Conrado Hübner Mendes > Falarás de aborto Voltar
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Só faço uma observação: apenas as mulheres têm ''lugar de fala'' nesse assunto.
Excelente artigo!
Um dos melhores artigos que já li desse colunista. Ao contrário da turma do deixa disso, acho que o tema deveria sim ser discutido nessas eleições, principalmente para o congresso que é quem decide. Com a atual composição do STF não acredito que entenderiam como inconstitucional uma lei de descriminalização do aborto, apesar da cláusula pétrea do direito inviolável à vida.
Esse pessoal do tal pró-vida me fez lembrar de uma música do Pearl Jam que diz: eu posso matar, porque eu acredito em Deus. Alguma coisa assim.
Quantas mulheres foram presas nos últimos anos por terem feito aborto? Sou a favor da descriminalização porque as delegacias já descriminalizaram isso por conta própria, mas sou contra aborto livre em qualquer fase da gravidez como já é em dezoito estados norte-americanos. Aborto nas vésperas do parto é mero assassinato.
"Se mulheres que fazem aborto fossem presas, em torno de 3 milhões de famÃlias estariam sem mães em casa." O que implica que em torno de 3 milhões de vidas foram destruÃdas. Presos são soltos um dia. Já mortos, até onde não se sabe, não voltam jamais.
Artigo excepcional, tanto na identificação das táticas do "pâ nico e circo", quanto no estÃmulo à reflexão sobre a questão séria e delicada que é o abor to. Espero que a coordenação da campanha de Lula tenha lido.
Mano Hübner, nada a declarar de adicional em relação ao cerne argumentativo. Só na perifa: o seu Gandra, aqui nessa fôia, tava inconformado com a perca dos amigos, a dona Ligya Fagundes telles e o seu Dalmo Dallari. Vamos ampliar o cÃrculo de relações do hominho, quem sabe então ele defende as mulheres como um todo? Canta Robertão: "eu quero ter um milhão de amigos..." Mulherada, adiciona o seu Gandra no feicibúqui.
Uai, seriÃssima. O seu Gandra é capaz de prantear seus próximos e incapaz de ser próximo à s concidadãs; e crês que sou eu que não tenho o que fazer? Eu quero critério e regramento, ambos racionais, não um monte de blá blá blá religiocrata e supersticioso. Se liga, rapá.
Cara, se não tem o que fazer da vida. Aborto é coisa séria.
Mais uma vez Conrado nos entrega o que nem mais artigo é, mas ensaio de Moral e Ética. Acertou em todos os argumentos. A questão Moral e Ética, porém permanece. É cinismo que aborto não é assassinato. É. As mesmas vozes que condenam a Pena de Morte de assassinos cruéis, defendem a Pena de Morte de fetos. Mas vir ao Mundo de forma indesejada, é muito melhor não vir. Liberarmos o aborto. Mas sem o cinismo confortável de que não é assassinato.
Não conhecemos, homens, os sentimentos da mulher que faz um aborto. É sofrimento, bem distante do cinismo. Não é exatamente voluntário.
Fácil falar e acusar, vc nunca vai ficar grávido. Interromper uma gestação é um direito reprodutivo das mulheres. Até os anos 40 o aborto era legal, ninguém se importava se a mulher interrompia a gestação. Somente com o código penal passou a ser criminalizado. Mudou a moral? Não, ela ficou cÃnica, entregava-se Olga Benario grávida aos nazistas e se proibia o aborto.
Falarás de aborto. Pois então falaremos de aborto. A nova vida inicia-se quando ocorre a fecundação humana, que é a união do óvulo e do espermatozoide, resultando em um óvulo fertilizado conhecido como zigoto. Esta nova célula que já carrega o DNA da mãe e pai e corresponde à primeira etapa da vida. Ali já há a vida. Interromper essa vida é assassinato. A mulher tem o direito de decidir sobre sua vida e sobre seu corpo. Mas não tem o direito de assassinar a outra vida que hospeda em seu útero.
Admitido teu argumento o Sr. deve se opor então ao descarte de embriões congelados e à masturbação masculina que desperdiça metade das possÃveis vidas.
Meu Deus, por quanto tempo vamos ter que escutar idiotices dessa monta. Jesus como se conta foi profeta, logo pessoa identificada com as pessoas ao seu redor. Aborto tem que ser discutido seriamente como ciência. Sexo é bom.
Sei não se o critério é esse, Raimundo. Aquele coisÃculo ainda é absolutamente dependente, é parte do corpo da mãe. Mas que tem que haver discussão e definição de critério, tem mesmo.
A sua vida iniciou no zigoto e não saiu dessa fase ainda. Seu cérebro ainda não desenvolveu.
Excelente artigo. Temos que combater o cinismo, a hipocrisia e este projeto fascista de governo. Nós mulheres temos direito de decidir sobre nossos corpos e nossas vidas.
Muito antes de sequer considerar a descriminalização dessa barbaridade, é necessário facilitar o acesso ao aborto ilegal. PaÃses desenvolvidos têm poucos abortos porque o Estado dá à s grávidas todas as possibilidades do mundo para que a prática do aborto não ocorra. Legalizar o aborto amplo, total e irrestrito não torna este um PaÃs minimamente desenvolvido em termos de assistência social e saúde de qualidade, mas este jornal capcioso e mal intencionado joga com essa falácia.
Lorenzo, quem é capcioso e mal intencionado aqui é você. Nem este artigo nem o relatório "Aborto: por que precisamos descriminalizar?" falam de legalização do aborto de forma ampla, total e irrestrita, muito ao contrário. E, de fato, precisamos dar à s grávidas todas as possibilidades possÃveis ("do mundo" é demagogia) para que a prática do aborto não ocorra, mas o aborto deve estar disponÃvel como opção extrema para que os horrores mencionados e amplamente conhecidos não ocorram.
Coberto de razão. Ótimo texto.
O Sr Hübner tem, de longe, o melhor texto da FSP. Diria dos jornais em geral, na verdade. É incrÃvel ver um veÃculo que mantém um Narloch e o Sr Hübner no mesmo espaço. InconcebÃvel, até. Não se trata de ad hominem: é questão cognitivo-intelectual mesmo.
Concordo. É o melhor texto da Folha em lucidez, consistência e em estilo de primeira, que dá gosto de ler.
Tirou as palavras da minha boca. Desde que iniciou (quando o conheci e passei a acompanhá-lo), o colunista escreve com uma lucidez absolutamente atordoante. Hoje, mais um texto claro, acessÃvel e muitÃssimo bem escrito. Que continue incomodando (e escrevendo) muito - com toda a liberdade que a nossa Constituição nos assegura.
Damares Alves é a favor do estuprador. Uma mulher estuprada obrigada a manter a gravidez é trunfo do estuprador
Texto irretocável. Obrigada!
não quero mesmo que sofra nenhuma sanção por suas publicações, mais que necessárias. mas, se for em cana, te juro: não vai te faltar cigarro pelo menos. prometo aà uns 10 pacotes variados todo mês. fica firme.
Ôôô Luiz, não seja malvado! Cigarro é moeda de troca na cana, vale por nota de cinquenta!
O que você pretende, Edilson, matar o autor de câncer no pulmão?
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