Eu vou continuar usando máscara, por conta de comorbidades, só depois de ter certeza que a pandemia foi definitivamente controlado que abandonarei. Por outro lado, a máscara tem suas serventias. Estou com dentes estragados, por conta de não ir ao dentista em virtude da peste, ela não deixa transparecer isso. Quando você acorda atrasado e não dá tempo de escovar, ela desfarça o mau hálito. Se acordar de ressaca, com a cara amarrotada, também é perfeita para esconder o rosto, junto com os óculos.

O Rio tá um desastre cognitivo-ecologico não é de hoje, né, sêo Árvo? No entanto, na filosofia, pontifica: o sapientíssimo Bezerra da Silva já nos ensinava que "malandro é malandro, mané é mané". Fausto Fawcett, outro iluminado, em Rio 40 Graus, reflete profundamente sobre questões candentes do Bozofrenistão, como a milícia. Essa Cidade é um paradoxo do Baralho, capaz de produzir um Tom Jobim e um Bozo. É pra profissionais.

Prefiro a prudência dos paulistas, e acho que o costume dos orientais vai permanecer. Vou continuar com a máscara no metrô, no elevador e em lugares fechados por um bom tempo. E em lugares abertos também, por que não? Se alguém tentar tirá-la, dou-lhe uma boa bica naquela região.