Luciano Melo > O cérebro humano é racional, sim; o livre-arbítrio existe Voltar
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Infelizmente o espaço que a Folha dá aos comentários é asfixiosamente curto! Então, mais do que isso, apenas em algum fórum adequado. Mas agradeço ao artigo e comentários de Luciano. Abraços, Julio Siqueira.
Claro que, por enquanto, a existência ou não do livre-arbÃtrio não tem resposta definitiva. Mas: 1. Se uma ação é deflagrada por um processo inconsciente, onde está o livre-arbÃtrio? 2. “… o cérebro cria tanto a ação como o pensamento…”, mas a decisão de agir obviamente precede a ação; por sua vez, processos neuronais têm que preceder a decisão, a menos que admitamos e existência de “decisões” desencarnadas”. 3. Donde o colunista propõe a existência de “livre-arbÃtrio inconsciente, um oxÃmoro
"Quanto ao experimento de Patel, ficou claro a cognição influenciado um neurônio -não correlacionado à s funções motoras, nem de sensibilidade.". Então, Luciano, esse é o mais grave problema, muitÃssimo maior do que os erros metodológicos. Cognição (pensamento), consciência (qualia), livre arbÃtrio. Tudo junto em reflexões mal articuladas e mal refletidas, inclusive pelo próprio Libet. Ninguém jamais disse que não havia uma cognição deflagrando as ações estudadas por Libet. Apenas inconsciência.
Olá Luciano, algumas reflexões sobre o seu comentário. Sobre os experimentos de Libet, você disse "Já está liquidado, falhas metodológicas são imensas.". Confesso que estou uns dez anos (no mÃnimo) enferrujado quanto a essas questões, mas... custa-me crer na sua afirmação (vou ler). E o relato de Claxton já é suficiente para detonar com o livre arbÃtrio para sempre, ponto. Sim, devem haver falhas metodológicas graves em Libet. E outras além disso (lógicas também). Mas o livre arbÃtrio já era.
Discussão deliciosa de um tema interessantÃssimo. Concordo com o autor da coluna que o experimento de Libet tem falhas metodológicas. Mas a conclusão do autor do de que o livre arbÃtrio existe é absolutamente anticientÃfica e superficial. Nenhum dos artigos que ele cita provam que o “livre arbÃtrio” exista. Há muitas evidências que demonstram que temos pouco controle de forma consciente sobre nossas ações. Recomendo Rápido e Devagar de Daniel Kahneman.
[finalizando]. Já quanto à "cereja do bolo", ela não acrescenta nada. É um experimento igual a qualquer outro do tipo, em essência (apesar de mirar em um único neurônio, é igual a você controlar o... braço inteiro ao escrever!). Dê uma olhada no artigo "Whodunnit? Unpicking the ‘seems’ of free will", de Guy Claxton (Journal of Consciousness Studies, Volume 6, Numbers 8-9, 1 August 1999, pp. 99-113(15)). Assustador.
Apenas para finalizar, e sinalizar...: existem dois tipos de "livre arbÃtrio". Eu os chamo de "forte" e "fraco". Os experimentos de Libet (ou os desse pesquisador mais recente citado) dão subsÃdios ao entendimento do livre arbÃtrio no sentido *fraco*. É o livre arbÃtrio que interessa no dia a dia, que interessa ao sistema judiciário, etc. No sentido *forte*, a questão interessa aos fundamentos da ciência e à filosofia. E... não existe livre arbÃtrio. Porém... é melhor acreditarmos que existe...
[continuando] enfim, eu desconhecia esse dado que você apresenta ao dizer que, agora, os cientistas descobriram que "a intenção de se mover surge antes da atividade neural". Acho estranho e suspeito... Mas vou tentar dar uma olhada. Os questionamentos ao livre arbÃtrio são coisas muito sérias, tanto a nÃvel filosófico e cientÃfico como a nÃvel existencial e prático (do dia a dia). Não deboche deles. Tente entender mais a fundo as verdadeiras motivações por trás disso. Abraços, Julio Siqueira.
Prezado Luciano, artigo muito falho... Bem, iniciando de onde parei. Libet apresentou a ideia de que, ainda que talvez inexista o livre arbÃtrio (free will), talvez exista a livre negação (free won't). Ok. E... na época questionaram, naturalmente, se também esse free won't não seria precedido por... um pensamento inconsciente (e, automático, e, involuntário, e sem livre arbÃtrio). O dado que você acrescenta depois, que, agora, os cientistas descobriram que [continuo depois...]
O experimento de Libet deve ser discutido apenas por ser famoso, uma peça histórica que influenciou e influencia (mera inércia de pensamento). Já está liquidado, suas falhas metodológicas são imensas. Hoje a pesquisa de Libet é considerada inútil para provar qualquer coisa. Quanto ao experimento de Patel, ficou claro a cognição influenciado um neurônio -não correlacionado às funções motoras, nem de sensibilidade. Todas as referências para meus argumentos estão na coluna.
Acho que na esmagadora maioria dos nossos atos rotineiros, a consciência não desempenha um papel relevante, e nesse sentido não 'escolhemos'. Por exemplo, trancar a porta após sair de casa, ou fechar a torneira após regar as plantas. Podemos estar absortos pensando em outras coisas ou conversando com alguém enquanto executamos mecanicamente esses atos.
Leia, por favor, O Conceito de Tecnologia do Ãlv. V. Pinto. Por favor.
péssimas conclusões filosóficas fazem parte da história de bons (e ruins) experimentos cientÃficos.
Albert Einstein deixou muito claro que pasaado, presente e futuro já estão determinados em seus estudos sobre as caracterÃsticas da 4° dimensão, ou seja, o livre-arbÃtrio definitivamente não existe, já está tudo escrito
isso é alguma pegadinha?
Não sou neurocientista mas tenho plena consciência de que, grande parte da minha vida foi definida pelas escolhas voluntárias que coloquei em prática.
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