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Muito bom esse texto, bem esclarecedor sobre o ainda tão cobrado papel da mulher-mãe na sociedade brasileira !
Escritora fantástica. Adorei seu estilo desaforado e seu bom humor. A maternidade exige amor e muita responsabilidade além de bens materiais e dinheiro necessário para assegurar uma educação de qualidade à cria (s). Pessoalmente, não acho que a maternidade assegure uma vida completa e mais feliz e que, em alguns casos, visa apenas proteger uma mulher da solidão, algo que gera pavor à maioria delas
Maternidade nunca me entusiasmou até eu completar 34 anos. Aà engravidei, tive sÃndrome do pânico por motivos hormonais durante toda a gravidez, não foi uma gravidez agradável, mas depois que meu filho nasceu virei super mãezona ajudava. Aos 37 quis ter outro filho, não podia ver uma grávida que ficava "babando", queria sentir um bebê dentro de mim se mexendo, cutucando. Felizmente engravidei, o pânico voltou ainda mais forte mas sumiu depois do parto e hoje sou a mulher mais feliz por ser mãe
Sim, é necessário falar sobre todos os fatores reais envolvidos no adiantamento da concepção, sem romantizar, da mesma forma que hoje se fala sobre a maternidade em todas as suas formas, das que trouxeram realização às que trouxeram sofrimento. Outra opção é a adoção.
Minha familia materna foi de temporoes, filhos de filhos de mais de 40 anos. As relacoes familiares mudam completamente em comparacoes com as familias com geracoes mais proximas. Nao ha melhor ou pior. Mas nao é igual.
Existe um silêncio muito grande entre as mulheres que passaram por este drama de querer engravidar mais velhas e não conseguir. Penso que em parte seja porque o sofrimento é profundo e só sabe realmente quem viveu. O luto da "não vida" e nos fechamos, como se o "fracasso" fosse individual. Como coletivo, insistimos num romantismo sobre a maternidade de que tudo é possÃvel pela ciência ou pela fé. Compartilhar as dores e enfrentar a realidade é importante para todas nós. Obrigada
É quase impossÃvel engravidar tendo, ao mesmo tempo, a sua idade, o pai da criança e a estabilidade financeira adequados. A vida é muito curta.
Ter filhos numnpais comono Brasil é antes de tudo um ato de coragem. Só para os fortes. To fora.
Se todas as crianças só chegassem ao mundo se fosse nessas condições, não teria mais gente no nosso planeta.
Excelente artigo. Uma reflexão corajosa e pertinente.
Há 3 anos, eu tinha 42 anos e, pela primeira vez, sentia gritar o desejo da maternidade. Então, engravidei naturalmente , de um ex-namorado. A gestação tranquila. Trabalhei até 3 dias antes do parto, que foi normal. Sou mãe solo e plenamente realizada com a maternidade. Em se tratando deste tema, não dá ficar a espera do "pacote completo". Tem que arriscar.
Que sorte! Parabéns.
É a decisão mais importante da vida. Fui mãe aos 36 e aos 40. Hoje eles são jovens adultos. É importante projetar o futuro. Nem tudo são como o planejado, eles atrasam na escolha da profissão, por exemplo, a adolescência tem se prolongado bastante e na hora que você já está cansada, querendo diminuir o ritmo, ainda tem que cuidar de filho. Cansa. Mesmo assim, não me arrependo de nada. Ter filhos foi a melhor decisão que tomei na vida.
Trabalhei anos como endocrinologista em uma clÃnica de fertilidade. Obviamente não me envolvia nos tratamentos e procedimentos, somente atendia uma parcela dos casais com problemas da minha área. O que mais me chamava a atenção era o quanto que esses casais enfrentavam sofrimento, talvez similar a quem está tratando uma doença incurável. O impacto na qualidade de vida da subfertilidade é algo que não temos dimensão. Muita empatia para quem passa por essa situação.
Sempre bato na mesma tecla: não vejo romantismo na maternidade/ paternidade, talvez como pontuou a matéria que sem gasto de energia, não é ser pai ou mãe, é apenas ver as crianças crecerem. Um dos motivos que reforçaram minha decisão de não ser mãe, foi a musica cantado por Roberto Carlos que diz: Quando as crianças sairem de férias... e a música mulher do tremendão, já consumando minha decisão que tenho como acertada. É claro que vejo riquezas incalculáveis na maternidade/paternidade.
A opção de um casal ter filhos deve passar por um bom diálogo . Mas a criação , educação e o cuidar recai com maior peso em cima da mulher . E muitas vezes filhos gerados por inseminação , são muitos desejados e amados , acaba melhorando o cuidado do casal , evitando ou amenizando a solidão da mulher .
Que texto! Trás um peso enorme e ainda é muito mais leve que a realidade! Feliz dia =)
Pior é que é verdade...
Kkkkk
Eu me considero privilegiada. Estabilidade financeira, carreira e marido, abri a fábrica aos 34. Porque, ao ter um companheiro que entendia a teoria de dividir tarefas, nunca imaginei que a minha trajetória tinha pela frente um desgaste enorme, com todos os prejuÃzos citados pela autora, somados a ausência de rede de apoio, cobranças surreais, machismos que gotejam e fazem com que o dia das mães tenho um sentido tão distinto do romantizado por mim antes da maternidade chegar.
A mulher ou o homem que protela a maternidade ou paternidade por acharem que filhos seriam empecilhos, na verdade jamais deveriam serem paÃs pois, os filhos desses sempre serão obstáculos nas suas vidas.
Aliás, a maioria das pessoas tem filhos porque "todo mundo tem". Nem questionam de verdade se querem. Pensam que se todo mundo faz é porque deve ser muito bom. Esses que protelam ao menos já pensaram a fundo no assunto.
Bobagem, claro que filhos sao empecilhos para muita coisa. Como tudo que se faz na vida, ao se escolher alguns caminhos se tem que abrir mao de outros. Só a ideia romântica sobre maternidade é que alimenta esse tipo de pensamento. Na real, a maioria das pessoas nem filhos deveria ter, por um motivo ou outro.
O senhor está redondamente enganado. Eu nunca havia pensando em ter filhos até a chegada dos 40 anos. Engravidei aos 42, naturalmente. Minha filha tem 3 anos. Nós duas nos completamos, e eu me considero a mãe mais feliz do mundo!
Comentário maldoso, o casal pode protelar a maternidade e criar muito bem a criança.
Optei em não ser mãe, concordo com você. Lenso a matéria, a qual achei interessante, percebe-se que o adiamento para ter filhos, entendi que é por não ser a prioridade, aà depois que teoricamente já se fez tudo que quis, opta em ter filho, o que é ser diferente de ser mãe.
O que tiver que fazer, faça cedo. Depois dos 40 a decadência é inevitável. E não creia que será um pai perfeito ou uma mãe perfeita só porque teve sucesso profissional. Afinal, de que adiantará o seu sucesso se você não tiver descendentes? Deixar irmão rico?
Ótimo artigo. A mulher tem mais essa desvantagem na competição por uma vida digna: escolher entre a maternidade ou sucesso profissional. Mas deixar descendentes não é necessariamente o foco de uma vida humana. Não somos onças ou macacos, a escolha é possÃvel
Excelente artigo.
Como seus livros, o artigo é escrito de uma forma agradável e de leitura fluÃda, já alguns comentários parecem escritos pela TFP, com ódio de quem não quer ter filhos quando jovem.
As dores e as delÃcias da maternidade. Ou a maternidade e seus perrengues. A vida é feita de perdas e ganhos. O caminho pode ser encontrar o meio de equilibrar essa balança.
fui pai pela primeira vez aos 41 e percebi que era tarde, o que ocorreu por só ali ter uma situação profissional minimamente satisfatória. sou muito presente e ativo com minhas filhas e abri mão de quase tudo para a criação-educação delas. mas a verdade é que a ladeira abaixo da velhice começa aos 25. podemos viver até os 100, mas não sem mudar os modelos do que é estar vivo e respeitar a biologia.
"A demora vem da solidão na criação dos filhos.". Perfeito, Gabriela Simões.
isso que da falta de educacao escolar. Mulheres que nao sabem que tem os ovulos limitados e que se acabam.
Ao mesmo tempo deveriam debater ensinar a possibilidade de não ter filhos ou não querer isso como projeto de vida, e que não há mal algum nesta escolha, para que se tire um peso psicologico e social sobre os casais e principalmente sobre as mulheres.
Em tese você tá certo. Temos carência educacional em quase todos os segmentos da vida, desde a educação sexual, sentimental/emocional, financeira e porque não, informação biológica. Só na fase adulta é que sabemos com ênfase que nosos óvulos são finitos.
Simplista sua resposta. Vc deve ser homem ou uma mulher machista (usando iniciais fica dificil saber). No brasil falta informacao médica às mulheres. Com o fim da capacidade reprodutiva tao precoce as mulheres sao surpreendidas com a impossibilidade de serem mães. Isso devia ser colocado na mesa por um ginecologista a partir dos 30 anos e o governo devia garantir a guarda dos ovulos sem custo para as mulheres sem condicoes financeiras. Fato! A demora vem da solidao na criação dos filhos
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