Um presidente popular que surfa na alta das commodities. Depois busca se apoiar em valores tradicionais e no nacionalismo. A grande diferença do Brasil é que aqui isso ocorreu com uma troca de governo. Lá o mesmo grupo consegue bater o escanteio e cabecear.

A classe média na Rússia são todos que viajam diz muito sobre sua desigualdade, segundo documentário de alguns anos atrás sobre os Brics, uma das queixas de quem preferia a URSS além da falta de emprego, era que todos viajavam de férias antigamente, e para o mesmo lugar que os ricos,só ficavam em casas diferentes que os mais ricos. A elite russa sempre foi autoritária, entendeu isso a seu capitalismo modelo mafioso, que não é diferente da burocracia estatal de antes, só é mais predador.

Deve ser por isso que popularidade do Putin foi a 88% agora, segundo fontes independentes. Mais um exemplo de wishful thinking ocidental, tem muito por aí.

É, meu caro, tomara que caia - e não falo de decote. Nem tanto pelo povo da Rússia, mas por conta de não tê-la como exemplo funcional da nova autocracia, protótipo do que gostaria o Bozo. Nosso "spin doctor" tupinambá - que tá mais prum dervixe rodopiante - bem que gostaria de fazer o gol só na base do blá distorcido, mas aparenta que só poderá fazê-lo se contar com os milicos sabujos. E os há, haja vista a notinha sssaafada sobre o "movimento"; se suficientes e com culhão pra puxar o tapete...?

Cedo ou tarde, não é nada improvável uma conspiração para defenestrá-lo. Talvez Putin acabe provando do próprio veneno. De qualquer forma, ninguém é eterno.