Esta gramática será muito importante.

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    1. RAFAEL VICENTE FERREIRA

      Caro Paulo, valeu! Fiquei feliz "mais uma vez". Bom fim de semana.

    2. PAULO ROBERTO SCHLICHTING

      Maravilha. Sensibilidade de sobra pra compartilhar. Parabéns.

    3. RAFAEL VICENTE FERREIRA

      Caro Marcos Benassi, foi o texto do Sérgio, o contexto dos últimos 3 anos e as perspectivas que inspirou a minha lembrança da esperança do Nelson. Valeu!

    4. Marcos Benassi

      Eita, caro Rafael, ouvi aqui na minha cabeça um velho fonograma, com a voz do mestre...