Eita, Djamila querida, o bagúio é bem lôko mêmo... Dia desses comentei sobre alguma mulher pra alguém (tô envelhecendo, e o alemão, chegando... Hahaha!) "Que velha linda!" Nossa, tomei um esporro que só vendo, "como chamar a fulana de velha" e outros blás. E ela era rigorosamente aquilo: uma velha linda que não havia escondido sua idade e era belamente velha. Toda firme e reluzente como uma adolescente? Evidente que não. Mas um baita mulherão de 75, linda e deliciosamente inteligente.

Revolucionário? Que Marx no acuda!

Gosto de pegar no pé de Djamila Ribeiro, aliás excelente escritora e boas idéias, mas hoje considero que ela tinha que detonar a maior prova de racismo cometida pelo Estados Unidos ao deportar 580 crianças nascidas no Brasil, filhos de haitianos, que para aqui vieram tentar uma melhor sorte. Sem demagogia e digo sendo branco e de certa forma privilegiado na vida pelas circunstancias: será que fossem descendentes de ucranianos, louros, olhos azuis teriam o mesmo tratamento?

Nas sociedades tradicionais, em contraposição à modernidade, a imagem da velhice é, antes de tudo, a do ancião, isto é, o símbolo da maturidade existencial. Mas como mostrar a sua sabedoria de vida numa foto de Instagram com filtros? A nossa sociedade está profundamente equivocada na sua exaltação à aparência física, e na busca obsessiva pelo culto à juventude eterna...

Muito se tem falado do racismo, diversidade, feminismo.....falta muita outras coisas entre elas como envelhecer de boa contigo, comigo. E tudo que tem se falado tem um impacto no ....como. Pois muito que estão numa idade avançada tem em seu histórico muito do racismo, diversidade e feminismo .....acumulado do tempo em que se agia de uma maneira que hoje certamente se enquadraria em racismo, contra a diversidade, antifeminista......Reaprender seria mais um dos obstáculos a serem passados.