Lygia Maria > Que falta faz Millôr Fernandes Voltar
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Maior coincidência, pois comentei isso com minha filha ontem. Isso que aà está, seria um prato cheio para a suas sacadas sempre sarcásticas...
Bem lembrado. Sugiro aos colunistas postarem todo dia algumas tiradas dele como epÃgrafes nos artigos da folha, independente dos temas. Exemplos: Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder; Canalhas melhoram com o passar do tempo, ficam mais canalhas; Depois que eu morrer, meus descendentes poderão dizer com orgulho: Ele não fez nada que merecesse a Ordem do Mérito.
Ele, e tantos outros: Itararé, Stanislaw Ponte Preta, Amigo da Onça, o Padre Vieira, Boccage, o Boca do Inferno. Ainda bem que temos um Ruy Castro, um Antonio Prata , um Gregório Duvivier.
Millôr, boa lembrança! Dentre seus vários talentos, tinha verdadeiro fascÃnio pela palavra e nos brindava com uma escrita perspicaz, elegante e escorreita. Enfrentou, corajosamente, a censura no perÃodo da ditadura militar; ficaria horrorizado com censura a biografias. Realmente, faz muita falta.
Só ele conseguiu usar a ironia com ironia. Faz muita falta para o Brasil atual.
Se buscarmos defeitos acharemos...com certeza. Se buscarmos feitos acharemos....com certeza. E sempre foi assim ..........até 2.018. Depois mudei.....100 % defeitos existe.
Em tempos de empoderamento, empoderaram a ignorância. Millôr teria morrido diante de tantos exemplos. De lá e de cá.
Se vivo fosse Millôr, um gênio, seria cancelado pelas atuais academia e mÃdia, essas cada vez mais desprovidas da mÃnima erudição necessária para combinar ceticismo com humor.
Aqui não tem jeito,. Nosso problema ,,além de ideológico, é principalmente moral. Aqui vão pra polÃtica os que representam interesses sujos. O historico comprova.
Faz mesmo. Millôr, mesmo quando discordávamos dele, era inteligente em suas diatribes. Já os que sobem no muro hoje, fingindo que não apertaram 17 ontem, e tentam disfarçar seus preconceitos atacando o que chamam de identitarismo, sem explicitar a real motivação, são apenas reacionários sem charme ou brilhareco que seja.
Millôr Fernandes posicionou-se, no Pasquim, de modo reacionário ao feminismo emergente no inÃcio dos anos setenta. Brigou com Chico Buarque e atacava os baianos. Não faz falta alguma.
Primeiro, não neguei a inteligência, verve e cultura do humorista. Isso é inegável. Segundo, o machismo misógino dele não se referia a uma mera frase nem apenas ao episódio da queima de soutiens, mas aos ataques a Betty Friedan e ao próprio feminismo, que era ridicularizado. Isso também é inegável. O contexto era outro? Sem dúvida! Esse posicionamento reacionário não faz nenhuma falta.
A sua frase: "O melhor movimento feminista ainda é o dos quadris" não é reacionarismo nem machismo, mas um alerta ao equivocado episódio da "queima dos sutiãs", cujo objetivo sempre foi o de "sustentar pra não deixar cair". Hoje todas usam!
* mas NÃO invalidar sua inteligência
É impressionante como seu comentário reproduz exatamente o que o artigo critica. A posição machista do Millôr (e de quase toda turma do Pasquim) não pode ser vista pelas lentes século 21. Podemos criticar posições do grande Millor, mas invalidar sua inteligência (artigo em falta). Millôr brigou com Chico e continuei gostando dos dois. Henfil brigou com Elis e continuei gostando dois dois. Nelson Rodrigues apoiou a ditadura e continuo gostando das suas peças. Sectarismo é que não faz falta.
Pois eu sou antilula nos meses impares e antibolsonaro nos pares. Mas às vezes troco...
Bem lembrado Ligya, para mim, Millôr, que na verdade deveria se chamar Milton, mas mudou nos garranchos do cartorário, era a sÃntese do homem perfeito: talentoso, extremamente culto, avesso à burrice estúpida e um arguto sexual. Sua máxima: "O homem é um animal inviável."
Bela lembrança! Acho que é dele a máxima : Detesto os de direita por serem de direita, e detesto os de esquerda por serem de esquerda. Concordo plenamente, e algumas das piores pessoas que eu já conheci na vida, ou se diziam muito religiosas e conservadoras, ou eram autodeclaradas comunistas/socialistas. Ambos desprezam os que somos de centro, mas podem ficar tranquilos que a recÃproca é verdadeira.
Interessante. Não se criticava a Petrobrás quando dava prejuÃzos.
Certa vez Millôr disse que Angeli era o anagrama de genial, referindo-se ao cartunista. A melhor charge que vi em minha vida foi de Angeli. Um pai e sua filha, moradores de rua, assistem a TV na vitrine de uma loja de departamentos e o locutor diz: "Os parlamentares brasileiros aprovaram novo teto salarial para seus vencimentos." E a menina pergunta ao pai: "Pai, o que é teto?" Não é engraçado, mas é coisa de gênio.
Ótimo texto! Um presente no final do domingo. Ri muito. Millôr realmente nos faz falta. Obrigado Lygia.
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