Demétrio Magnoli > Aborto sem método Voltar
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assistimos agora na guerra da ucrania o quao cinico é o movimento pela vida onde crianças de varias idades nao sao contempladas com uma imunidade ate serem todas retiradas das zonas de guerra ou as crianças indias no interior do pais ameaçadas por garimpeiros quei madas fome pestes falta de vacinas etc ....
O problema de comparar os EUA com a Itália peca pela falta de similaridade. Os EUA são um estado federal centrÃpeto, em que a legislação federal concorre com a dos estados (os casos de fetocÃdio que o digam). A Itália é um estado regional com legislação nacional, não tendo as regiões competência para legislar sobre direito penal. Na Alemanha a incriminação do aborto também declarada inconstitucional, embora o feto tenha sido reconhecido com um bem constitucionalmente tutelável.
Sem que os termos da comparação sejam semelhantes, nos ensina a comparatÃstica, não se pode raciocinar em termos de ibi eadem ratio übi idem dispositivo, mas apontar as dessemelhanças.
Não se pode falar em direito ao aborto sem discutir o direito do homem de abrir mão da paternidade. Se à mulher cabe o direito de escolher entre ser mãe ou abortar , ao homem deve ser dado o direito de escolher entre ser pai ou não. É uma forma de escravidão obrigar um homem a trabalhar para sustentar a mulher e a criança quando ela pode optar entre conceber ou não.
?! rsrs ... como exerço meu direito de nao ser pai: executando a gestante, exigindo ou executando o aborto? ; ou espero a criança nascer e entao 'executo' meu direito?
A tese do Magnoli, certamente não original, é bem arrumadinha e explicadinha, além de muito conveniente num momento em que o STF é confrontado diariamente pelo candidato a ditador: eles estariam indo além das suas atribuições ou das "suas chinelas", segundo um comentarista. O Supremo americano não deveria ter feito o que fez? Bem, certamente salvou milhares de mulheres pobres, na maioria negras, de morrerem em açougues. Já é alguma coisa...
Lá como cá, não cabe ao judiciário legislar e muito menos assumir que suas decisões tenham efeito de lei, pois tais decisões podem sempre ser revistas ao sabor da composição dos juizes dos tribunais e suas consciencias. Ao passo que uma lei só pode, em principio, ser mudada pelos genuinos representantes do povo. Assim, que Roe x Wade tenha o destino que a Corte considerar jurÃdicamente apropriado. Quem deve tratar do mérito do direito ou não ao aborto é a Camara dos Representantes.
Demétrio está coberto de razão e amparado pelos conceitos clássicos de Democracia. Descisões de tribunais, como esta em debate, pela própria natureza das cortes e sua inserção nas instituições, jamais poderão ser consideradas definitivas e muito menos com o mesmo efeito e solidez de uma lei. Juizes tomam decisões exclusivamente amparados pelas susa próprias consciências, enquanto parlamentos tem suas decisões, materializadas em leis, amparadas pela maioiria dos votos da sociedade.
"Juizes tomam decisões exclusivamente amparados pelas susa próprias consciências", o que leva o nome de "interpretação", tendo porém como limite a Constituição. A constituição americana é omissa relativamente ao tema, aborto não é citado uma única vez na Carta Maior dos EUA. O debate versa sobre uma questão interpretativa, mas está pacificado que trata-se de questão de âmbito federativo, e não constitucional, e assim, o tema deve ser devolvido aos representantes do povo, estados e ou Congresso.
Demetrio com sua ja vaidade sonhava ser pensador,mas pensou na vida prá levar,"Abortou" e virou comentarista da globo e da folha.
Impressionante a quantidade de homens aqui defendendo a propriedade sobre o corpo de outrem... desde que "outrem" seja do sexo feminino. Ah, como eu gostaria que pudessem engravidar. Abortos seriam realizados em qualquer esquina, garantidos pelo Estado....
um bravio aà em cima já defende o direito masculino (natural? inalienavel?) de nao ser pai - faltou ele discorrer sobre os metodos e as ferramentas ...
... e indolores, certeza.
Muitos homens nos comentários querendo mandar nos corpos das mulheres e se "esquecendo" de muitas coisas - entre elas, que até as 16 semanas mal há um amontoado de células dentro do útero - nem há que se falar em "feto", mas em "zigoto".
Do ponto de vista biológico a afirmação é errada.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Cê sabe qual é a definição de genocÃdio? Não se propõe que brancos ou Ãndios abortem - propõe-se o *direito de escolha*, de todas, relativamente ao aborto. Não há genocÃdio, por definição, mané. E pra falar da APA, tem que ter um pouco mais de categoria. Se liga.
A partir da concepção já existe uma nova vida. Eliminá-la é assassinato. Estado adulto, estado infante, estado feto ou estado idoso são apenas fases dessa vida que deve ser protegida sempre. A mulher tem direito de dispor de seu próprio corpo. Mas não tem direito de assassinar a vida que hospeda em seu útero. Civilização é instruir e prevenir a gravidez, não matar. Aborto é a conivência covarde de quem não soube se prevenir.
Falou. Então, é a "educação sexual" Bozofétida que você tem que combater impiedosamente. Se depender da Damares e outros, neguinho cresce achando que o barato é a cegonha.
Pelo visto, não é só aqui que os ministros da corte maior têm uma quedinha por legislar.
As mulheres são e serão as primeiras atingidas pela onda conservadora, está aà o caso da Polônia após reeleição do campo autoritário. Não será diferente aqui, aliás negros e mulheres já sentem a força da extrema direita, mas até que a questão dos direitos trabalhistas.
Após ao parto, o feto chama-se recém-nascido, ou seja, dentro da mãe, o feto já é um ser humano vivo, portanto aborto nada mais é do que um homicÃdio dentro do corpo da mãe (que é dona do próprio corpo, mas não é dona do corpo do bebê)... se homicÃdio é crime, aborto também é. Feliz Dia das Mães!
O mesmo ocorreu na Argentina, onde foi o Senado que decidiu sobre o assunto. Os juÃzes dos EUA foram além das chinelas, usurpando a competência legislativa.
Prezado Demétrio, bem interessante esse jeitão de entender o movimento de "republicanização" do Estado/Supremo estadunidense. Só não sei se a galvanização conservadora também não teve motivações terceiras, como usar desta alavanca para amalgamar um movimento conservador, incluindo, p.ex., a dessindicalização do trabalhador e a fantástica redução de impostos corporativos/de ricos, que ocorreu em paralelo. É capaz do aborto ser, como aqui, ovo da galinha reacionária. A vida, em si, Soda-fe.
Ahhhhhh, mas não é mesmo: é norma. Que me perdoem as Normas! Hahaha!
Perfeito comentário. Na sua assinatura, isso não é incomum (perdoe a puxada, Benassi :))
Magnólia é a próxima Alexandre gracinha … amigo de totalitário é próximo âncora da jovem pano
As mulheres são bem competentes para discutirem o assunto. Não que o homem não possa opinar, mas a palavra delas deve ser a final.
Sobre tudo e qualquer coisa que aconteça na vida delas, no corpo delas!
Sobre o próprio corpo, mas não sobre aborto.
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