Juliano Spyer > O pobre da esquerda é abstrato e infantil Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Ótimo artigo. Que seja norteador de polÃticas públicas.
Como dizia Machado: Existem dois Brasis... o Oficial e o Real.
O tÃtulo confunde, mas o artigo é bom. Por um lado o que ele retrata nada mais é que divisão de classes. Num mesmo paÃs grupos de pessoas vivem em mundos bem diferentes por causa de sua renda. Só que embora haja logo uma associação de ideias com o marxismo, esses pobres não são uma massa de operários industriais. Não há um caminho pavimentado para a melhora de suas condições de vida.
Essa é o modelo de antropologia que agrada um setor da classe média que faz "pesquisa" com todos os preconceitos ideológicos do senso comum. Depois escrevem um artigo na mÃdia e acreditam que serão consagrados. Um artigo semeado de observações advindas de uma formação social em que foram criados. O que buscam são aplausos dos seus pares em conversas com iguais em bares e restaurante badalados com dois dedos no queixo e ar de notoriedade. Clichê da "antropologia pós-moderna".
Se não consegue contribuir, pq não se cala.
O Brazil não conhece o Brasil / O Brazil nunca foi ao Brasil.
Sou mais Preto Zezé do que esse branco phd em pobre. Hoje a universidade pública tá cheia de pobres, pretos e favelados. E esse antropólogo faz uma proposta no final do texto que mantém a velha hierarquização da sociedade entre pobres, classe média e ricos. Essa ideia do estudante usar o povo como laboratório só pode rolar na cabeça de um antropólogo que se acha heroico demais porque presenciou alguns perrengues que as pessoas que ele estuda passam em seu cotidiano.
Pode ser que parte da esquerda não enxergue o mundo popular, mas também é verdade que o ativista de direita e a direita em geral, leva para a periferia a visão de mundo dos mais ricos, as igrejas evangélicas andam se superando nisso. Fazer pessoas do andar de baixo defenderem os interesses do andar de cima. Quando vejo alguém que deve sua vida a carteira assinada e direitos trabalhistas falar contra ele me pergunto, ele é contra para os outros apenas? Porque se perder desde de classe.
Apreciei muito o texto. Tenho dúvidas sobre o "projeto Rondon" nas quebradas. Os universitários realmente aprenderiam alguma coisa e apresentariam propostas para mudar a situação? Sairiam vivos? Talvez melhor seja levar educação de qualidade pra essa moçada e abrir bons caminhos para eles. Não foi isso que o PT tentou fazer e até conseguiu algum sucesso?
Texto fabuloso. Parabéns! Lembrou-me do livro "Admirável Mundo Novo", onde num futuro fictÃcio onde haviam três formas de seres humanos. No Brasil de hoje não é diferente. Pobres, Classe Média e Ricos vivem em realidades completamente diferentes e incomunicáveis entre si.
Fica como sugestão escrever a coluna sobre o pobre da direita. Se o pobre para a esquerda é abstrato e infantil, com o que eu concordo em parte, o pobre da direita não está nem na categoria de humano. E daà vemos os pseudo liberais falando em meritocracia.
A agenda progressista não representa os interesses da população mais pobre e a esquerda se distancia das camadas populares ao investir nestas pautas. As pessoas tem necessidades urgentes na vida e não dão a mÃnima para a pauta progressista.
mas a esquerda também investe na pauta económica-social, salário, etc, porque deixar de lado a agenda progressista? vamos assustar os evangélicos pobres falando de aborto, por ex? pode ser, mas também não vamos esconder nossas bandeiras.
Não são pautas excludentes. E quem não liga para estas pautas, sejam ricos ou pobres, é porque não sofrem diariamente o preconceito e a violência. Alias, o pobre negro e gay e a travesti pobre que não ten nenhuma opção de trabalho a não ser a prostituição estão entre os que mais sofrem....
E a esquerda caviar, relógio 80k, que até beija na boca para participar de um rega-bofe internacional , diz falar em nome dos pobres.
E a esquerda caviar, relógio 8k, que até beija na boca para participar de um rega-bofe internacional , diz falar em nome dos pobres.
Creio que o problema não é a "esquerda", mas do que se faz no Brasil e chamam de "ciência". Para ser cientÃfica, uma teoria precisa ser pautada por evidências. Até mesmo na fÃsica teórica, se não há evidências, há apenas hipóteses e matemática, nada mais. Estou cansado de ler artigos das ciências humanas nos quais o único atributo sustentador que possuem é a simetria. O papel aceita qualquer coisa, e os leitores adoram textos meramente emotivos. Já chega de utopias sem propósitos.
Disse tudo, não há mais nada a dizer.
Excelente texto. Tudo está interligado à ignorância e à péssima distribuição de renda, que tanto joga pessoas no colo de polÃticos do Centrão, com suas estratégias populistas endinheiradas na época da eleição, quanto nas igrejas dos pastore$ de deu$, onde as palavras oferta e dÃzimo são mais citadas do que amor ao próximo, caridade e Jesus.
Depois de lermos um excelente texto como o dessa coluna, é triste nos depararmos com os comentários feitos por alguns assinantes. Gente que não sabe a diferença entre ''pobre DA esquerda'' e ''pobre DE esquerda'', que escreve bobagens sem ter lido o texto - ou, pior, leu mas não entendeu nada. Constrangedor.
Bom comentário Bárbara. Alguns comentários são de doutores do nada. Puro niilismo. A Esquerda tem um modelo, e quer que o baixa renda se enquadre nele. A Direita, sequer modelo tem. Uma das causas de sucesso das neopentecostais, é prometer a riqueza pelo trabalho, de forma individualista, de acordo com a fórmula calvinista. Nada contra o esforço próprio e a recompensa, mas sem ignorar a luta por conquistas práticas comuns.
Quem elegeu Bolsonaro em 2018 e ainda o apoia não são os pobres, são os de classe média e os ricos. Entre empresários, o bolsonarismo hoje gira em torno de 50%. A conta da catástrofe bolsonárica, portanto, não é dos pobres. O tÃtulo é provocativo: não são os pobres "de" esquerda, são os pobres "da" esquerda, isto é, os pobres irreais idealizados por alguns intelectuais de esquerda
Tem muita gente de classe média baixa, que veio da pobreza nos anos do pt no governo, que entrou na onda do bolsonarismo. Gente que acha que melhorou de vida somente por esforço próprio, que a economia, o governo e as polÃticas públicas não tiveram nada a ver com isso. Não sei se para esse pessoal já caiu a ficha, espero que sim.
Faz a conta do num de votos, pela sua conta ricos e classe media sso a maioria no pais hehehe
Salta aos olhos a generosidade e empatia do autor com os envolvidos. Texto comovente e importante.
Quem foi o estagiário que fez o tÃtulo da matéria? Muito ruim.
Saber desconhece Lula, Marielle, Benedito, Renata Sousa e tantos outros. Me lembra o pior de Toberto da Matta, que desenvolveu uma teoria sobre a malandragem e quis que ela representasse o Brasil. Saber escreveu um livro, no máximo, mediano sobre evangélicos e acha que descobriu a pobreza no Brasil. Maus um acadêmico limitado e pedante.
Spyer desconhece Lula, Marielle, Benedita, Renata Sousa e tantos outros. Me lembra o pior de Roberto da Matta, que desenvolveu uma teoria sobre a malandragem e quis que ela representasse o Brasil. Spyer escreveu um livro, no máximo, mediano sobre evangélicos e acha que descobriu a pobreza no Brasil. Maus um acadêmico limitado e pedante
Spyer desconhece...
Então, o pobre de direita é concreto e maduro? Me poupe!
Pobre da esquerda: maneira que a esquerda vê o pobre. Pobre de esquerda: aquele que é de esquerda.
Eu poderia tentar te explicar a diferença abissal que uma única letra faz (o tÃtulo da coluna fala em pobre DA esquerda, e não DE esquerda), mas eu estaria perdendo tempo, você provavelmente não entenderia nada.
"O Preto Zezé, presidente da Cufa (Central Única das Favelas), compara a esquerda ao favelado que, quando fica numa condição financeira melhor, o dinheiro sobe à cabeça e ele abandona sua companheira de muitos anos para badalar com as "novinhas". É isso mesmo!!!
Lembrando que quando Zétr Prero fala isso, fala da esquerda Lulista e psolista, e pcdobelista ne?
Onde que a esquerda lida com esse pobre abstrato? Marielle lutou contra um dos problemas mais concretos da periferia, as milÃcias, e morreu por isso. A esquerda chegou ao poder e melhorou é muito a condição dos mais pobres, basta ver mortalidade infantil e Gini. O texto tem elementos muito bons, mas parte de uma premissa equivocada
Estou adorando ler o Juliano. O compartilhamento da sua experiência nos enriquece. Só me parece a o tÃtulo não está adequado ao texto
Em 1989 o maravilhoso Projeto Rondon foi extinto. Em 2005, a pedido da União Nacional dos Estudantes, retomado. A ideia do articulista é brilhante. Um projeto Rondon nas periferias.
Nao fala desse projeto da epoca da ditadura senao vao te chamar de bolsonarista hehehe. A ditadura foi ruim porque nao foi com o pessoal q hj ganha pensao da viuva.
Ideologia, realmente, não faz parte do ideário popular. A carência pede assistência e, muitas vêzes, emergência. Lideranças podem mobilizar e/ou organisar comunidades ou grupos com interêsses comuns; não, necessariamente, ideológicos.
O texto diz que a ideia do pobre de esquerda é uma abstração, não a pessoa em si...
PS: discordo do articulista: o pobre não vive de abstração. A sua vida é um desafio diário: é a realidade nua e crua.
Enrolou e não disse nada. Quem é esse colunista? A Folha paga a ele para escrever essas tolices? Texto covarde. Xô!!!
Não entendi o comentário. Resumindo: o pessoal DA esquerda é paternal com o pobre, acha que ele precisa "aprender" a votar. Isso porque não conhecem a realidade da periferia.
Ah! A incapacidade de entender um texto será inata ou será adquirida?
Para quem não quer entender não adianta explicar.
Sensacional Juliano!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Juliano Spyer > O pobre da esquerda é abstrato e infantil Voltar
Comente este texto