Apesar de frequentemente estarem equivocados, os positivistas como Comte, pelo menos tinham as virtudes de serem claros e de se esforçarem em direção à coerência. Feyerabend tinha orgulho das suas inconsistências e se divertia em ambiguidade e argumentação descuidada. Jacques Lacan não é claro, usa conceitos vagos. Parece que a vagueza de seus conceitos é a força para alguns. O positivismo nos ensina, a pensar direito. Os pos-positivistas Kuhn, Wittgenstein, Quine, Rorty são relativistas.

Comte ser chamado de sórdido é curioso. Ele teve forte influência no primeiro Mill e opositor como Whewell. Seus sucessores do século XX estão no Círculo de Viena. Hayek no livro A Contra-Revolução da Ciência fala da ênfase e compromisso ao conhecimento útil e prático: indução, predição, hipóteses e explicação. Ele tira a infalibilidade e certeza de Platão e põe a testabilidade. Inclusive sobre as afirmações históricas. Previsões podem ser corrigidas para combater os metafísicos.

Nestes 4 anos, tivemos muita desordem e extremo retrocesso. Este foi o lema bozonarista. Vamos voltar a ter a nossa original bandeira.

Dar Deirdre, I can only suppose you cannot accept the coexistence of state central planning (and/or induction) and the so called freedom. And you certainly knows what your own government made for the silicon valley at California: US billions where invested for decades either in industry and academy including an unmeasurable number of research/projects grants. Yes, as well as freedom and will, induction has its value...

O Brasil é o único país que adotou escrever alguma coisa na bandeira. E ainda um lêma sem sentido. A retirada, pura e simples, já resolve a bobagem. Positivismo, Augusto Comte podem ir para o lixo da história que ninguém perde nada.

Colocar um arco-íris no lugar dos dizeres, essa é realmente uma ideia sensacional! mas do jeito que o pais anda reaça, e os reaças se apropriaram da bandeira, a coisa fica difícil. Pois é, o positivismo foi uma utopia do século XIX. Colocar "liberdade" e "amor" seria muito bom no lugar de "ordem" (que ecoa fascista). Pra eliminar a outra utopia (liberal), podia-se eliminar também "progresso", e colocar "prosperidade". Por fim, sou mais do lema da França: "liberdade, igualdade, fraternidade".

O importante é que nossa bandeira nunca será vermelha! Nem tampouco rosa

Noel Rosa e Orestes Barbosa compuseram nos anos trinta Positivismo. A letra ironizava o lema positivista original e reivindicava o amor retirado da bandeira: O amor vem por princípio, a ordem por base. O progresso é que deve vir por fim. Desprezaste esta lei de Augusto Comte e foste ser feliz longe de mim!

Não temos bandeira e sim flâmula está até no hino.

Faz sentido, isto é, se realmente for necessário escrever algo na bandeira. Talvez ela não devesse ter nada escrito nela, sendo um símbolo mais amplo, abrangente e completo da nação. Talvez até pudesse ser redesenhada, modernizada. Foi tão mal tratada pelos bolsonaristas e seleção brasileira de futebol que não seria uma má ideia para tirar-lhe o ranço e devolver-lhe o viço e o orgulho dos tempos do Ayrton Senna.