Sérgio Rodrigues > A gente é a língua que a gente fala Voltar
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A lÃngua é o que falamos! Como professor de portugues, acho inútil insistir com os alunos em conjugações lusitanas do tu e do vós! Mando-lhes direto o "a gente" _ informal e lindo! Digo a eles que o "nós" limita o falante a um grupo e o "a gente" populariza, flui a comunicação!
Acredito que seja a lei do menor esforço, como a já consagrada substituição do tu pelo você. No final haverá 3 variações do verbo como por exemplo: eu faço, você/ele / a gente faz, e eles fazem. Está se aproximando do inglês, que só tem 2 formas.
Sabe, gente é tanta coisa pra gente saber! O que cantar, como andar, onde ir! O que dizer, o que calar, a quem querer! (Gil)
Hahahahah, carÃssimo, não tem jeito de nós chutarmos o pai da barraqueta; entretanto, a gente, chuta, e com gosto. Será que foi o colega leitor Enir Carradore que, lendo-me aqui na Ãgora, me indicou o ótemo "preconceito linguÃstico", com o qual lentamente me divirto há dias? E eu vivi um pouco em Portugal, sei da coisa o suficiente. "Toda a gente" tem mais é que ligar o Soda-fe e ir em frente. O meu, liguei com força: é mais fácil transgredir dominando a norma. É nóis, tá dominada! Hahahahah!
Zorra, descorretor ortográfico moralizador, em conluio com a sençura folhética: "pau da barraqueta"!
Em uma aula de SociolinguÃstica na UnB anos 90 discutÃamos o uso de "a gente ". Uma coleguinha escandalizada declarou que não usava e não usaria tal expressão. Ao final da aula, a aluninha perguntou: a gente já pode sair? Risos gerais na sala, ela nem percebeu do que rÃamos...
Hahahah, sifú! Inda corre o risco de ver a estorieta contada em púbico, aqui na folha!haha!
A gente aqui de casa gostou. Obrigado, Sérgio!
Nossa mãe! O finalzinho é para esmagar as gentes que insistem em usar "nós" no lugar de "a gente". Isto é que é guerra cultural: ontem você me perseguiu, me abalou a autoestima (ô palavrinha versátil, quase tanto quanto "preconceito")? Pois hoje vou esmagá-lo (me desculpe a ênclise, é que achei melhor do que "esmagar você"...)! Eu acreditava na riqueza da lÃngua, que se podia usar os termos mais adequados em cada contexto, na escrita ou na fala, mas vejo que não há mais lugar para a norma curta
Uia, e eu que acho o nome lindo, mas se tivesse que definir o que seja ênclise, tava fú? Valeu ae!
Inclusive tem uma gente "rokeira" q cantava na década de 80, quando a gente não podia escolher presidente: "A gente não sabemos escolher presidente". O escomungado lÃder de uma banda, 34 anos depois, ajudou a eleger o presidente coiso desgovernante. Quando o inútil ultrajante cantava isso em 84, a gente acreditava q era uma ironia. Em 2018 vimos q não. O q ele falava era ele mesmo. "E a gente é q paga por isso." Vale lembrar: revanche é só de 4 em 4 anos, e certas escolhas podem varrer um paÃs.
Olá Benassi. Realmente as perdas e danos no meio artÃstico/cultural, em alguns casos foram surpreendentes. Existem alguns q sei, mas nem comento, porque prefiro enaltecer a obra e esquecer a posição ou omissão surreais de gente q a gente curtia. Claro... não é o caso do ultra passado a rigor. Só ouvi, nunca curti. Acredito q a alienação polÃtica, falta de memória, de história, leitura e cultura - de verdade - para alguns q pretendem(iam) fazer cultura e arte, é a causa disso daÃ... aberração.
Pô, Rafael, nem me espanto, porque o ultraje era meio que uma Herda, valia pela irreverência. O que me doeu *mesmo* foi ver o magnÃfico Boca Livre, longevo a bessa, esfacelar-se por conta da Bozofrenia do MaurÃcio Maestro: a parte bÃpede da banda não deu conta. Mas uma a ser apensada na ficha corrida do Bozo, el'Rey do Filhadaputistão.
Sérgio Rodrigues. Esses seus dois últimos artigos foram um alento para mim, que sou professor (não de Linguagens) e fico me policiando para não ferir a "norma culta". Muito, muito obrigado. E parabéns. Salve a nossa lÃngua.
Muito bom! Acho até chique, e aposto que os estrangeiros que estão aprendendo a nossa lÃngua também adoram. Além da vantagem de pedir o verbo no singular. No francês eles têm aquele pronome "on", e tudo bem.
Hahahahah, Ricardo, você me fez lembrar de uma de gringo: certa vez, fiz um longo projeto para uma multinacional norte-americana, e meu par lá dentro era um gringo divertidÃssimo, que gostava de português e falava bem. Tão bem que usava expressões idiomáticas complexas, como a "pau da barraca". Um dia, de ressaca, contou que no dia anterior havia "chupado o pau da barraca". Cara, KHaguei-me de rir: uma letrinha botava a bebedeira na condição de orgia, veja só você o perigo! Hahahah!
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