Caso não se resumisse a leitor de mensagens do Twitter (duvido que tenha lido inclusive a biografia do Brilhante Ustra que está sempre em sua mesa) Bolsonaro admiraria Robespierre.

'numa jornada de caos político, ganha quem comanda a força armada'. Realmente. É só comparar com a versão inglesa, ocorrida mais de cem anos antes. Oliver Cromwell além de líder político, era o comandante do 'exército de novo tipo'. O Lord protetor foi Robespierre e Napoleão numa só pessoa.

O livro de Jones é uma viagem no tempo. Ouvi uma entrevista sobre o livro. Jones afirma que Robespierre tinha uma vida burguesa. Sociólogos dizem que a tese da ideologia dominante encontra dificuldades; na igreja as massas não compravam a fala da igreja e resistiam ao dízimo. Na sociedade as classes baixas também não engoliam. O guarda que supostamente atirou em Robespierre estava a favor da revolução no início mas se recusou a desobedecer a instituição e deixar o povo soltá-lo.

Perguntar não ofende: rumamos a uma restauração? Aprendemos algo, todos nós?

Enquanto isso a esquerda caviar bocó berra "ladrão livre "

Nosso coleguinha Pudin de Polônio que não te ouça, caríssimo! Nem, por óbvio, o Bozo - contudo, analfabeto funcional, dificilmente terá contato com o escriba. Por via das dúvidas, evite empoar-se, pode ser? Hahahahah!

Belo texto do sr. Conti, sempre um prazer ler!!

Citoyens, vouliez-vous une révolution sans révolution?

E depois de Robespierre e do Terror, vieram o 18 de Brumario e Napoleão. Com o cérebro ligado à espada, o jovem general levou a França da bagunça à glória, para depois perdê-la em batalhas incessantes. Pouco tempo antes, quando chefe do exército francês na Itália, foi preso a mando de Robespierre, que temia sua estrela. Mais brilhante que o advogado, Bonaparte nos deixou o Código Civil e o Louvre.

Gostei. Mas quem gravou a frase “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” foi o radical herbertista Momoro, e o discurso que alavancou o processo e condenação de Luís XVI foi do jacobino Saint Just. Robespierre atraiu para si responsabilidade simbólica. E os que tramaram a sua morte - Barras, Fouché, Tallyen, D’Herbois - eram bem piores que ele.

Engraçado, estou vendo nesta eleição o governo radicalizando cada vez mais e ganhando votos. Enquanto isso a esquerda quer paz e amor com todos. Mas parece que o povo quer radicalização. Cuidado, infelizmente vamos reeleger Bolsonaro.

E tá cheio de Robespierre por aí. De direita e de esquerda, com suas verdades infalíveis. Não aprenderam nada e não esqueceram nada. Radicais até servem pra dar uma chacoalhada no status quo. Só não servem mesmo é pra governar. O Brasil não se lembrou disso na última eleição, e hoje come o pão que o Bolsonaro amassou.

Boa matéria, com um final "by the way".