Muniz Sodre > As duas faces da liberdade Voltar
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A imprensa só tem um problema, em nome do neoliberalismo tolera a extrema direita e se recusa a chamá-la pelo nome. Assim pode o apoiar em nome do neoliberalismo.
Lendo o texto fica parecendo que há um grande problema nos EUA quanto à liberdade de imprensa. Enquanto isso, na China a internet é vigiada com rédea currta como diria o Alckmin, e a sombra da censura desce sobre Hong Kong. Na Rússia, nem precisa falar.
Sim, há um grande problema nos EUA quanto à liberdade de imprensa. O que preocupa é esta erosão estar acontecendo no paÃs paradigma desta liberdade. Não haver liberdade de imprensa em paÃses como China, Rússia e Coréia do Norte não relativiza o problema nos EUA.
O tema do artigo é a ameaça à liberdade de imprensa no mundo. O colunista escreve que há casos nos EUA. É como falar na criminalidade mundial e citar recentes homicÃdios no Japão como exemplo.
se alguém vai inferir sobre o estado da liberdade de imprensa nos estados unidos pela leitura de um único texto de colunista, diria que o problema está menos em muniz sodré do que em josé cardoso.
Assustador diagnóstico. Se nos estados unidos a coisa feia, imagina na terra de ninguém chamada américa latina.
A questão é que as empresas jornalÃsticas também tem seus interesses particulares, naquilo que deve ou não ser divulgado. Daà fica muito fácil para qualquer poderoso de plantão, travestir-se de vÃtima, porque a imprensa, ela mesma colabora para essa visão. Lembro de Samuel Weiner, que disse a Artur da Távola: "Você tem toda liberdade, mas nenhuma independência."
Pô, sêo Muniz, que petardo... Esse texto dá ementa pra uma disciplina - pesada - de um semestre. A "democracia dire(i)ta" das redes, exercida por TrAmp e Bozo, permite contornar os pactos de confiança do jornalismo profissional, apoiando-se no eco das "pequenas confianças implÃcitas" dos grupos comunicacionais. Visões de mundo mais complexas e integradoras perdem força, em prol de versões com sentidos "encurtados", facilmente deslocados.Liberdade virou a potência pra subjetivar os fatos do mundo
Pô, Marcos, que bumerangue! Artigo e comentário com massa crÃtica. Ontem o artigo principal da "Transpanrency International" foi dedicado à crescente onda de jornalistas ameaçados e aos que morreram em "acidentes de trabalho".
Perseguição a jornalistas tem a ver com falta de compromisso com a realidade, e simpatia por narrativas adaptáveis a interesses escusos. Se não fosse o jornalismo independente não estarÃamos vacinados. A imprensa livre é porta voz dos desejos libertários da coletividade e escudo contra o autoritarismo. Mais recentemente também passou a ser importante guardiã da saúde coletiva.
Enir, carÃssimo, me dê licença pra deformar uma frase sua: "a libertinagem em rede é porta-voz de intimidades coletivas escusas, em prol de pequenos e grandes autoritarismos". É impressionante como a confiança interpessoal/intergrupal é estabelecida sem fundamento objetivo: ao invés de fatos, sentimentos. E, ainda por cima, fragmentários: uma pequena identidade encontrada transforma uma interação neonata numa "relação fidedigna", porteira pela qual qualquer barbaridade passa como fato concreto.
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