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Raimundo Carvalho
Minha centenária mãe é negra e feliz. De vez em quando ela tem de lembrar a algum desavisado que a morte é quinhão de toda gente, tanto faz se velho, criança, jovem ou adulto. Mas antes ela brinca consigo mesma, dizendo: quem de novo não morre, de velho não escapa. Ser velho é ouvir muita besteira repetida e achar graça em tudo. Principalmente, se se é uma velha feliz, sem doença e paparicada pelo filho, que só tem um medo, o de morrer primeiro e deixá-la sozinha nesse mundo de gente ruim.
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PAULO ROBERTO SCHLICHTING
Maravilha!
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José Cardoso
Há uma característica bem atual dessa coluna: parece a todo momento reverenciar algum grupo: começa pelos idosos, ressalta entre eles as mulheres, não esquece dentre essas as negras, tudo isso passando pelos gays e lésbicas. Me lembra de uma cena do Monty Python em que a todo momento em que o orador falava algo como 'os romanos'..., um sujeito acrescentava 'e as romanas...'
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Marcos de Toledo Benassi
Pô, cara Vera, isso é um saco! E pra elogiar uma mulher de sessenta, setenta? Dia desses, levei uns trancos de falar que a Lúcia Veríssimo ficou linda velha, sem esconder nada, cabelo branco, pescoço de sessentona. E linda, ora! Tomara que me digam que eu tô um "tiozinho bem em ordem"! Êêê dureza...
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RICARDO BATISTA
É, nem os gênios escapam de ter suas frivolidades. E muito lindos os dois últimos parágrafos, parabéns! Só sei de uma coisa : Tenho uma aluna de sessenta anos que, na pandemia, conseguiu largar o vício do cigarro. Impressionante como a pele dela melhorou após uns seis meses. Ficou uma gata!
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Marcos de Toledo Benassi
Putz, aos 52, eu preciso parar de fumar. Bem sei que gata não fico, mas só de não virar um estrupício... Hahahahah!
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