João Pereira Coutinho > Na eutanásia, o direito de morrer pode virar dever de morrer para os pobres Voltar

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  1. Fernanda Póvoa Ottoni Bruno

    Nossa , fiquei até mal depois de ler e ver as fotos do senhor de Cáli . Assunto indigesto , porém necessário .

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  2. RODRIGO DORNELLES

    Coutinho agora chama neoliberalismo de progressismo. Não adianta chamar um rinoceronte de cabra. Ele não vai balir. E, quando você achar que ele está tirando leite dele, você estará tomando outra coisa, amigo.

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  3. RODRIGO DORNELLES

    Coutinho agora chama neoliberalismo de progressismo. Não adianta chamar o seu burro de vaca. Ele não vai mugir. E, quando você achar que ele está tirando leite dele, você estará tomando outra coisa, amigo.

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  4. Caiodê Cardoso

    Bom texto. Recuperou o consagrado conceito moderno de autonomia e nos apresentou uma ideia clara de progressismo

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  5. José Cardoso

    Uma vez, discutindo sobre o custo dos planos de saúde, principalmente para idosos, um colega observou que um dos principais motivos era a última internação. Aquela em que o indivíduo sai do hospital para o cemitério, depois de meses sofrendo inutilmente, e consumindo mais do que as mensalidades que ele pagou durante a vida. No fundo, o mesmo vale para os custos da saúde pública.

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  6. gilda rachel wajnsztejn

    Obrigada e parabens pelo artigo.

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  7. Mario Rudolf

    Maravilhoso o seu artigo. É muito semelhante ao que eu penso. Para de ter direito de morrer bem, antes, é necessário ter o direito de se viver bem. Obrigado.

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  8. Marcos Benassi

    Ôôô, isso sim é uma discussão classuda sobre o tema, Coutinho caríssimo! Paga a pena. Veja, a lei permite eutanasiar pobres e ricos; a suposição de que incidirá sobre os mais pobres se dá pelas condições materiais do enfrentamento da adversidade. Isso posto, é um tanto arrogante crer que a pobreza levará à desistência, e ingênuo crer que ter grana, à resiliência ao sofrimento. Gostei bastante de seu cuidado com a expressão "tal como relatada" pelo autor, porque estranhei médicos (continua)

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    1. Marcos Benassi

      (continuação)... e enfermeiros "influenciarem" a escolha pela morte de pacientes pobres: o que ganhariam com isso, são donos de planos de saúde? Quereriam "poupar dinheiro público"? Discutir perspectivas futuras de sobrevivência e cuidado é dever; se isso se confundiu com influenciação, a investigar. Quanto à doença psíquica, tê-la como redutora de poder de escolha desconsidera arbitrariamente o sofrimento de quem a vive: e se a pessoa estiver farta? Só a dor física permite escolha? É polêmico..

  9. Adailton Alves Barbosa

    - Um dos melhores textos que já li aqui neste Jornal, excelente reflexão.

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  10. Jonatas Silva

    Eutanásia x vontade livre e consciente. Difícil equação, sobretudo em se considerar a subjetividade inerente. Em se tratando de pessoas vulneráveis, há de se analisar a questão ainda com mais cuidado.

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  11. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Excelente texto. Na qualidade de alguém que nasceu cego, não quero ninguém, ninguém mesmo decidindo se devo ou não continuar vivendo.

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    1. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Meu caro Marcos: vai-se negar em função de um bem maior: a preservação de quem queira sobreviver. Minha irmã já defendeu para mim que deficientes mentais deveriam ser assassiandos. Uma das coisas que mais me irrita nos partidários do atual presidente da República,, é quando desqualificam o ex-presidente Lula a partir de sua deficiência.

    2. Marcos Benassi

      Poi Zé, caríssimo Vanderlei, você é excepcionalmente lúcido e desassombrado em seus posicionamentos em relação à sua cegueira. Você pôde se instrumentalizar pra lidar com um mundo excludente, além de, tendo feito esse árduo básico, obtido uma compreensão das coisas incomum aos enxergantes. Imagino o desespero de quem, sem preparo nem recursos financeiros, fique cego: vai-se negar, a quem terá uma perspectiva horrível à frente, o direito de morrer? Se desejado, como julgá-lo incapaz de decidir?

  12. Luciana Vieira

    Eu já vejo a coisa por outro lado. Então pobre tem que sofrer ? Porque o sistema público de saúde, mesmo no Canadá, não oferece serviços tão bons assim. O rico vai poder contratar cuidadores, comprar uma super híper cadeira de rodas e quaisquer outras coisas que amenizem os efeitos de sua doença. Temos que pensar na dor da pessoa que está sofrendo e não como as pessoas que estão em volta vão se sentir, que é muito mal. Mas temos que aguentar firme. Essa é a coisa mais humana a fazer.

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    1. Luciana Vieira

      Marcos. Realmente o final ficou dúbio. O que eu quis dizer é que os parentes e amigos vão sentir muito perder aquela pessoa que amam (a mente humana não está preparada para a morte), mas que eles devem aguentar firme e permitir que o desejo daquele pessoa se concretize. Nem todo mundo está a fim de passar o resto da vida só mexendo o pescoço.

    2. Marcos Benassi

      Cara Luciana, não entendi como se sustenta seu "mas temos que aguentar firme, é a coisa mais humana", após você reconhecer as questões objetivas e subjetivas envolvidas na perspectiva futura de vida dos sujeitos. Acabou me parecendo uma conclusão "moral" após um conjunto de argumentos estruturados com muito mais solidez, que apontavam para a licitude da escolha individual.

    3. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Dr. Mengele certamente concordaria.

  13. Thiago dos Santos Molina

    Coutinho só esqueceu de dizer o que é progressismo para ele. Pq progressistas defensores da eutanásia não vão defender o dever de morrer, mas liberais radicais q cantam louvores ao capitalismo e ao individualismo já não sei

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  14. José Fernando Marques

    Muito bom o artigo. Humano, qualidade que tem faltado por toda parte. O direito de morrer não só se distingue do dever de morrer. O direito de morrer supõe o direito de viver, o direito à vida.

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  15. PAULO CURY

    No Canadá a saude e universal e gratuita, acredito que a opção de morrer lá é realmente para se livrar dos sofrimentos e nunca pelo abandono

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  16. Rondon De Castro

    Texto mais que oportuno e assustador. Chega a ser profético. Talvez não haja pobres nos filmes canadenses. Caminhamos para um admirável mundo novo, e pode chegar a hora de as pessoas pobres e os doentes "incuráveis" virarem ração.

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    1. Marcos Benassi

      Hahahahah, caro Rondon, ainda não chegamos na fase do soilent Green, acredito. Nem na ficção do magnífico Horácio altuna, em uma estória em quadrinhos acerca do tema. Mas à vontade de dar sumiço aos "defeituosos" é velhíssima, e passa ao largo da discussão civilizada sobre o direito de escolha de morrer. A Eugenia nem precisa ser configurar de modo tão explícito: o Bozo mesmo preferia um filho morto a uma bissinha. E seus asseclas concordam.

  17. Chiara Gonçalves

    Artigo vago, citando apenas outro artigo... Muito mal embasado. Nem consigo visualizar pobreza no Canadá, os doentes terminais pobres então devem ser ínfimos e parece tão distante da cultura e do proceder do Canadá fazer algo do tipo. Pelo título, parece que estão sacrificando gente a rodo. E mal tem gente no Canadá...

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    1. Chiara Gonçalves

      Mas quem é essa pessoa que foi sacrificada? Obviamente não estou defendendo o sacrifício de pessoas, mas a falta de embasamento do artigo, que me chegou com um título um tanto sensacionalista e foi vago demais no propósito.

    2. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Uma pessoa sacrificada já é inaceitável.

  18. Fernando R

    Daqui a pouco colocam profissionais para "convencer" os pobres e inválidos a adotarem a eutanásia. Aktion T4 do século XXI. Uma coisa que une elites de todos os espectros políticos e ideológicos é a vontade de solucionar o problema da pobreza erradicando os pobres (vide certo presidente que não queria auxílio emergencial e medidas protetivas).

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    1. Marcos Benassi

      O presida, caro Fernando, é muito mais generalista: quer resolver o problema democrático erradicando a discussão, por via da arminha na mão. Não só: a fricção das instituições, vista como problema e não característica democrática, deve ser resolvida por sua eliminação - ou de seus atores, tanto faz.

  19. gabriela loureiro de bonis simoes

    A especie humana deu errado

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