Ruy Castro > Não vale dizer Voltar
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Esse “gênio” da lÃngua, tão preocupado com o uso eficaz do vernáculo, deveria observar que ele também arrasta suas muletas verbais em cada coluna, algumas das quais constituem indiscutÃvel crime de lesa-lÃngua.
Ruy, querido Ruy, apesar das minhas enormes ambivalências, és um querido. E claro, sequer tens culpa, sequer me conheces, sequer te conheço, salvo pelos teus textos, livros, entrevistas. Já é muito, pois, para te querer sem querer.
Boa
É a necessidade de ser prolixo pra mostrar uma erudição que não se tem.
Ah Ruy... mestre da magia das palavras, tenho muitas manias e maneiras de escrever, dentre elas vivo escrevendo o 'vale': Vale a paz. Vale o perdão definitivo. Vale escutar com atenção. Vale ler 'Os Cantos' de Ezra Pound. Só 'não vale dizer' palavras cruéis, racismos, misoginias, homofobias, fake news, vocabulários da violência. (Claudia F.)
Eu usava muito: em suma...! Aà perdi! E o por exemplo... parei de usar no passado, porque aprendi uma frase em latim: verbi gratia e achava mais chique colocar em meus pareceres.Outro vÃcio,mas, aà era oral: aÃ...! E o né? Parei de usar porque minha defunta mãe, então viva, disse; isso não é coisa de quem lê muito.
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Tem um termo que esteve no auge na segunda metade dos anos 90 e inÃcio dos 2000: "TÃ?". E o que dizer do "talkey" do Bozo?
Boa!! Risos!
Ainda bem que o colunista está se referindo aos textos escritos. Porque na oralidade o falante necessita de expressões que marcam seu discurso, dando ênfase no trecho escolhido (inconscientemente), ou seja, na escrita é possÃvel refletir e retirar expressões desnecessárias, mas na fala essas mesmas expressões são fundamentais.
O vilão Baiano do filme Tropa de Elite vociferava: comigo é papo reto! Essas expressões são exemplos de 'papo curvo'.
E aquela: "pelo o que se sabe..." E suas derivadas.
Algo que está se tornando comum na linguagem falada é inserir um "ele/eles" ou "ela/elas" quando se refere a alguma coisa qualquer. Por exemplo: "as crianças, elas devem ser vacinadas". Nos noticiários de TV os repórteres e comentaristas estão abusando dessa inutilidade.
Mas nenhuma das muletas verbais supera a expressão... "a nÃvel de"... esta é, sem dúvida, a cereja do bolo das coisas horrorosas que andam falando por ai.
Que tal "correr atrás do prejuÃzo" significando exatamente o contrário?
Será? E, tipo, veja bem?
Pô, Ruy, na verdade, é coisa de ranzinza mêmo. E daÃ, não se pode mais ser ranzinza no mundo? Craro que pode! É que nem ter manias, a imensa maioria das quais, inofensiva. Inda mais escriba qualificado, mano Castro!, e escriba que castra co'a pena: arrancar umas bolas com uma pena é habilidade que justifica qualquer coisa. Ah, meu bom ranzin, detalhe: "uso dela" deu num cacófato. Em tempo. Hahahah!
Bem interessante o caso de "que nem". É tão popular, mas raramente os escritores a utilizam. A não ser Jorge Vercilo na bela canção "Que Nem Maré". Pedindo desculpas ao leitor Leão, eu acho chique a expressão "a gente". E tem a vantagem de pedir o verbo no singular. Em tempo, e agora pedindo desculpas ao Ruy, também gosto da locução "em tempo".
Uia: acabo de perceber que tasquei um "que nem" logo ali em cima!
Caro Ricardo, uma das coisas que acho mais bonitas no português dos Tugas e a expressão "toda a gente", ao invés de "todo mundo". Todo mundo, é "tudo", genérico demais; mas dizer de toda a gente, ah, não sei porque, muito mais bonito. Talvez porque aponte praquilo que importa: as gentes. Em tempo, vale dizer que eu também gosto! Haha!
Todos estes calotes ainda são miito melhores do que as tristes muletas linguÃsticas a que notório ignorante apela dia sim e outro também; "isso daÃ" e seu para "disso aÃ"; "no tocante"; "qwestão" (pronunciada como escrita); "na ponta da linha", "e ponto final" e, claro, a suprema e indefectÃvel "talkey". Este vocabulário reles e capenga é de dar náuseas.
Hhahah, o descorretor é a morte das intenções originais! Hahahah! Caro Flavio, tinha uma crônica/conto de alguém, cujo personagem era um "silveira" da vida, grandalhão e burrrro e "filho de alguém", o Mario, que falava cuestão. Era detalhe, mas essencial na hidiotia da pessoa! Talvez ele fumasse tóchico, sei não ... Hahahahah!
Onde se lê calotes leia-se cacoetes, culpa do corretor do celular...
O grande Ruy esqueceu do famigerado "Enfim..."Kkkkk.
Então, eu acho que… Esse “então”, abrindo, também é dose.
Meu pai era médico, mas falava muito bem e implicava com vÃcios de linguagem que eu adquiri quando adolescente. Por exemplo: "certo"", ou "entendeu".Nessa época, eu tinha o hábito de terminar as frases com as perguntas certo ou entendeu e lá vinham broncas e advertências. Ele me dizia que eu deveria expressar o que pensava e não tinha nada o que perguntar a meu interlocutor. Levou tempo, mas perdi essas manias, Outra coisa que o velho reclamava era com "a gente". Ele dizia: "nós, fale nós!"
Leão Machado Neto. Observei que "a gente"é usado com uma frequência escandalosamente alta entre as pessoas incultas e a pouco tempo também por pessoas que deveriam ser cultas pelas posições que ocupam na polÃtica ou na sociedade. O uso do "nós" está rareando, a pobreza no linguajar está aumentando.
Jornalista, leia a coluna de hoje do Pondé. E inspire-se. Por favor.
Óia, prezado Henrique, pode até haver motivo pra fazê-lo, mas eu num dô conta: com o Pondé, eu só expiro. Expirei com a chatice dele das minhas leituras. Na verdade, vale dizer - em tempo - que também o narlóqui teve idêntico fim: joguei pro acostamento e fui m'imbora!
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