Opinião > 'Não quero colocar um filho negro nesse mundo' Voltar
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Texto comovente! E não adianta os racistas quererem produzir ficção sobre o assunto. Basta ver as estatÃsticas estarrecedoras.
Embora as estatÃsticas mencionadas sejam importantes para nos atentar ao racismo estrutural presente em nossa sociedade, elas não podem ser usadas como 'fundamento' para a decisão de pessoas negras de não ter filhos. A população de Pessoas Negras é muito ampla e variada. Diante de fatores como o ambiente/entorno e as condições socioeconômicas de cada caso, os números apresentados podem ser pouco relevantes para a decisão de n ter filhos negros.
sua tese nao tem fundamento ; estatistica é ferramenta utilizada pra aferir consulta d indi viduos sobre determinado assunto e revela fatores como vc mencionou; se ela nao pode ser usada como #fundamento# entao as consultas d intençao d votos tambem nao; alem disso esses #fatores# estao presentes na maioria quase absoluta d negros senao nao teriamos o fenomemo q é escopo d texto
Por que a maioria dos negros que faz sucesso está desfilando com uma branquela? Uma simples busca na Internet tem dezenas de exemplos. Onde está o racismo?
por que essas branquelas estao desfilando com um desses negros que fazem sucesso? por isso podemos dizer que nao ha racismo no pais?
Se não tem nada bom pra falar, "porque não te calas?"
Essa questão só se resolve no voto , enquanto nós negros não aprendermos a votar , vai ser isso
O artigo é muito bom, mas ao defender que as mulheres negras possam abortar, citando o aborto como escolha, a autora esquece que está incentivando uma polÃtica claramente eugenista. Um racista diria exatamente isso: aborte, porque evita sofrimento para ela e seu filho e trabalho para mim, racista que não tenho de eliminar. As palavras tem consequências.
rsrsrsrs; como a boca e as palavras que saem dela nos desnudam ....
Concordo integralmente que a escolha sofre múltiplas influências e defendo o direito da mulher de não gerar. Mas sou intransigente na oposição a polÃticas que, por mÃnimo que seja, tendam a eugenia. Ouvi de minha irmã, que deficientes mentais deveriam ser exterminados, de um colega da minha universidade que o mundo deve ser livre de deficientes, ouvi de outro colega, "sua mãe não sabia que você nasceria cego", ou seja, o que você, seu incapaz, está fazendo aqui na minha frente. Portanto estou n.
PolÃticas públicas vão além de questões relacionadas à saúde como o aborto. Essas soluções podem estar associadas as questões de segurança, educação, trabalho, economia... tudo isso influência uma mulher, preta ou não, sobre sua decisão de ter filhos...se temos uma sociedade doente que persegue e mata os filhos das pretas, as pessoas admitindo ou não esse fato os números estão aà para corroborar, elas infelizmente acabam por abdicar desse desejo não necessariamente por meio do aborto...
Penso que quando a autora falou em "escolha" estava se referindo a decisão de não ter filhos, até que o problema do racismo institucional seja resolvido. Não vi nem menção ou nada subtendido que remeta a aborto (o que não seria um problema, aliás)
Quando ela diz: "enquanto não há solução, que se deixe a escolha das mulheres em paz" e sequer escreve de todas as mulheres, abre sim espaço para a voz eugênica, que ainda pode travestir-se de generosa.
Mas em momento algum a autora propôs ou deu a entender que a solução seria o aborto...
Depoimento que mostra além do imaginado. Além do que se sabe, que é pouco, ocorrem fatos terrÃveis. Soube recentemente , que um filho de uma famÃlia parda deixou os estudos aos 14 anos pois precisa ajudar trabalhando a renda de sua famÃlia .
Recentemente? Em que Leblon você mora camarada?
Tá falando sério? Isso acontece todos os dias, fora os que nem foram pra escola por precisarem trabalhar
Atribuir toda morte de negros ao racismo soa como militância simplória. Muitos negros morrem pelas mãos de outros negros além das mortes que, embora perpetradas por brancos, não possuem fundamento no racismo. Faltou também a informação de quantos brancos foram mortos por negros.
Bem, Zi'Muár, é também simplorice recusar um fato óbvio, do qual este é apenas um dos indicativos: há um racismo de Herda nesse paÃs, que sacrifica proporcionalmente mais pretos que outros. É só esse o resumo da coisa, não é complexo.
Desde a adolescência tinha pavor da ideia de ter filhos, sempre achei uma crueldade trazer a esse mundo alguém e impor-lhe um caminho de injustiças, exploração, desigualdades... Por hora não me arrependi dessa decisão, ainda me resta algum tempo. Adoção sempre fez muito mais sentido para mim, só me faltam os recursos.
Censor sensÃvel: são 4 comentários breves e de cunho estatÃstico bastante pedagógico.
Publicou. Muito bom.
Também corto um dobrado com a censura da Folha.
Paciência, Luciano: a primeira sençura é automágica, de script altoburrrro. Quatro minutos depois, nem os escravos das galés da folha, obrigados a nos ler, conseguem fazer a inquisição catatônica do julgamento dos comentários. Há que se ter saco - com a polÃtica da folha - e paciência - esta, com os trabalhadores.
#1.1 É difÃcil colocar um filho nesse mundo, independente da cor. A primeira grande dificuldade em ter um filho é ser responsável por ele em sentido lato, sabendo, inclusive a ler estatÃsticas. Agora, as estatÃsticas: 23% de não negros e 77% de negros (sic) foram mortos de forma violenta. A autora segue dizendo que em Salvador, negros eram 100% dos mortos pela polÃcia em 2020, segundo a Rede de Observatórios da Segurança.
#1.2 De fato, a questão de Salvador não chega a ser surpreendente, porque é a capital com mais pretos e pardos do Brasil, perfazendo aproximadamente quase 85% daquela população. Não me surpreenderia se a autora apresentasse outras estatÃsticas negativas sobre violência obstétrica, falecimento de mães etc do mesmo grupo de cor/raça, tendo em vista o controle do tamanho população por coorte de cor/raça.
Viu Luciano, agora foi.
#1.3 Agora a cereja: o que une a vexaminosa estatÃstica de 23% de não negros e 77% de negros em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI) no Brasil? Bem, com alguma boa vontade (frisa-se: em ler estatÃsticas e ler o Atlas) e menos militância (wokish), pode-se constatar que as causas estão vinculadas à criminalidade, tais como, tráfico, roubos, confrontos com a polÃcia (item agrupados em categorias de agressões e intervenções legais no Atlas).
#1.4Também está escrito lá no Atlas, o seguinte: "(...) Os dados apontam, dessa forma, que a redução geral das taxas de homicÃdios se concentrou muito mais sobre a população não negra do que entre a população negra. As razões para isso são diversas: a associação de variáveis socioeconômicas e demográficas, que definem um lugar social mais vulnerável aos negros na hierarquia social e que limitam o seu acesso e usufruto à s condições de vida melhores." Até tua fonte não te corrobora como você acha
Eu também não quis ter filhos, sem muita maturação: "como são tolos os que têm filhos, nem sequer sentiram a brutalidade que pode se abater sobre um único indivÃduo neste mundo". Agora digo: recusar-se a ter filhos é uma escolha generosa pois interrompe a precariedade e miséria de nossa existência; por outro lado, escolher tê-los é uma afirmação da vitória da vida sobre a morte, vitória do amor sobre o ódio, vitória de minha humanidade contra os atos desumanos.
Não sabia que as mortes violentas no Brasil eram todas executadas por policiais brancos. Os negros estão passeando calmamente e chega um policial branco e os elimina, é isso? Discurso de ódio contra a polÃcia e contra a raça branca.
Otávio, creio que você está incluindo todos e todas as cores ao mencionar sociedade. Sois racista?
O que muitos não compreendem é que o racismo não é o fato de um branco agir de forma discriminatória contra um negro, mas o fato de a sociedade agir assim frequentemente. Portanto não importa se o policial é branco ou negro, quando age com maior violência contra um negro ou aborda muito mais negros que brancos, isso mostra o racismo estrutural.
Maicon, mostre suas estatÃsticas sobre os policiais ao invés de desenhar.
Acho que não compreendeste: a maioria da polÃcia no Brasil é formada por pessoas brancas e a (imensa) maioria dos mortes policiais é sobre pessoas negras, Ãndices estes que destoam muito em relação à composição étnica censitária brasileira. Consegue compreender que há algo de muito errado nisso tudo ou é preciso desenhar?
O texto não diz 'policial branco'? Pq você acrescentou 'branco'? Aliás, entre os policiais a os negros também têm risco maior de morte violenta.
As Vozes das mães negras tem que ser ouvidas. Sou mãe e sou fenoticamente branca. Meu filho fenoticamente branco. Vivemos na bolha da classe media E morro de preocupação com ele.
Todas as mães, todas as cores, mas principalmente as pobres precisam ter voz.
O texto é uma barbárie, uma ode à generalidade imprecisa. A preocupação com a violência atinge toda a população. Uma hora de leitura de estatÃsticas do IBGE e do sistema oficial ou paralelo (ONGs sérias) demonstraria a precariedade/simplificação das ideias apresentadas pela autora.
Parece que você não entendeu nada.
Concordo com sua análise Ricardo, o texto é um absurdo, impreciso e autodescriminatorio. A decisão de não ter filhos é um efeito da descrença na vida moderna e, acredite, é muito mais robusta nos paÃses europeus entre mulheres brancas e de olhos azuis.
Arrã.
O senhor é negro?
Ok, 23% de não negros, seja lá o que for isso no Brasil, é aceitável? Quantos dos 77% eram pobres? Não importa? E um rico perder um filho é aceitável? Narrativa medÃocre e desumana!
Há algum tempo um colega de trabalho me relatou essa preocupação ao ser questionado por quer não tinha filhos. A resposta foi exatamente essa " não quero colocar um filho negro nesse mundo". Me lembro, também, da frase do Machado de Assis "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. ESSAS FRASES, ESTÃO GRAVADAS MA MINHA MEMORIA ATÉ HOJE. O Racismo é mundial, somente nos paÃses com população homogenia, essa prática é quase zero, mas há outros tipos de preconceitos
Quanta vitimização !!! A vida exige coragem !!!
Não é vitimização. Só quem está embaixo da pele é que sabe. Sou cego, mas tenho certeza que minha pele branca colaborou para minha sobrevivencia inclusive na Instituição para cegos que vivi. Sim, é preciso coragem, mas embora seja contra a legalização do aborto, respeito profundamente o direito de quem não queira gerar filhos.
Certamente que o receio de uma mulher negra e pobre ter filho neste paÃs racista faz sentido, porém é apenas um dos motivos, apesar da complexidade do tema. Acredito que enquanto perdurar este sistema que produz a ingrata desigualdade social, o racismo cultural, estrutural e neonazifascista do bZZo irá continuar matando humanos considerados pobres miseráveis. Uma pena que seja assim!!!
Em situação de risco acho prudente uma mulher não querer se arriscar a colocar um filho nesse mundo doido e bárbaro. Melhor estudar e construir o próprio futuro e também acho que está na hora de parar de sacralizar a maternidade ou as mulheres. A vida está muito difÃcil pra um imagina pra mais...
De fato, a vida nunca foi fácil, mas o bom é que vivemos num mundo contemporâneo onde mulheres podem decidir por outros acontecimentos nas suas vidas que apenas a maternidade, criação de filhos e depois netos. Na maioria dos casos, para cada filho matemático, engenheiro, advogado etc. teve uma mãe que ficou em casa lavando, passando, cozinhando e sonhando o sonho dos filhos. A gente merece mais que isso.
Como historiador, ao ouvir que a vida está muito difÃcil, me pergunto quando mesmo ela foi fácil. Em Esparta eu teria sido lançado ao desfiladeiro das Termópilas sem contemplação. Hojhe não apenas sou professor universitário, como escrevo aqui contra eugenia.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Tem aà umas duas argumentações de bolsonaristas. Não sei exatamente se eh ignorância ou safadeza. Ou os dois juntos.
Não querendo desmerecer essa questão mas a taxa de natalidade vêm caindo em qualquer etnia. Jovens estão desejando não ter filhos, entre outros motivos, devido a pouca esperança de um mundo melhor. Está todo mundo carregando sua própria cruz.
O problema não eh carregar a cruz. Isso todos nós carregamos. Ricos ou pobres. O problema pra eles eh o tamanho da cruz. Só não vê quem não quer ver.
Já passou da hora de denunciar esse mito de democracia racial no Brasil, acabar com a farsa de que somos essencialmente festeiros e pacÃficos . Somos sim um povo violentÃssimo, misógino, homofóbico e racista...e fascista! Taà Bolsonaro, teve 57 milhões de votos em 2018 e crava 30% ainda hoje.
Não é o que o IBGE mostra. O número de pretos e pardos está crescendo no Brasil.
E também o número de homicÃdios em pretos e pardos está crescendo muito.
Todos nós somos filhos do Homo Sapiens, portanto, somos iguais. Alguns indivÃduos, movidos por interesses pessoais, usam comportamento antissocial; gostam de ser membros de grupos e de cooperar, preferencialmente, apenas no seu grupo. Precisamos ter comportamento de colmeia e defender todos os membros da nossa sociedade. Como indivÃduos somos partes de uma sociedade mais larga, combatamos o racismo.
Brasil, mostra teu racismo.
Triste. Muito triste.
A que ponto chegou a raça humana, seremos extintos por termos a consciência que não deverÃamos existir.
"Em 2019, pretos e pardos foram 77% das vÃtimas de homicÃdio no paÃs". Absolutamente lamentável. Por outro lado, qual é o percentual do total de homicÃdios cometidos por pretos e pardos ?
Seu questionamento é inválido. O fato de termos alta criminalidade entre os negros também é uma demonstração de que o racismo está aÃ. Falta de oportunidades e pobreza geram violência.
Em verdade, a maior humilhação humana é a pobreza. Com a tendência de concentração de riqueza, é preciso pensar se vale a pena colocar uma cria no mundo só pra olhar vitrine e ceder mão de obra.
Olha, Victoria, não tenho a menor dúvida dessa sua afirmativa, eu também teria. Já optamos, aqui em casa, por não botar criança no mundo,mas pela barbárie em geral. Imagina se fôramos pretos? E pobres, então, morando numa quebrada humilde? Tem batráquios que a prudência manda engolir: vai submeter uma vida à altÃssima probabilidade de preconceito, violências variadas, eventuais privações e outras incivilidades? Vovó diria "Eu, hein, Rosa?"
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