Que cena. Pelo menos rendeu uma boa foto.

Cuidado, Lúcia: afirmar que o negro Frank James era movido por ódio racial pode render acusações de que você reconhece a prática do racismo reverso, que, segundo o movimento identitário, ''não existe''. Lembremo-nos do escarcéu provocado pelo artigo de Antonio Risério nesta Folha (não devemos esquecer: rendeu até carta de 200 jornalistas clamando por censura). Melhor dizer que o ódio declarado de Frank James contra brancos é ''vingança do oprimido contra o opressor'' ou eufemismo semelhante.

Grande coisa! Convivi com uma jararaca por anos. Minha sogra.

Olha, dona Lúcia querida, gostei da foto: tenho grande simpatia pela bicharada, e cobras constritoras e iguanas não me causam espécie, senão afeto. Bichos bozolépticos, pelo contrário, dão-me gastura infinita, mas não me impedem de usar transporte público. Donde acho que o medo do metrô é mais contingencial e passageiro do que pode parecer. Afinal, há democrata em tudo que é canto e o novaiorquino médio não padece generalizadamente de síndrome do Pânico, não?

Ah, o glamour. Singing in the rain... show time...

Dona Lúcia Guimarães morando em NYC há 36 anos e precisa de sangue frio para andar no metrô. Vem morar no Rio, na periferia, e, saia para trabalhar às seis da manhã, com a polícia invadindo e dando tiro junto com a bandidagem. Aí a senhora vai saber o que é necessidade de "sangue frio". É cada uma viu!

Como deram um tempo em culpar os árabes, agora Biden vai culpar o Putin.

Não é qualquer cidade do mundo que tem transporte público disponível 24 horas por dia como Nova Iorque e o seu metrô gigantesco. É uma pena que aconteçam tantas situações de perigo, mas não se pode esquecer que o metrô é uma continuação da rua e do espaço público.

É esta realidade que o Bolsonaro quer trazer pro Brasil armando a população

Muda. Volta pro Brasil.

É a tal liberdade é?

Se o brasileiro que decide viver nos EUA não tiver sangue frio é melhor ficar aqui no Brasil e continuar convivendo com os loucos daqui que já são conhecidos.